segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

NA RIBEIRA DESTE RIO



Na ribeira deste rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio
Nada me impede, me impele
Me dá calor ou dá frio

Vou vivendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada
Vejo os rastros que ele traz
Numa seqüência arrastada
Do que ficou para trás

Vou vendo e vou meditando
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando

Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali
E do seu curso me fio
Porque se o vi ou não vi
Ele passa e eu confio

Do álbum "A Música em Pessoa", a canção "Na Ribeira Deste Rio" (Fernando Pessoa / Dori Caymmi), na voz de Dori Caymmi.

4 comentários:

  1. Anônimo10:40 AM

    RIO DA VIDA
    Sergio souto e Areal Souto


    Rio da vida,interminável,fundo
    Entre barrancos de espinheiros e de palmas
    Em que mar remotíssimo, profundo
    Vais tu lançar as tuas águas calmas ?

    Em que rochedos ásperos ensalmas
    Esse canto colérico iracundo
    Do desabar precípite das almas
    Nas cachoeiras íngremes do mundo ?

    Rio da vida peregrinas águas
    Em que fonte de risos e de mágoas
    Nascestes assim, para eterno correres ?

    Sem que te importe,ao sossobrar das naus
    O naufrágio dos justos e dos maus
    O gemido das pedras e dos seres.


    Visconde, esta letra foi feita poucos
    anos depois do fim da revolução, e musicada quase um século depois. Fará
    parte da trilha sonora "Amazônia de Galvez a Chico Mendes"

    Inté mais vê.

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  2. Anônimo11:27 AM

    OLHOS DE RIO
    Sergio souto e Bruxinha


    Sonhei com o c�u
    E amanheci azul
    Por meu corpo sobrevoaram cantos
    De mil uirapurus.

    Nos olhos vasados das janelas
    Deslizam barcos cruzando o rio
    Ainda escuto o lamento
    Agonizante das velhas gaiolas.

    Na curva a cobra grande espreita
    Botos marotos a todos encantam
    Moleques serelepes roubam melancias
    E a lua espelha a sua luz
    Nas �guas barrentas do rio.


    Visconde, esta � mais uma can�ão ribeira
    100% acreana, e muito linda !

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  3. Anônimo11:40 AM

    Sérgio, belas letras. Só mesmo publicando Fernando Pessoa para estimular você a enviar o que havia prometido. Abraço.

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  4. Anônimo3:56 PM

    Essa música aquece a alma até no actual frio de rachar lisboeta!

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