terça-feira, 29 de novembro de 2016

Adeus, Márcio Bestene Koury


O amigo Marcio Bestene Koury é uma das vítimas do acidente aéreo com a delegação da Chapecoense na madrugada desta terça-feira (29), na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia.

Filho da professora Nabiha Bestene e do saudoso sociólogo Hélio Koury, Márcio se formou e obteve especialização em engenharia elétrica na Unicamp, foi professor de física em Rio Branco, posteriormente cursou medicina na Universidade Federal do Acre, se especializou em medicina esportiva, e foi embora do Acre. Morava em Chapecó (SC), onde era médico da Chapecoense.

Era casado e deixa duas filhas. A mãe do médico está de passagem por Goiânia e seu regresso ao Acre estava previsto para quarta-feira. Karen, irmã que mora em Lisboa, chega ao Brasil na manhã da quarta-feira.

— Ele estava muito feliz com o desempenho do time, com o sucesso de sua trajetória profissional. Marcio vivia intensamente a nova profissão. Meu sobrinho era muito, muito inteligente, além de muito dedicado. Na última vez que esteve aqui, ele falou: “Tio, você ainda vai me ver como médico da Seleção Brasileira”. O sonho dele foi golpeado pela tragédia - comentou visivelmente emocionado o tio José Bestene.

Às 11h34 de segunda-feira, Márcio Bestene registrou no Facebook sua localização no Aeroporto de Guarulhos com uma mapa e a rota do voo de São Paulo a Bogotá. E escreveu sua última mensagem aos familiares e amigos:

— Partiu final da copa sul-americana #vamoschape #medicinadoesporte

Márcio é irmão por parte de pai de outro amigo, o Helio Cezar Koury Filho.

O Brasil perde um homem alegre e super inteligente. Minhas sinceras condolências aos Koury e Bestene.

Adeus, Márcio.

2 comentários:

JBJUNIOR disse...

Uma pessoa grandiosa e espetacular, acima da média em todos os aspectos, que vivia intensamente para a sua família. Deus sempre há de levar os bons muito cedo nessa vida, infelizmente.
Minhas sinceras condolencias e sentimentos aos familiares.

Jb Junior (PF)

Unknown disse...

Agradecemos a força Altino. Meu irmão era seu leitor diário. Talvez você fosse uma das poucas fontes jornalísticas que ele mantinha com o Acre. Não acreditava muito na imprensa "extra"-oficial.
Temos ainda um irmão mais novo por parte de pai: Caio Matheus de Oliveira Koury.
Abraços!