quarta-feira, 17 de agosto de 2016

No Acre, banditismo faz ataques a órgãos de segurança e destrói Patrimônio Histórico


A madrugada desta quarta-feira (17) foi marcada por um incêndio criminoso que destruiu o Departamento de Patrimônio Histórico de Rio Branco, no Parque Capitão Ciríaco, mas a polícia registrou outros ataques, incluindo o interior do Acre.

Houve duas tentativas de incêndios em Sena Madureira, no mercado municipal e contra a moto de um morador da cidade.

Também foram registrados ataques a órgãos de segurança pública - princípio de incêndio no pátio da 5ª Regional de Polícia, ao box da PM do bairro Tancredo Neves, e ao prédio da Polícia Técnica, além da tentativa de incêndio na casa de um PM, na casa um agente penitenciário e no Clube de Bombeiros.

O presidente da Fundação Garibaldi Brasil, Sid Farney, que gerencia o Departamento Histórico Cultural de Rio Branco, disse que o incêndio começou 1h30 da madrugada.



Quatro homens, todos encapuzados, invadiram o Parque Capitão Ciríaco, arrombaram a porta da casa de madeira, renderam o vigia, espalharam documentos no chão, jogaram gasolina e atearam fogo. Posteriormente, arrombaram um segundo prédio no parque, tentaram atear fogo, mas não houve furto.

O acervo do Departamento de Patrimônio Histórico de Rio Branco era mantido em local pouco seguro e sua cópia digitalizada foi destruída pelo fogo, embora o governo do Acre disponha de uma forte estrutura de segurança para proteção de seu banco de dados.

— Nunca tivemos problema com segurança e agora vamos trabalhar para formar um novo acervo. Estamos ainda na fase de perícia. Nós tínhamos cópia digitalizada, mas ela estava dentro dos computadores que foram destruídos pelo incêndio criminoso. O Departamento de Patrimônio Histórico do Estado possui um acervo significativo e a Fundação Garibaldi Brasil vai fazer um levantamento para ver o que Estado possui e que pode ser recuperado em conjunto para o acervo do município de Rio Branco.

As ações parecem coordenadas ou assumiram uma força maior que precisa ser entendida pelo governo do Acre no contexto de crise


2 comentários:

Fernando Figali disse...

Um dos lugares mais bonitos e significativos da história da cidade de Rio Branco. Lá a convergência entre a preservação ambiental (um parque urbano no centro da cidade), a história da constituição e formação do estado do Acre (representada pelas seringueiras) e silêncio das florestas se misturam ao livre uso pelos moradores do entorno, estudantes, pesquisadores, turistas, enfim. Um atentado à toda sociedade acreana. Muito triste por todos os amigos com os quais tive o prazer de conviver neste espaço, muito triste pelos colegas da Fundação Garibaldi Brasil, muito triste pela cidade de Rio Branco.

silene disse...

Lamentável, lamentável...