Na cadeia evolucionária certamente não sou melhor que um macaco, mas não sou macaco. Então agora podemos chamar preto ou negro de macaco porque somos todos macacos? Macaco é uma palavra reconhecidamente racista. Durante a Guerra do Paraguai, por exemplo, soldados das tropas brasileiras, integradas por muitos negros, eram chamados genericamente de macacos. Dizem que somos primos-irmãos dos macacos. Tudo bem, mas não podemos admitir ser chamados de macacos por quem destila racismo. Somos apenas irmãos na cadeia de toda a criação ou evolução, o que vai demorar para ser conhecido e compreendido pela totalidade da espécie humana. Portanto, considero infeliz e racista aquele #somostodosmacacos em pretensa oposição a racismo. Mas há que se considerar os que entendem que a campanha despe a palavra de seu conteúdo racista e a remete a seu significado literal. Eu não gosto, viu?
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Um comentário:
O tema da hora reportou-me à cerimônia de posse do Dr. Samoel Evangelista no cargo de Desembargador do TJAC. Na ocasião, a Desª. Miracele Borges deu as boas vindas a Samoel citando um poema africano que deixou os presentes pasmados pela criatividade da Desembargadora. Eis o poema:
"Quando eu nasci, era Preto;
Quando cresci, era Preto;
Quando pego sol, fico Preto;
Quando sinto frio, continuo Preto;
Quando estou assustado, também fico Preto.
Quando estou doente, Preto;
E, quando eu morrer, continuarei preto!
E você, cara Branco,
Quando nasce, você é rosa;
Quando cresce, você é Branco;
Quando você pega sol, fica Vermelho;
Quando sente frio, você fica roxo;
Quando você se assusta fica Amarelo;
Quando estê doente, fica verde;
Quando você morrer, você ficar é cinzento.
E você vem me chamar de Homem de Cor?"
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