quarta-feira, 12 de março de 2014

Falta de querosene em Rio Branco impacta na capacidade de transporte de passageiros


A Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) divulgou nota anunciando que o abastecimento de aeronaves está  comprometido em Rio Branco devido à falta de acesso fluvial para as empresas fornecedoras do querosene de aviação (QAV).

Tendo em vista a manutenção das operações regulares, as companhias aéreas estão abastecendo suas aeronaves na cidade de origem dos voos com capacidade de combustível suficiente para atender a uma ou mais etapas previstas na viagem, como pode ser o caso se a próxima etapa for Porto Velho (RO) , que também apresenta problemas de abastecimento do QAV, e as etapas subsequentes.

A ABEAR explica que a medida impacta na capacidade de transporte de passageiros, já que a aeronave deve respeitar o peso máximo de decolagem permitido.

- A restrição de passageiros acontece para garantir a segurança das operações - reforça Ronaldo Jenkins, diretor de operações e segurança de voo da Abear.

O setor lamenta os transtornos e esclarece que os clientes que não puderem embarcar receberão toda a assistência necessária e serão isentos da cobrança de taxa de remarcação, reembolso e diferenças de tarifa, pelo prazo de 15 dias.

Nesta quarta-feira (12), a TAM se viu forçada a alterar nesta quarta-feira (12) o horário de um voo e a quantidade de poltronas que estarão à disposição dos passageiros por falta de combustível no Aeroporto Internacional Plácido de Castro, em Rio Branco (AC). O voo JJ 3534 (Brasília – Rio Branco), cuja decolagem era prevista para as 11h32, teve que realizar uma escala para abastecimento em Porto Velho (RO).

A companhia aérea explicou que o motivo da alteração foi a “impossibilidade de abastecimento da aeronave em Rio Branco, visto que as chuvas que atingem a região bloquearam as vias que dão acesso ao aeroporto, impedindo a chegada do combustível ao local. A previsão de pouso na capital do Acre é às 13h53”.

- Além disso, por conta de uma restrição de peso para pousos no aeroporto de Porto Velho, a aeronave programada para operar esse voo terá sua capacidade reduzida para 88 passageiros.

Por causa da cheia do Rio Madeira, mais de 10,5 mil pessoas deixaram suas casas em Rondônia. A BR-364 teve que ser fechada para ônibus e automóveis porque alguns trechos estão inundados. Apenas caminhões podem trafegar durante o dia na rodovia federal, que é a na única via de acesso terrestre do Acre ao restante do país.

O Acre enfrenta problemas de abastecimento de insumos para construção civil, alimentos perecíveis, combustível e gás de cozinha. Aviões da Força Aérea Brasileira estão sendo usados para transportar alimentos de Porto Velho (RO) para Rio Branco.

2 comentários:

@MarcelFla disse...

Hoje li uma interessante declaração do grande historiador (que não é formado em história) Evaldo Cabral de Mello, o mesmo afirma que "o intelectual brasileiro tem obsessão pelo fracasso", de fato não é incomum vermos alguém regojizar-se diante da falência do atual sistema de governo.

Por breves momentos me senti até culpado por compartilhar estes sentimentos (tirando-se o óbvio fato de não me enquadrar como intelectual).

Mas, se pensarmos bem, como não ser obsessivo com o comum e rotineiro em nossas vidas?

Particularmente, com as reservas óbvias, sinto-me presente nos contos antigos de minha mãe e avó materna, que narravam por diversas vezes a vida em Rio Branco antigamente.

Quando mais nova, as Chatas causavam terror em minha mãe, que escondia-se em baixo da cama apavorada com o barulho alto de algum tipo de buzina que equipava as embarcações.

Mas já adolescente, mal podia esperar os quitutes industrializados que traziam e só poderiam ser encontrados durante as cheias do Rio, a descrição da emoção de beber fanta laranja quase emocionava.

Hoje, mais de 50 anos depois, Rio Branco vive o medo do desabastecimento, quase que retornando a tempos de outrora onde simplesmente certos produtos não podiam ser encontrados.

E não me engano, isso tudo é culpa (no mínimo responsabilidade) de um "projeto" de governo falido, que a mais de 16 anos manipula e maquia a realidade.

Não podemos sequer se auto sustentar em necessidades alimentícias mais básicas, como arroz, feijão, hortifrutigranjeiros e etc.

E em termos de indústria, bem, nosso desempenho é tão pífio que não vou nem comentar.

O sentimento é de revolta, de indignação, mas, muitos avisaram!

Agora é esperar as chuvas passarem ... E outubro!! Eleições...

Clênio Plauto S. Farias disse...

Eu sempre me perguntei o fato da represa do Madeira, que atravessa toda a extensão do rio, de uma margem a outra, não ter sido projetada também como ponte, como são as represas de Vossoroca no Brasil e Hoover nos EUA, dentre tantas outras. Alguém poderia me esclarecer?