quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Ano novo, velhos problemas no Acre

POR MARCIO BITTAR

Feliz ano novo para todos, apesar dos velhos e ativos problemas de gestão pública vividos por todos nós acreanos.

Na primeira semana de 2014, teve-se notícia de que o Estado do Acre é o terceiro do país com a maior taxa de mortalidade de mulheres por câncer do colo do útero. De acordo com a matéria da Folha de S. Paulo, utilizando dados do Instituto Nacional do Câncer, morrem 10,9 acreanas a cada 100 mil mulheres por causa deste tipo de câncer; uma moléstia perfeitamente curável, bastando acesso ao ginecologista e ao exame específico.

Os dois estados com as melhores taxas do país são São Paulo com 2,95 óbitos de mulheres em 100 mil e Minas Gerais com a taxa de 2,84. Vou conhecer em detalhes o que essas unidades da Federação governadas pelo PSDB estão fazendo em favor da saúde da mulher, algo que está sendo negligenciado em nosso Acre.

Não é demais afirmar que essa taxa envergonha todos os habitantes do Estado e é fruto direto da incompetência governamental reinante no Acre. A saúde de primeiro mundo, cantada em versos e prosas imaginárias pelo PT e seu governador, é slogan eleitoral que quer esconder a dura realidade de haver serviços públicos estaduais de saúde absolutamente ineficientes e causadores de sofrimentos intensos à população.

É preciso dar um salto de qualidade na gestão da saúde pública do Estado. Saúde pública deve ser prioridade de fato e não apenas retórica barata de campanha.

Outro triste episódio que mereceu a nossa atenção, já no início do ano, foi o assassinato do sargento da Polícia Militar, Valmir Machado. Ele foi vítima de latrocínio, um crime bárbaro e covarde. Aproveito para me solidarizar com a família do policial, sua esposa e os seus três filhos.

Qualquer um sabe perfeitamente que a violência está crescendo no Estado. Não é preciso ser especialista para perceber, no dia a dia da família acreana, o crescente estado de medo da criminalidade.

A situação é crítica em Rio Branco e em diversas cidades do interior do Estado. O governo faz de conta de que a segurança pública não é um problema e toca a gestão de forma medíocre e precária. Sabe-se, inclusive, que falta o básico na gestão da segurança pública como por exemplo combustível para veículos fazerem as rondas policiais.

O governo estadual e o federal ignoram solenemente a segurança pública em nossas fronteiras e não implementam nenhum programa especial de combate ao tráfico de drogas em nossas imensas fronteiras com a Bolívia e o Peru.

O resultado dessa leniência administrativa é o aumento dos casos de violência, roubos e barbaridades ocorridas durante todo o ano de 2013 e já inaugurando 2014 com a morte de um policial militar no Estado.

Para completar o quadro geral de insegurança pública promovida pela incompetência dos que governam o Acre e o Brasil, tem-se um sistema carcerário antiquado, oneroso e que não recupera ninguém. São ambientes de extrema violência, tensão e corrompidos pelas facções criminosas já presentes no Estado.

A atual situação é crítica e merece ações coordenadas e intensas para barrar a violência no Acre. A saúde pública como todos já sabem está à beira da falência. Nada indica que a situação em saúde e segurança não possa piorar no ano de 2014.

Se o PT teve 15 anos para atuar de forma correta e não o fez é porque não sabe fazer, não sabe administrar. Não prioriza a qualidade da gestão pública, pelo contrário, faz dos órgãos governamentais verdadeiros cabides para amigos e companheiros de partido, uma verdadeira panelinha.

Na realidade, baniram os técnicos das decisões importantes e agem preocupados, sobretudo, em enganar o povo de que tudo vai bem. É preciso um basta na incompetência e na desonestidade que tomou conta do Acre . E esse basta está cada vez mais perto de se concretizar.

Marcio Bittar é deputado federal pelo PSDB-AC, primeiro secretário da Câmara dos Deputados e presidente da Executiva Estadual do PSDB-AC.

Um comentário:

Altemar disse...

Quando li a mensagem de fim de ano de FHC - aquele que pagou 200 mil a cinco acreanos para se reeleger presidente - entrei em pânico, o Brasil não passa de março, vai quebrar e somente uma revolução popular coordenada por ele e sob auditoria e mando do grande irmão do norte poderá nos salvar, socorro!
Ai o deputado completou: o Acre então, coitado.
Então eu sugiro ao deputado, que ainda deve estar lúcido, que acrescente o "como fazer". Acho que dá jogo.