domingo, 30 de setembro de 2012

CHEGA DE BAIXARIA

No próximo domingo (7), a essa hora, começarei a encontrar muitos vitoriosos de agora dizendo:

- Eu já sabia que a gente ia mesmo perder.

Torço para que a eleição em Rio Branco seja definida logo no primeiro turno, conforme tanto anunciam tucanos e petistas.

Chega de tanta baixaria dos dois lados.

A "BALSA" DE RORAIMA ROCHA


Roraima Rocha, da assessoria do candidato à prefeitura de Rio Branco Marcos Alexandre (PT), embarcou na tarde deste domingo (30) para Brasília, em avião da TAM.

Estudante de direito, estagiário da Defensoria Publica, evidente que foi despachado para passar alguns dias afastado do Acre e parar de fazer bobagem como pitbull petista nas redes sociais.

Roraima Rocha protagonizou até agora a cena mais lamentável da disputa pela prefeitura de Rio Branco: apareceu atrás das grades de uma delegacia, na noite de sexta-feira, depois de, mascarado, hostilizar carreata do PSDB e desacatar a Polícia Militar do Acre.

Como se trata de uma atitude isolada, a direção do PT decidiu acertadamente que não divulgará nota de solidariedade ao militante.

Que fique bem claro: arruaça e vandalismo não fazem parte da conduta de Jorge e Tião Viana, Marcos Alexandre e de tantos outros petistas.

No Acre, quando derrotada, muita gente tem que enfrentar a lendária viagem de balsa. O petista pode se dar o luxo de contar com avião da TAM.

Pegou balsa voadora.

Atualização às 22h30 - Roraima Rocha apagou o perfil dele no Facebook. Clique aqui e leia no site do PT de São Paulo uma entrevista com ele sobre mídias sociais.

VIOLÊNCIA NO ACRE

Na porta da Cia de Selva


O empresário Alexandre Baybon, dono da boate Le Napoleon, foi assassinado em Rio Branco durante assalto ao estabelecimento na manhã deste domingo (30).

Atingido com três tiros, Baybon tombou na entrada da Cia de Selva, a agência que faz a propaganda do PT e do governo do Acre.

O filho do empresário foi baleado e um segurança levou coronhadas. Leia mais no Ecos da Notícia.

sábado, 29 de setembro de 2012

INTOLERÂNCIA POLÍTICA

 

Cena lamentável da disputa pela prefeitura de Rio Branco: Roraima Rocha, da assessoria do candidato Marcus Alexandre (PT), atrás das grades de uma delegacia, na noite de sexta-feira, por hostilizar carreata do PSDB e desacatar a Polícia Militar do Acre. Saiba mais clicando em texto e vídeo do site AC 24 Horas.

Atualização às 14h22 - A imagem acima não é foto, mas reprodução de trecho do vídeo que está disponível desde a noite de sexta-feira em sites e redes sociais.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A BALSA

Espaço para choro e ranger de dentes dos derrotados


Aprendi que a lendária viagem de balsa é a única certeza no Acre em ano eleitoral. A viagem começa em Rio Branco, horas após o resultado das urnas.


Lotada de derrotados a cargos eletivos, a balsa tem como destino Manacapuru (AM).  Passa pelos municípios de Porto Acre (AC) e, no Amazonas, por Boca do Acre, Pauini, Lábrea, Tapauá e Beruri.

Pense numa viagem infernal.
São 2,5 mil quilômetros de curvas e retas nos rios Acre e Purus, sob sol e chuva, sem água tratada, comida, banheiro e energia elétrica, onde o único conforto é o choro dos surubins.

Aliados e adversários políticos se recusam a embarcar, mas acabam se espremendo num espaço pequeno, castigados pelas nuvens de carapanãs e borrachudos.


Dos dois principais candidatos à prefeitura de Rio Branco, o tucano Tião Bocalom, acusado de arrogante pelos adversários, parece o mais precavido.

Bocalom, que é paranaense, foi flagrado entrevistando um construtor de barcos para saber sobre a tormentosa viagem e dos custos de uma embarcação especial em caso de derrota.

Por sua vez, o petista Marcos Alexandre, paulista, cujo sangue ainda é muito doce para os insetos que infestam a região, tem desconsiderado a possibilidade de derrota e de embarcar na balsa.


O petista talvez nem saiba o que é a história da balsa, pois é novato no Acre. À exemplo de seus patronos, que não se julgam arrogantes, tem afirmado que sua vitória se dará no primeiro turno.

Para quem usa helicóptero, pista de pouso não será problema nas cidades por onde a balsa passa. Estrada, nem pensar.

Sugestão aos navegantes: repelente, agasalho, pilhas para lanterna, lenços para enxugar as lágrimas - toalhas mesmo para os mais afetados.

Este blogueiro pretende virar borrachudo para acompanhar o choro e o ranger de dentes dos que terão que fazer a longa viagem.


Que venha a lendária balsa. Ela se firmou na irrealidade de nossas disputas políticas por força das crônicas do saudoso Aloísio Maia.

Eleições 2012 - roteiro da balsa para Manacapuru 
 

OS 13 DILEMAS DE MARCOS AFONSO

Era domingo, 22 de setembro de 1996, quando o agrônomo Mauro Ribeiro assinou em A Gazeta duro artigo contra o PT, os irmãos Jorge e Tião Viana, e o então candidato petista à prefeitura de Rio Branco, Marcos Afonso


Mauro Ribeiro, que era do PMDB, mudou de opção política após a publicação do artigo e se filiou ao PT. Desde então, por mais de 10 anos, foi secretário estadual de Agricultura de quatro governos petistas no Acre, nas gestões de Jorge Viana, Binho Marques e Tião Viana, de quem atualmente é assessor especial.

O artigo "Os 13 dilemas de Marcos Afonso" é longo, mas vale a pena ser lido na íntegra. Basta clicar aqui.

Trecho inicial daquela opinião de Mauro Ribeiro há 16 anos:

"A mania de autosuficiência do PT, também conhecida como arrogância, prepotência, etc, ao invés de aproximar mais pessoas de suas teses, tem surtido efeito reverso, pelo elevado poder de intimidação e exarcebação de seus filiados. Sugere até que a população está sendo infiel ao Partido por se encontrar dividida entre duas propostas de administrar tão antagônicas: Mauri Sérgio, que para o PT é o atraso, a "política velha", etc, e Marcos Afonso, a única pessoa, no dizer do Jorge [Viana], capaz de prosseguir a mais bela obra do Brasil, a administração petista de Rio Branco. Mas será que não existiriam pontos negativos que qualquer outro prefeito possa melhorar? E o candidato Marcos Afonso? É mesmo a Monalisa que o PT quer fazer crer? Vejamos.

1) Marcos Afonso refere-se ao PMDB como "a quadrilha de ladrões" que assaltou esse estado. Um esclarecimento: estaria ele incluindo entre estes ladrões o Sr. Wildy Viana que, pelas grossas sobrancelhas e bigode, seria o bandido mascarado da história? Mâncio Cordeiro, que todos nós admiramos pela seriedade e capacidade de trabalho, é na ótica do candidato, um desses ex-ladrões? E o incansável e competentente Gilberto Siqueira? Como na história do Ali Babá há 40 ladrões, na lista do Marcos estão presentes o Sérgio Nakamrua, Tião Viana, Antonio Alves, Orlando Sabino…?? Mesmo não pertencendo à sigla da estrela, não abono o linguajar do candidato, que procura esquecer de um passado muito recente para posar de companheiro de bem, ele mesmo, ex-integrante do PMDB."

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

CAREY MULLIGAN

"Essa melancolia de cidadezinha/ Está derretendo/ Eu terei um novo começo/ Na velha Nova Iorque"

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

TALITA OLIVEIRA

Fotógrafa acreana em pose para o famoso fotógrafo carioca Jorge Bispo. Clique aqui para ver mais fotos no Tumblr de Bispo.

OSGA

Jaz na parede da varanda; causa da morte desconhecida 

MULHER ABRE BARRIGA DE GRÁVIDA

POR ARNOLDO SANTOS, do Terra


A Polícia Civil do Amazonas prendeu nesta terça-feira uma mulher acusada de ter aberto a barriga de uma grávida para tentar roubar o bebê em Manaus. O crime cometido pela empregada doméstica Dayana Pires dos Santos, 21 anos, causou espanto até entre os policiais que trabalharam no caso. Ela teria dominado Odete Pego Barreto, 22 anos, atingindo-a com uma tábua de cortar carne. Depois abriu a barriga de Odete, grávida de nove meses, usando uma lâmina de barbear, retirando o bebê, numa cesariana forçada.


O caso aconteceu na residência de Dayana, localizada no bairro Mauazinho, zona sul de Manaus. Segundo a polícia, a doméstica premeditou o crime. A mãe está internada em estado grave no Hospital João Lúcio, na zona leste da capital do Amazonas. O estado da mulher é estável, já não respira por aparelhos e saiu do coma induzido. Dayana foi presa ainda em flagrante e o bebê está internado no mesmo hospital, mas não corre risco de vida.

De acordo com informações da polícia, Dayana confessou que tentou tirar o filho da vítima à força porque "teve medo de perder o marido" depois que descobriu não estar grávida. Ela teria conhecido Odete ainda nas consultas de pré-natal realizadas em uma unidade de saúde localizada no bairro onde mora.

"Ela disse que estava com mais de seis meses e que não tinha enxoval. Falei para ir até minha casa que eu daria o que tinha comprado", disse Dayana durante seu depoimento à polícia. Ela explicou como fez a cesariana à força. "Eu bati na cabeça dela com uma tábua de cortar carne. Ela caiu e eu usei uma lâmina de barbear para fazer o parto", confessou Dayana.

O marido de Dayana, José Lira de Oliveira, 32 anos, informou à polícia que acreditou na gravidez da esposa "porque ela apresentava uma barriga grande". Odete foi encontrada por uma vizinha, que entrou na casa procurando roupas para levar à maternidade. A vítima estava nos fundos da casa coberta por papelão.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

INSATISFAÇÃO NA TROPA

O clima esteve pra lá de tenso na noite desta segunda-feira no Pronto Socorro de Rio Branco.

No bairro Belo Jardim, o sargento Everaldo, da Polícia Militar do Acre, foi atingido com quatro tiros disparados por três bandidos.

Assessores do governo que foram prestar solidariedade ao policial, colegas e familiares ficaram acuados com a reação dos militares.

Eles protestaram contra a gratificação de risco de vida - um coronel, que não trabalha na rua, recebe R$ 868,00, enquanto um soldado, que está sempre mais exposto ao perigo, recebe apenas R$ 199,08.

- Essa gratificação é tão imoral que se o governador acabasse com ela, o pessoal da PM ficaria mais tranquilo. É foda você ter sua vida mensurada pela hierarquia e na vida real a situação ser o inverso. O risco que um coronel corre de morrer em serviço é se ele pegar uma tuberculose do ar condicionado - desabafa um militar.

O governador esteve no PS acompanhado do comandante e do subcomandante da corporação, mas a insatisfação na tropa não foi debelada.

VIA VERDE DE RIO BRANCO



Moradores de Rio Branco são proibidos de queimar até flores secas do jardim de suas casas sob pena de pesadas multas.

Alguns podem derrubar área de capoeira, destocar e eliminar tudo com uso do fogo. Basta ser amigo dos reis do Acre.

A imagem mostra apenas a terça parte de uma área, na margem direita da Via Verde, a menos de 10 quilômetros do centro.

E alguns ainda alardeiam a mentira segundo a qual a capital do Acre é uma cidade que passou do extrativismo e do desmatamento predatórios ao desenvolvimento sustentável.

Balela.

Atualização às 17h55

A Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco informa que a área pertence ao Clube Atlético Juventus, que pretende construir um centro de treinamento no local.

O clube estava autorizado a derrubar a capoeira e a fazer o destocamento. Como não estava autorizado a queimar a biomassa, foi multado. A Semeia não informou o valor da multa.

É sempre assim: para quem pode, é mais vantajoso pagar a multinha a respeitar as leis de meio ambiente.

ESTELIONATO E FRAUDES

Só mesmo um advogado, irmão de grande escritor brasileiro, para assinar, no Acre, um "convite" (leia) tão inventivo quanto este no AC 24 Horas

PARTIDO DA TERRA

45% dos prefeitos do Acre são proprietários de terra



Dos 22 prefeitos do Acre eleitos em 2008, 10 são proprietários de terras rurais. Os dados constam do livro “Partido da Terra – como os políticos conquistam o território brasileiro”, um lançamento da Editora Contexto.

O jornalista Alceu Luís Castilho analisou quase 13 mil declarações de políticos eleitos em 2008 e 2010. Somando os vice-prefeitos, 13 municípios do Acre (59,09%) possuem políticos proprietários de terra à frente de prefeituras. A porcentagem entre os prefeitos é de 45,45%.

O estado que mais possui “prefeitos e vice-prefeitos com terra” é o Mato Grosso (com 62,41% entre prefeitos, 78,72% incluindo vice-prefeitos). Em seguida vêm Paraná, Bahia e Espírito Santo, contando os vice-prefeitos. Em todos estes estados mais de 70% dos municípios têm o prefeito ou o vice “com terra”.

Contando só os prefeitos a ordem muda: depois do Mato Grosso vêm Bahia (53,62%), Tocantins (53,24%), Rondônia (52,73%), Goiás (52,05%), Espírito Santo (51,95%) e Piauí (51,12%). Em todos estes casos mais da metade dos prefeitos é proprietária de terras rurais.

A lista dos 31 políticos com mais hectares, conforme as declarações entregues por eles mesmos à Justiça Eleitoral, possui um prefeito do Acre: Hilário Melo (eleito pelo PT), de Jordão. Ele declarou a posse de 17.842 hectares, em 2008, por R$ 42.942,87.

Uma das terras de Melo, de 17.731 hectares, foi declarada por R$ 642,87. A relação R$/hectare dessas terras é uma das mais baixas das 13 mil declarações analisadas: R$ 2,41, o equivalente ao preço de uma lata de cerveja. Entre os latifúndios (pelo menos 2 mil hectares), essa proporção só é maior que a de uma fazenda do senador mato-grossense Jayme Campos, com relação R$/há de R$ 0,017.

A obra também enumera crimes ambientais em terras de políticos. Um dos casos é o do ex-prefeito eleito de Feijó, Juarez Leitão, do PT, afastado pela Justiça Eleitoral, que já teve obra embargada pelo Ibama, por desmatamento. Leitão era seringueiro, companheiro do sindicalista Chico Mendes e chegou a presidir o Conselho Nacional dos Seringueiros.

Um dos capítulos sobre ambiente conta o caso de Luiz Augusto Ribeiro do Valle. Ele já foi diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre. Teve uma área embargada pelo Ibama, em 2007, por destruição ou danificação de florestas.

Outro nome que aparece (sempre no 17º capítulo do livro, Arco do Desmatamento) é o de Darly Alves da Silva Filho, por desmatamento em Xapuri.

O livro trata também de crimes contra camponeses, indígenas e trabalhadores, a mando de políticos.

Tema transversal

Uma das cinco partes do livro trata de Ambiente, em três capítulos (Madeira Abaixo, Amazônia Despedaçada e Arco do Desmatamento). Mas a Amazônia é também tema transversal do livro. As declarações de bens mostram que políticos de todas as regiões do país possuem terras na Amazônia e no Cerrado.

Somente em São Félix do Xingu (PA) esses políticos eleitos em 2008 e 2010 possuem mais de 12 mil hectares nesse município, o segundo maior do país, com o maior rebanho bovino. O Pará é um dos principais destinos dos políticos – inclusive nos municípios do Arco do Desmatamento, no Pará e em Mato Grosso.

“Partido da Terra” traz também uma lista inédita de políticos madeireiros: são mais de 60 nomes. Quatro são do Pará, um do Amapá, um de Rondônia. Vários já foram acusados – alguns, até presos – de crimes ambientais.

O livro expõe a tese de um “sistema político ruralista”, do qual emerge um fenômeno mais conhecido, a famosa bancada ruralista.

domingo, 23 de setembro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

ALTERNÂNCIA SALUTAR


Editorial de A Gazeta, de julho de 1996, quando o jornal ainda não havia se submetido ao PT e aos irmãos Viana e defendia abertamente a candidatura de Mauri Sérgio (PDMB), que foi eleito prefeito de Rio Branco naquele ano.

Jorge Viana era o prefeito da cidade com alto índice de aprovação, não havia o instituto da reeleição, mas, diferente da atualidade, o jornal estava sequioso por "alternância de poder".
 

A Gazeta não ousa mais publicar editorial no mesmo tom. Sabe que seria frita em banha de mosquito.

O editorial:

"Dos vários candidatos a prefeito da Capital, pode-se dizer que são bons candidatos, conhecem os problemas da cidade e demonstram boa vontade e honestidade de propósitos em resolvê-los. São políticos ainda jovens, sem muita malandragem dos políticos tradicionais. Mauri Sérgio, Petecão, Marcos Afonso, Carlos Airton, Sérgio Taboada e outros estão aí expostos para os eleitores escolherem aquele que vai administra Rio Branco nos próximos quatro anos.

Aos eleitores e somente aos eleitores cabe esse direito da escolha, sem a imposição de quem quer que seja. A democracia pode ter muitos defeitos, mas é ainda o resgime mais saudável, porque respeita a vontade de cada cidadão.

Eleições existem exatamente para que a sociedade exerça seu direito de escolha, trocando seus governantes ou reelegendo-os, se a legislação assim o permitir. A alternância do poder é sempre benéfica, apesar do apego que os políticos e seus respectivos partidos alimentam para perpetuar-se nos cargos. O que também é legítimo, mas nem sempre salutar. No caso desta eleição municipal, quase todos os partidos apresentaram candidatos, o que também é bom para a sociedade que terá a possibilidade da múltipla escolha.

Esses princípios democráticos devem ser constantemente lembrados, para que os partidos e seus candidatos respeitem acima de tudo os direitos dos cidadãos, sem a pretensão de impor nada, a não ser a vontade de trabalhar para resolver os graves problemas da cidade.

É preciso acabar com esse vício de alguns setores, tanto da direita quanto da esquerda, de querer empurrar goela abaixo dos eleitores e da sociedade e da sociedade suas ideias, sua sede de poder e, às vezes, seus projetos políticos e pessoais, tudo, naturalmente, embalado ou embrulhado por um marketing enganoso.

O que se percebe é que o povo, na sua sabedoria peculiar, tem critérios e juízo de valor que nem sempre ou quase sempre não são exatamente os mesmos das classes dirigentes, dos intelectuais, dos donos da verdade, dos iluminados. Daí as surpresas nas pesquisas e até mesmo no dia da eleição. Quer se queira ou não é assim que funciona a democracia. É assim que se manifesta a vontade popular. É desse modo que, em quase todas as eleições, se dá a salutar alterância de poder.

Uma administração pode até estar dando certo, ter a aprovação da sociedade, mas nem sempre os eleitores, na hora de comparecerem às urnas, optam pela sua continuidade. De pouco adiantam os argumentos, os esperneios e, às vezes, os ataques raivosos daqueles que querem continuar a qualquer preço e a qualquer custo agarrados ao poder ou à sua sombra. Aliás, em campanhas eleitorais é que se conhecem os verdadeiros democratas - aqueles que respeitam a vontade popular, que é a essência da democracia."

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

IMPUGNAÇÃO DE PESQUISA DO IBOPE

Questões tendenciosas para incutir na mente do eleitor os nomes de Marcus Alexandre e Tião Bocalom
  
O Ministério Público Eleitoral pediu à juíza da 1ª Zona, Maha Kouzi Manasfi e Manasfi, impugnação da divulgação da pesquisa Ibope/Rede Amazônica sobre intenção de voto na disputa pela prefeitura de Rio Branco.

O promotor eleitoral Rodrigo Curti afirma que o questionário da pesquisa do Ibope contem questões tendenciosas, a tentar incutir na mente do eleitor, de maneira subliminar, os nomes de
Marcus Alexandre (PT) e Tião Bocalom (PSDB).

- Segundo a própria pesquisa induz, estariam com maior número de votos e aptos a concorrerem, caso haja, eventual segundo turno - assinala Curti.

O promotor eleitoral reproduz trecho do questionário do Ibope:

"[...] P04) E se a eleição para Prefeito de Rio Branco tiver SEGUNDO TURNO, em quem o(a) sr(a) votaria se tivesse que escolher entre: (LEIA AS ALTERNATIVAS 1 e 2 – RU – FAÇA RODÍZIO ENTRE OS NOMES A CADA ENTREVISTA)
1( ) Marcus Alexandre
2( ) Tião Bocalom
7( ) Nenhum/Branco/Nulo
8( ) Não sabe
9( ) Não respondeu
[...]"

- Como pode ser comprovada através do questionário, a pesquisa se presta tão somente a frisar o nome de apenas dois candidatos, quais sejam Marcus Alexandre e Tião Bocalom, excluindo os demais candidatos.

Rodrigo Curti afirma que existe uma tentativa de condicionamento da escolha do entrevistado somente aos dois candidatos marcados nas alternativas. Ele destaca que até o presente não foi realizada nenhuma pesquisa de intenção de voto para as eleições municipais ao cargo de prefeito no Município de Rio Branco.

- Como poderia a pesquisa indicar os dois candidatos como mais votados para um eventual segundo turno? Não restam dúvidas de que a pesquisa está eivada de irregularidade, pois a exclusão do nome dos demais candidatos da simulação para o 2º turno fere a igualdade da disputa eleitoral.

USE CAPACETE NO CENTRO DE RIO BRANCO

Foto e relato do leitor Gilmar Anastácio da Silva


- Procurei o gerente da loja, na Rua Benjamin Constant, no centro de Rio Branco, mostrei que a antena pode despencar a qualquer momento e atingir um pedestre. Liguei para o Corpo de Bombeiros, que compareceu ao local, mas não foi fornecida a chave para que pudesse ter acesso.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

SEMENTE VOADORA DE SAMAÚMA

LAMPARINAS DO POVO

Programa "Lamparinas do Povo" é a dica do blog para quando o governo do Acre cumprir a promessa de pavimentar todas as vias a partir do "Ruas do Povo" 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ROÇADOR

João Antonio e sua prodigiosa roçadeira

FUTURA DESEMBARGADORA


O Pleno Administrativo do Tribunal de Justiça do Acre escolheu nesta quarta-feira (19) mais um desembargador da vaga da magistratura (12ª vaga) e elegeu a lista tríplice a ser enviada ao governador Tião Viana (PT) para nomeação do desembargador da vaga pertencente ao Ministério Público.

Para a vaga da magistratura, pelo critério de antiguidade, foi escolhido o juiz Francisco Djalma da Silva.

Para a vaga do Ministério Público, que era disputada por três procuradores e três promotores de justiça, foram eleitos os procuradores Ubirajara Braga de Albuquerque (1º) e Oswaldo D'Albuquerque Lima Neto (2º) e a promotora Waldirene Oliveira da Cruz Lima Cordeiro (3º).

A promotora, que atua na Defesa do Patrimônio Público, coordena no Acre a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”.

Waldirene Cordeiro é casada com o economista Mâncio Lima Cordeiro, que ocupa o cargo de secretário de Fazenda desde que o PT assumiu o governo do Acre.

Apesar do mérito dos dois procuradores e do fato de que a lista tem uma ordem e tradicionalmente se indica o primeiro da lista, é improvável que a escolha do governador não seja pela mulher do secretário de Fazenda, a terceira colocada.

Além disso, uma filha do senador Jorge Viana, sobrinha do governador, é casada com o filho do secretário Mâncio Cordeiro.

É o Acre e suas famílias muito competentes nas colocações do barracão do seringal.

IMAGEM REALMENTE TRISTE

Uma opinião no jornal A Gazeta, de agosto de 1996, antes do bem bom da conversão à família Viana e governos do PT



(...)


"Quando Jorge Viana aparece na televisão com Marcos Afonso, fica claro um fato: o atual prefeito contava que a legislação fosse alterada, que passaria a emenda constitucional estabelecendo a reeleição no país para que ele pudesse ficar mais quatro anos na Prefeitura Municipal. Como a lei não passou e como também não foi possível candidatar um de seus irmãos, ele foi buscar no empresário Fernando Lage o parente que precisava para manter-se na estrutura do poder e em Marcos o fantoche, a marionete que pudesse manobrar quando seu mandato acabar.

Neste caso Marcos Afonso é mais vítima do que propriamente um candidato a prefeito. E tudo isso só revela quem de fato é Jorge Viana, o mais maquiavélico, em causa própria, de todos os políticos que já surgiram na história recente deste estado. Logo ele, tão moço, tão jovem, que se dizia tão puro politicamente.


Quem não conhece Jorge Viana, acompanhando seu pai, pedindo votos para Paulo Maluf no Colégio Eleitoral, em 85. Conheço Jorge Viana da administração do PMDB, que via em Flaviano Melo, então governador, o seu ídolo e o símbolo a ser seguido. Conheço o prefeito também da companhia de Chico Mendes, quando o sindicalista passou a representar alguma alternativa de poder.


Isso mostra que Jorge Viana não é diferente dos demais políticos. É sobretudo um cidadão que não sabe viver fora do poder. Tem uma verdadeira compulsão por cargos. Como agora é concreta a ameaça de pelo menos desta vez ele e sua família ficarem de fora do poder, querem nos empurrar goela abaixo um candidato que, sinceramente, nunca administrou um carinho de pipoca.


E aí está a chave do segredo. Se Marcos Afonso ganha a eleição, como nunca administrou absolutamente nada, o prefeito continua sendo ele, Jorge Viana. Um esperto, muito esperto, esse Jorge Viana."


Clique aqui para ler o artigo na íntegra 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

POKER FACE

JORGE E TIÃO VIANA EM XEQUE

Cristiane Agostine, do Valor Econômico

Sob uma temperatura de 35 graus, dezenas de bandeiras vermelhas avançam sobre uma rua de terra batida em bairro próximo ao centro de Rio Branco. Com uma camiseta polo e calça jeans, o candidato do PT à prefeitura da capital do Acre, Marcus Alexandre, visita as casas de madeira, desviando de buracos e do esgoto a céu aberto. Moradores, sem reconhecer o candidato, recebem santinho com a frase: Vamos juntos fazer o novo.

No Acre, Estado comandado pelo PT há mais tempo no país, é o candidato petista que se apresenta como a promessa de mudança na disputa pela capital. No quarto mandato estadual e há oito anos na prefeitura, o partido tenta se renovar depois de quase perder nas urnas em 2010 e de registrar no Estado a pior votação proporcional da presidente Dilma Rousseff em todo o país, nos dois turnos. O grupo político que governa o Acre, a Frente Popular, encabeçada pelo PT e comandada pelos irmãos petistas Jorge e Tião Viana, senador e governador, respectivamente, vive uma crise.

O mecânico Ernesto da Cruz, 37 anos, ajuda a explicar alguns dos problemas vividos em Rio Branco. Morador do Taquari, um dos 33 bairros que ficaram alagados neste ano, Ernesto diz que sempre votou no PT, mas nesta eleição ficará com o PSDB. Sua mulher, Naira Kelle, mostra a marca da água na parede da casa, em altura superior aos seus 1,60 m. Já prometeram trazer água, esgoto e até agora nada, diz o mecânico. Já trabalhei muito nas campanhas, não pelo PT, mas pelos irmãos Viana. Resolvi mudar, afirma.

O autônomo Rodrigo Rodrigues, de 37 anos, diz que também trocará o PT pelo PSDB. Ao justificar, reclama do fuso horário do Acre, em 2010. A população decidiu em referendo pela volta do fuso de duas horas a menos em relação a Brasília, mas até hoje o horário é de uma hora a menos, conforme projeto do então senador Tião Viana. Além de o governo deixar de fazer muita coisa pela população, desrespeitou a opinião do povo. Como pode?, diz.

Ao apostar em um nome novo na política, a Frente Popular tenta descolar-se do desgaste acumulado ao longo das últimas eleições. Com perfil técnico e discreto, Marcus Alexandre, com 35 anos, começou a campanha como um desconhecido.

O engenheiro galgou postos nos governos petistas no Acre desde que veio do interior de São Paulo, em 1999, e caiu nas graças dos Viana ao comandar o Departamento de Rodagem do Acre (Deracre), responsável pela obra bilionária de pavimentação da BR 364, que cruza o Estado, de leste a oeste.

Jorge e Tião Viana, padrinhos políticos do candidato, pouco aparecem na propaganda na televisão. Marcus Alexandre minimiza a participação discreta dos irmãos e nega ser uma estratégia para evitar a rejeição à sua candidatura. Vamos apresentar primeiro o candidato e as propostas para depois mostrar as lideranças que nos acompanham.

Em Rio Branco, Tião e Jorge Viana receberam menos votos que seus adversários em 2010. Tião teve quase 3 mil votos a menos para o governo do Estado do que o tucano Tião Bocalom, que nesta eleição disputa a capital. Jorge teve 3,6 mil votos a menos para o Senado do que Sérgio Petecão (PSD), também eleito senador. No Estado, o PT venceu em 2010 por uma margem apertada, de 1%.

Mesmo com o controle das máquinas municipal e estadual e o apoio federal, o PT enfrenta eleição acirrada em Rio Branco. Segundo o Ibope (14 a 16 de agosto), Marcus Alexandre tem 38% das intenções de voto e Tião Bocalom (PSDB), 37%. Fernando Melo (PMDB) tem 5%.

Os irmãos Viana reconhecem a crise enfrentada pela Frente Popular: dizem que erraram nesses últimos anos e que a resposta da população, nas urnas, deixou isso claro. Não tem ninguém que tenha sofrido mais para compreender o que aconteceu do que nós, diz Tião.

Em 2010, Dilma Rousseff (PT) teve 15,83% dos votos em Rio Branco no primeiro turno, menos da metade dos 32,61% registrados no país. A petista ficou em terceiro lugar, atrás de José Serra (PSDB), com 47,96% eMarina Silva (ex-PV), com 35,6%. No segundo turno o PT teve na capital 26,7% ante 73,2% do PSDB. A campanha de Marcus Alexandre reflete a preocupação com esse resultado e a exibição de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é discreta.

Para o governador, uma explicação para o resultado nas urnas, sobretudo na capital, que concentra 45,5% dos eleitores do Acre, é a deficiência na infraestrutura da cidade. No Acre, o PT tem boa votação entre os eleitores com maior escolaridade e renda, que dependem menos no Estado. Mais da metade da população de Rio Branco não tinha água e estava isolada por causa da [falta de] infraestrutura, diz. Tião culpa os governos anteriores, da oposição, de terem destruído o município. Não dava para um prefeito sozinho dar conta. O prefeito Raimundo Angelim (PT) está no segundo mandato.

O governador diz que o Estado tem registrado avanços e cita a avaliação de sua gestão e do governo municipal para defender o PT. A gestão de Tião foi avaliada por 72% como ótima ou boa e por 6% como ruim ou péssima, segundo pesquisa Ibope de agosto, e a administração municipal é tida como ótima ou boa por 67% dos entrevistados e como ruim ou péssimo por 6%.

Jorge Viana, que foi prefeito da capital e governador por dois mandatos, diz que a Frente Popular se afastou do povo. O grupo, que combateu o crime organizado, o narcotráfico e a corrupção que marcaram o Acre até o fim dos anos 90, conseguiu imprimir mudanças econômicas e sociais no Estado, mas se acomodou. Nós ganhamos, mas a eleição mostrou claramente que tínhamos que corrigir nosso projeto, colocar os pés no chão, ter humildade, diz Jorge.

Jorge comenta que o maior problema da Frente Popular hoje é com os ex-aliados e aliados, e não com quem sempre foi oposição.

A disputa pela capital mostra os problemas dos Viana com ex-aliados. Os dois principais adversários do PT são dissidentes do grupo que comanda o Estado. Bocalom, que concorreu contra o PT em 2006, 2008 e 2010, foi secretário de Agricultura do governo Jorge no Estado. O candidato do PMDB, Fernando Melo, foi secretário municipal e estadual de Jorge e deputado federal pelo PT até 2010, quando não se reelegeu. O senador Sérgio Petecão (PSD), cabo eleitoral do candidato do PMDB, presidiu a Assembleia Legislativa nas gestões de Jorge.

A divisão da oposição é um dos principais pontos a favor do PT na capital. Se estivéssemos todos juntos seria mais fácil, diz Petecão. Não encontramos uma pessoa ainda que nos representasse. A população quer mudar, mas ainda não encontrou 'a' pessoa para votar. Fernando Melo era do PT e sua imagem está vinculada ao partido. Já Bocalom não aglutina, afirma Petecão pré-candidato ao Estado em 2014.

Empatado com o petista, o tucano Bocalom apostou no ataque ao PT e gastou o horário eleitoral para acusar o petista de supostos desvios cometidos na construção da BR 364. Com isso, teve sanções do Tribunal Regional Eleitoral.

O ataque direto ao adversário é rejeitado por eleitores como a aposentada Graça Lima da Silva, de 60 anos. Não conheço o Bocalom e não gosto de quem fica só atacando o outro, diz, ao declarar voto no PT.

O tucano mantém propostas que lançou há dois anos, quando disputou contra Tião. Bocalom afirma que dará apoio integral aos produtores rurais. É preciso produzir para empregar, diz. Não pregamos que se acabe com a floresta e com os animais em função do homem, mas não se pode matar o homem sem dar condições de vida digna a ele, só para preservar [a natureza].

Já o candidato do PMDB diz que sua campanha não tem proposta. É melhorar o que está bom e corrigir o que está ruim, diz Fernando Melo, que transformou essa afirmação no mote da candidatura, repetido no jingle da campanha.

Dentro da Frente Popular, os descontentamentos enfrentados pelos Viana com os aliados ganharam destaque com a escolha de Marcus Alexandre para disputar a eleição.

Integrantes do grupo, de diferentes partidos, reclamam do autoritarismo dos Viana. Desde que a Frente Popular ganhou o governo do Acre em 1998, os candidatos a cargos executivos foram os dois irmãos ou postulantes com perfil técnico e pouco destaque político - definidos por Jorge e Tião. No comando do Estado, além dos dois irmãos, esteve Binho Marques, que não queria se candidatar e ficou apenas um mandato. No município, além de Jorge, o grupo lançou apenas o prefeito Raimundo Angelim e agora, Marcus Alexandre.

A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), a mais bem votada do grupo em 2010, tentou disputar, mas foi isolada. A Frente Popular acabou. Agora é outra coisa, diz Perpétua. Ninguém aguenta ficar em um grupo onde só um tem oportunidade, afirma, sobre o PT. Legendas como o PDT e o PP já saíram da frente, que conta com nove siglas mas teve 14. Apesar das críticas, Perpétua não cogita sair do grupo. Seu marido, Edvaldo Magalhães, é secretário no governo.

Ao analisar esse cenário, Jorge diz não ver problemas em o candidato ser sempre do seu partido. E por que não ser do PT se é o único lugar em que o modo petista de governar município e Estado está sendo implementado? Não há razão, diz.


Clique aqui e leia sobre o distanciamento de Marina Silva e sobre a reconcialiação do PT com antigos inimigos.

Meu comentário

"No Acre, o PT tem boa votação entre os eleitores com maior escolaridade e renda, que dependem menos no Estado", diz a reportagem do Valor. Discordo. Eleitores com maior escolaridade e renda são os que mais "dependem" no Acre. Livres mesmo são as pessoas de baixa renda que podem xingar a vontade e que impulsionam a possibilidade de alguma mudança. Os livres no Acre são os mais desprovidos das tetas públicas.

PM DO ACRE MUDOU NO IMPÉRIO VIANA

Mensagem de um integrante da Polícia Militar do Acre, que pede para não ser identificado, em resposta ao post "Problemas de capital de Primeiro Mundo":

"Permita-me contar a você uma pequena história. Você será o único jornalista a saber.

Lembra daquela assessora parlamentar, a Ana Eunice Moreira Lima, que foi assassinada por aquele maluco, o Gleisson da Silva Andriola, em julho de 2011?

Naquela noite, o bandido foi ao Pronto-Socorro e roubou a arma do vigia, baleou um homem e depois entrou na casa daquela mulher.

Após ter assaltado o segurança do PS e baleado o homem, o bandido estava em fuga por um terreno baldio. Corria com dificuldade.

Um sargento, que é um exímio atirador, sacou a arma e mirou no bandido. No momento em que ia efetuar o disparo, um tenente que estava ao lado mandou que baixasse a arma e segurou o braço do sargento.

O que aconteceu depois disso você e a sociedade bem sabem.

Caso o sargento tivesse atirado, hoje estaria preso, sendo crucificado pela imprensa e a sociedade por ter, entre outras alegações, atirado num pobre cidadão perturbado mentalmente.

Caso o sargento tivesse atirado, a mulher que iria se tornar vítima estaria em casa com seus familiares.

Como estamos num "estado garantista", onde só a polícia é quem erra, hoje o assassino se vangloria no presídio e a assessora parlamentar está enterrada.

Quando a Polícia Militar circula de motocicleta sobre a passarela Joaquim Macedo, afugenta pessoas que estão com más intenções.

Quem sabe se os PMs não tivessem passado por ali com o equipamento de trabalho dele (motocicletas), minutos depois você não teria perdido a sua máquina fotográfica?

Ali passam pessoas armadas todos os dias, já houve homicídios e a resposta deve ser rápida. Se você postasse a foto de um PM fardado numa moto particular andando só de safadeza, com certeza ele seria punido e com razão.

A PM do Acre mudou radicalmente e tenho que admitir: mudou com o Império Viana. Agora posso garantir: a assessora parlamentar Ana Eunice Moreira Lima estaria viva se fosse em outros tempos, antes do Império Viana"

MARINA MANTÉM DISTÂNCIA DA DISPUTA

Cristiane Agostine, do Valor Econômico

Fundadora do PT e uma das principais articuladoras da Frente Popular no Acre, a ex-senadora Marina Silva assiste à distância a eleição em Rio Branco. Marina gravou depoimentos para um vereador do PV e outro do PT, mas não declarou voto a nenhum candidato à prefeitura. O postulante do PT, Marcus Alexandre, não a procurou.

Afastada do cotidiano da política do Acre, Marina defende mudanças na Frente Popular, da qual foi expoente. Para a ex-petista, "seria bom" ter um segundo turno na capital: "Quando a gente fica muito tempo em um lugar, tem ensinamentos que são pedagógicos. Essa pedagogia se revela nas dificuldades."

Marina construiu sua trajetória na Frente Popular. A ex-senadora lembra das dificuldades enfrentadas ao combater a elite que governou o Acre até os anos 90 e reconhece os avanços nos últimos anos. Mas alerta seus antigos aliados quanto à possibilidade de cometerem os erros que combateram.

"Há uma memória que se perde naturalmente, de como era antes e como ficou agora. Isso acontece não só em relação aos graves problemas que ajudamos a superar, mas também em relação aos que não devemos repetir. Quais são os erros que nós não podemos repetir?", diz.

A ex-senadora mantém amizade com políticos do grupo, como os irmãos Viana, mas afastou-se politicamente sobretudo quando deixou o PT, em 2009. Seu marido, Fábio Vaz de Lima, trabalha na gestão estadual de Tião Viana (PT) como secretário-executivo. Mas pessoas próximas à ex-senadora lembram de problemas enfrentados com os irmãos Viana.

Em 2005, Marina era cotada para disputar o governo do Acre, depois dos oito anos de mandato de Jorge Viana. Então ministra do Meio Ambiente, sua candidatura era tida como "natural" no PT, mas Tião, que estava no Senado em 2006, articulou sua própria candidatura para suceder o irmão, ao tentar aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para derrubar o impedimento a candidaturas ao Executivo de parentes consanguíneos. Com essa sinalização, Marina decidiu não se lançar. Tião não conseguiu aprovar a PEC a tempo para se candidatar e o escolhido foi o vice de Jorge, Binho Marques, com perfil técnico.

O período mais delicado, no entanto, se deu na eleição passada, quando Marina disputou a Presidência pelo PV. O mal-estar dura até hoje e o senador Jorge Viana relaciona a candidatura da ex-senadora ao resultado ruim que o PT teve no Estado. "A eleição passada foi um inferno", diz. "Era certo apoiar a Dilma [Rousseff] ou a Marina e não tivemos dúvida em apoiar a Dilma. Tivemos uma situação muito grave. Culpa de quem? Do Acre, porque daqui que saiu a candidata. Foi a [ex] ministra do Lula que levou a disputa para o segundo turno", comenta. "Foi lamentável ela não ter nos apoiado no segundo turno. Para o eleitor, a mensagem é que gente não se entende e votaram contra [o PT], diz Jorge.

No Acre, Dilma e Marina tiveram votação semelhante no primeiro turno: a petista teve 23,92% dos votos e a ex-senadora, 23,45%. José Serra (PSDB) teve 52,12%. No segundo turno parte dos votos de Marina foi para Serra: o tucano teve 69,67% e a petista, 30,33%.

Marina é moderada ao falar sobre 2010 e lembra que apoiou a candidatura de Tião e Jorge sem cobrar o apoio deles. "Para mim era uma espécie de salvo conduto para minhas relações no Acre. Mas não precisariam ter criado alguns desconfortos", diz.

Recentemente, a atuação de Jorge como um dos relatores do Código Florestal também gerou atritos. Para Marina, o senador deveria sido mais firme. "Ele, com certeza, teria que tensionar com o governo para se diferenciar desse acordo que foi feito com a bancada ruralista", afirma.

Em meio a metáforas, Marina diz que seu "silêncio" é uma resposta a seus aliados. "Talvez a gente esteja precisando escutar um pouco os nossos silêncios".

Grupo se reconcilia com antigos inimigos

Sentado em frente ao computador, em uma sala na TV Rio Branco, o empresário Narciso Mendes termina o artigo a ser publicado no jornal "O Rio Branco" com críticas ao candidato do PSDB à prefeitura da capital, Tião Bocalom. Dono do jornal impresso e da retransmissora do SBT no Acre, Mendes rasga elogios aos irmãos Jorge e Tião Viana. "Esses caras fizeram o Acre. Todas essas ruas que estão aí foram eles que fizeram", diz, batendo com a mão na mesa para enfatizar. A afirmação nem parece ser do empresário que se apresentava como "inimigo número um do PT" até meados dos anos 2000. "Deixei de ser antipetista", comenta. "Eu me adapto às circunstâncias".

O empresário, com trajetória na Arena, PDS, PFL, PPB e PP, atuou contra a Frente Popular quando o grupo ascendeu ao governo estadual com Jorge Viana (PT), em 1998. Mendes foi acusado por Jorge por intimidá-lo e por desmoralizar as investigações sobre o narcotráfico no Acre.

A aproximação de Mendes com rivais petistas se deu ao longo das gestões da Frente Popular. O jornal do empresário, que não recebia verba publicitária estadual, hoje publica matérias favoráveis ao governo. A empreiteira da família de Mendes presta serviços à gestão estadual.

O senador Jorge Viana (PT) minimiza essa aproximação. " Não posso achar que isso tem algum problema", diz. O governador do Estado, Tião Viana (PT), segue na mesma linha. "Se a empresa participa da licitação e ganha dentro dos termos da lei, que problema tem nisso? Nunca vi ninguém pegar um aliado e expulsar, desde que ele não interferira na honra de um projeto".

Outro exemplo de inimigo que se transformou em aliado é o ex-governador Orleir Cameli, cuja gestão foi marcada por denúncias de corrupção e desvios, combatidos pela Frente Popular. Atualmente, o governo estadual mantém uma relação cordial com Orleir e a empreiteira do ex-rival presta serviços ao Estado. César Messias (PSB), primo de Orleir, é vice de Tião e foi vice do antecessor, o ex-governador Binho Marques (PT). "Temos uma relação democrática, sem perder a integridade. Não há incoerência", diz Tião.

A reconciliação com empresários e políticos que foram combatidos pela Frente Popular no passado é criticada por fundadores e integrantes do grupo. Antonio Alves, o Toinho Alves, um dos articuladores da Frente, resume as reclamações. Em sua análise, o PT se "amoldou" à estrutura existente, sem de fato mudá-la. "No Acre foi feita uma conciliação parecida com a que [ex-presidente] Lula fez no segundo mandato, depois do mensalão, para ter governabilidade. Mas aqui é diferente: não precisava ter feito isso. O PT tinha base para governar", diz Toinho.

Formulador do conceito de "florestania", usado como bandeira da gestão de Jorge, Toinho afastou-se do grupo junto com a ex-senadora Marina Silva, a quem continua ligado. "O que lamento é ver o grupo que chegou ao poder para limpar a corrupção ter se transformado em uma oligarquia".

EXPLORAÇÃO DE OURO NA AMAZÔNIA

MPF investiga projeto de garimpo de ouro de R$ 1 bilhão em Belo Monte

A hidrelétrica de Belo Monte vai abrir caminho para um grande projeto de exploração de ouro na Volta Grande do Rio Xingu, o trecho que será mais impactado pela obra, com a perda de até 80% de sua vazão.

A companhia Belo Sun Mining Corporation, com sede no Canadá, apresenta o empreendimento como o “maior projeto de ouro em desenvolvimento no Brasil”.

A previsão é de um investimento total de pouco mais de US$ 1 bilhão e de que, em 11 anos de operação, deverão ser produzidas 51,2 toneladas de ouro, uma média de 4,6 toneladas de ouro por ano.

O Ministério Público Federal (MPF) em Altamira (PA) já começou a investigar o projeto Belo Sun Mining, que está sendo licenciado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará (Sema).

Leia mais no Blog da Amazônia.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PROBLEMAS DE CAPITAL DE PRIMEIRO MUNDO


O prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim (PT), que este blog reputa como o melhor da história da cidade, pode chamar a atenção da fiscalização e da empresa responsável pela reforma do prédio da prefeitura, no centro.

Transeuntes são submetidos ao risco de dividir com veículos a movimentada Rua Rui Barbosa. Existe uma proteção provisória, que é empurrada para junto do tapume de forma a possibilitar o estacionamento irregular de alguns poucos veículos.

No mais, visitei neste domingo (16) a tal Bienal da Floresta, no Mercado Velho. Poucos livros no ambiente, mas o que mais chamou minha atenção foram dois motoqueiros da Polícia Militar.

Embora seja proibido, por exemplo, atravessar de moto ou bicicleta a passarela Joaquim Macedo, os policiais não respeitavam a proibição.

O nome do ex-governador biônico, tio de Jorge e Tião Viana, é usado na passarela porque, quando a mesma estava em obras, Macedo foi atropelado por um ciclista perto dali e faleceu por causa disso.

Os PMs circulavam devagar, mas circulavam, sem fato que justificasse. Apenas pelo prazer de exibir força. Quem não queria ser atropelado que desviasse deles.

Pequenos problemas da capital do Acre, o país de primeiro mundo de Tom Zé.




EXAGERO DE TOM ZÉ

"O Acre é um País do Primeiro Mundo"

Após visita ao Acre que não durou 24 horas, o compositor Tom Zé correu para comentar a descoberta no Facebook:

- Rapaz, eu estive em Rio Branco! É indescritível. O Brasil tem braços pra leste e pra oeste. Nunca vi brasileiros tão brasileiros. Aquilo é uma espécie de futuro. As administrações têm alimentado o público com um largo programa cultural de artistas do Brasil e de fora, em diversas áreas. Biblioteca pra todo lado, crianças lendo, estudando, brincando. O Acre é um País do Primeiro Mundo. Se eu pudesse, moraria lá.


Comentário do publicitário Janu Schwab:

- Tom Zé achou que o Acre era o fim do mundo e ao chegar viu que não era. Para o mal ou para o bem, hiperbólico ele sempre foi.

Pois é, como convidado especial do governo estadual, não carecia o baiano ter sido tão irreverente ou exagerado.

domingo, 16 de setembro de 2012

SANTINHOS

Imagine o diálogo quando o deputado Flaviano Melo (PMDB) e os senadores Jorge Viana (PT) e Sérgio Petecão (PSD) se encontraram na Feira Agropecuária. Foto: Ray Melo


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Saúde admite falta de medicamentos em hospitais do Acre

A respeito do post “Hospital da Criança sem medicamentos”, a Secretaria Estadual de Saúde enviou ao blog uma nota em que informa que todas as licitações para a compra de medicamentos foram realizadas em tempo hábil e que as ordens de entrega estão sendo liberadas de acordo com a demanda das unidades de saúde.

De acordo com a Secretaria de Saúde, alguns itens requeridos na licitação foram prejudicados, mas todas as providências já foram tomadas para a aquisição dos mesmos em caráter emergencial.


- Estamos apenas no aguardo da entrega destes medicamentos nas próximas horas.
  Todos os esforços estão sendo envidados para que os problemas relacionados a medicamentos e insumos da rede hospitalar sejam sanados imediatamente, de maneira que não causem nenhum prejuízo aos pacientes da rede assistencial - afirma a secretaria.

HOSPITAL DA CRIANÇA SEM MEDICAMENTOS

Farmacêutica do Sistema Assistencial à Saúde da Mulher e da Criança informa à residência médica "estoque zerado" de 43 medicamentos no Hospital da Criança de Rio Branco


 
Assinado em 16 de agosto pela farmacêutica Pollyana Aguiar, o documento de duas páginas foi publicado no mural do Hospital da Criança.

Fonte do blog assegura que nenhuma providência foi tomada desde então e que a lista de medicamentos com "estoque zerado" aumentou após quase um mês.


Em ordem alfabética, medicamentos com "estoque zerado": Amboxol, Amicacina, Amiodarona, Ampicilina Atropina, Benzilpenicilina, Budesonida, Baclofeno, Cefazolina, Cianocobalamin, Ciprofloxacino, Clindamicina, Cloreto de Potássio, Cloreto de Sódio, Diclofenaco, Eritrominicina, Diclofenaco, Dipirona, Espironolactona, Gentamicina, Fenoterol, Fentanila, Fluconazol, Iboprufeno, Levobupivacaina, Lidocaína, Manitol, Metronidazol, Morfina, Oxacilina, Prednisolona, Ranitidina, Rocuronio, Salbutamol, Sulfadiazina, Sulfato de Magnésio, Surfactante Pulmonar, Suxametonio, Tenoxicam e Vancomicina.
 
Com a palavra a secretária estadual de Saúde, Suely Melo, que não foi localizada pelo blog para se manifestar sobre o fato.


Atualização às 12h45: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde promete enviar uma nota de esclarecimento.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

CALOR CAUSA PILOURA EM ESCOLAS

Apelo de um professor:

- Faça uma notinha no seu blog, mesmo que seja modesta, sobre o calor insuportável nas salas de aulas das escolas públicas de Rio Branco. Todo dia tem algum aluno passando mal e hoje foi a minha vez. A situação é desumana.

O professor conta que outro dia a escola onde trabalha recebeu a visita do senador Jorge Viana.

- Fui até "obrigado" a tirar uma foto com ele. O senador foi supostamente palestrar, mas o que pude perceber é que era mesmo uma tentativa de influenciar o voto da juventude.

De acordo com o professor, o senador falou maravilhas da educação no Acre, mas teve a palestra interrompida por uma aluna:

- Pense no show que ela deu. Reconheceu que realmente a situação estava melhor na educação do Acre, mas que está muito longe de ser considerada boa. Contou que os alunos são assaltados quando vão para a escola e reclamou que as salas de aula não dispõem de ventiladores. A aluna perguntou o motivo de algumas escolas contarem com aparelhos condicionadores de ar e outras não. Quem passou mal naquele dia foi o senador.

ARROGÂNCIA E MENTIRAS


Na noite de 11 de agosto, em discurso no bairro Laélia Alcântara, o candidato à prefeitura de Rio Branco (AC), Tião Bocalom (PSDB), anunciou que vai dar uma "surra de votos" em seu adversário Marcus Alexandre (PT), logo no primeiro turno.

Um mês depois, baseado em pesquisa do Ibope indicando empate técnico entre os dois candidatos, o senador Jorge Viana (PT) alfinetou Bocalom:

- Arrogante, falava em dar surra de votos, agora, teme pesquisa.

Jornalista acreano que vive em Brasília e sempre apóia candidatos que os governadores do Acre apóiam também se entusiasmou:

- Marcus Alexandre vai vencer no primeiro turno.

Nem dá pra sentir saudades de Mãe Dinah. O colunista Luiz Carlos, de A Gazeta, relata nesta quinta conversa mantida com o governador do Acre:

- Tião Viana me ligou ontem com uma previsão otimista. Marcus Alexandre (PT) vence no primeiro turno.

Em setembro de 1996, Orleir Cameli governava o Acre. O prefeito de Rio Branco era Jorge Viana. Não havia o instituto da reeleição. A disputa pela prefeitura ficou polarizada em Marcos Afonso (PT) e Mauri Sérgio (PMDB).

Dias antes da eleição, o médico Tião Viana escreveu o artigo intitulado "Mauri vai perder a eleição porque optou pela mentira", na segunda página do jornal O Rio Branco.

Viana encerrou o artigo assim:

- Mauri e Orleir são iguais, fazem a política da mentira. É por isso que nós vamos eleger Marcos Afonso o prefeito de nossa cidade.

O "mentiroso" Mauri Sérgio venceu a eleição, se tornou o pior prefeito da história da cidade e ainda fez o sucessor. O outro "mentiroso", Orleir Cameli, deixou o governo e logo se tornou aliado incondicional de Jorge e Tião Viana.

Cameli cedeu até os marqueteiros Gilberto Braga e Davi Sento Sé, ambos da agência Companhia de Selva, que desde então são petistas desde criancinhas e detém as contas do governo, da Assembleia e da prefeitura de Rio Branco.

Não dá mesmo para levar a sério o que político diz, escreve ou faz.

Clique aqui e veja mais recortes de jornais.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ANIBAL DINIZ, O CUT, NO COMANDO DO SENADO


O senador Anibal Diniz (PT-AC) foi eleito para substituir a senadora Marta Suplicy (PT-SP) no cargo de vice-presidente da Casa.

Direto do plenário, via internet, todo prosa, ele me chama:

- E aí, Alma?

Explico: minha amizade com Anibal Diniz começou no Colégio Acreano, em 1979, quando cursamos a 6ª série. Ele chegou a sonhar em ser padre, mas passamos a fazer agitação no movimento estudantil e na política e nossas vidas mudaram.

Depois nos tornamos militantes da Libelu (Liberdade e Luta), da corrente O Trabalho. Usávamos, por exemplo, codinomes: Antonio Alves (Bruxo), Anibal Diniz (Cut) e eu, Alma.

Cut era o nome de um jogador de futebol em Campo Mourão (PR), onde Aníbal Diniz nasceu, muito admirado por ele quando garoto. E seguimos trabalhando como repórteres em veículos de comunicação de Rio Branco.

Em resposta, sem perder a piada, digo ao suplente que assumiu a cadeira de Tião Viana:

- Agora você é Anibal Viana na vice-presidência.

Ele ignora minha brincadeira de mau gosto:

- Foi muito legal o reconhecimento da bancada do PT. Dá sempre um frio na barriga, mas os desafios são salutares na vida da gente. Quando for ao Acre vou levar um livro de xadrez para o Toinho Alves e vou tentar te visitar também para ganhar o seu voto para o Marcus Alexandre na prefeitura de Rio Branco. Fique em paz e siga o exemplo do seu filho, que está com todo gás nas atividades do PT.

Parabéns, nobre Cut. Como continuo sonhador, espero que dê o bom exemplo e passe a lutar para preservar a escolha democrática do povo no referendo que decidiu pela volta da hora antiga do Acre.

FILHOTE DE COBRA


Essas criaturas adoram invadir meu ambiente de ócio e bem-estar.

Minha mãe não deixou que fosse morta e a despachou num capinzal, no outro lado da rua.

- Quanto mais a gente mata cobras, mais elas aparecem - ensina dona Maria.

Agora resta saber onde está o ninho delas no meu quintal.

"DEPUTADOS LADRÕES, JUSTIÇA CEGA"


Estive no Museu da Borracha, que dispõe de uma arquivo razoável de jornais do Acre das últimas décadas.

É um programa imprescindível e divertido para quem quer conhecer melhor o dinamismo da política e dos políticos.

Embora o calor no ambiente seja infernal, a funcionária Dora exigiu que eu usasse máscara e luvas para manusear os jornais. Foi bom mesmo.

Num exemplar de O Rio Branco, de agosto de 1996, aparece a então sindicalista Naluh Gouveia, que depois fo eleita deputada estadual pelo PT e atualmente é conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Acre.

- Deputados são corruptos e a Justiça é cega - afirmava a sindicalista em entrevista.

Clique aqui e veja outros três recortes de jornais.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

UM DESERTO MAIS OCIDENTAL

Amanhecer numa fazenda na BR-317 e o que sobrou na região que formava o maior castanhal do Planeta



"1877" - canção de autoria do poeta Beto Brasiliense

Mil oitocentos e setenta e sete
Tudo seco no Nordeste
Foi o tempo que eu saí de lá
À procura de um lugar

Iaco, Acre, Alto Purus
Peru, Bolívia e mares azuis
Muy tiempo antes
Viemos também dos Andes

Mil oitocentos e setenta e sete
La seca es todo que se me ofrece
Los seringueiros perecem
Estoy acá, estoy allá
Estoy além de ustedes

Agora cem anos depois
A mata pega fogo e eu sei que sou dois
Sou ainda quem ficou lá
Sou também quem veio pra cá

Mil oitocentos e setenta e sete
Tudo seco no Nordeste
Foi o tempo que eu saí de lá
À procura de um deserto mais ocidental

Faz cem anos que isto aconteceu
Outra vez não tenho nada de meu
Agora a mata pega fogo e eu quero ir
Sei, não tenho mais onde fugir

Mil novecentos e setenta e sete
É quando tudo começa
Seringa, bala e coisa e tal
Essa história acaba mal