quarta-feira, 11 de julho de 2012

PENA ELEVADA

Acusado por causar apagões no Acre é condenado a 24 anos de prisão

O juiz Cloves Ferreira, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, condenou José Ferreira Freitas a uma pena de 24 anos de prisão, em regime fechado, por ter atentado três vezes contra a segurança e o funcionamento do serviço de luz e força da capital do Acre e do município de Sena Madureira.

O magistrados justificou a elevada pena em razão da prática de quatro crimes. Nas duas oportunidades em que as torres caíram, o município de Sena Madureira ficou sem energia, por mais de dois dias, o que causou um transtorno que atingiu a cidade inteira.

De acordo com a sentença, a pena foi alta também para evitar que outras pessoas se aventurem a praticar este crime, dado o interesse até nacional da segurança do sistema do fornecimento de energia elétrica, além do aspecto econômico diz a sentença.

O réu também foi acusado de constranger um funcionário da empresa Eletrobrás/Eletroacre, mediante grave ameaça, com o intuito de obter vantagem econômica. Os crimes estão previstos nos artigos 265 e 158 do Código Penal.

Segundo ressaltou o magistrado, o réu era reincidente, tendo sido condenado no passado por tráfico de substância entorpecente. Ele agiu em concurso de pessoas e também chantageou a empresa, exigindo dinheiro para revelar o local onde cairiam as próximas torres, inclusive outras duas torres estavam sabotadas, mas foram achadas a tempo de evitar novas quedas.

De acordo com os autos, José Freitas prejudicou o abastecimento de energia elétrica da cidade de Sena Madureira em pelo menos duas ocasiões.

No dia 11 de novembro de 2011, retirou os parafusos do sistema de transmissão que liga Rio Branco ao município, derrubando três torres. No dia 16 de janeiro de 2012, no Km 01 da Estrada Apolônio Sales, em Rio Branco, retirou novamente os parafusos de duas torres, embora elas não tenham caído.

Posteriormente, no dia 23 do mesmo mês, José Freitas causou a queda de energia elétrica nas proximidades da Vila Custódio Freire, ocasionando nova interrupção de energia elétrica em Sena Madureira.

O réu também tentou extorquir um funcionário da Eletrobrás/Eletroacre, exigindo R$ 50 mil para prestar informações sobre a localização das torres sabotadas e, segundo o réu, evitar prejuízos da empresa. Ele chegou a dizer que “se não recebesse o pagamento, mais torres cairiam.”

2 comentários:

Beneditino disse...

E o contribuinte brasileiro vai dar casa, comida, roupa lavada e até segurança para um cidadão (???) desses pelos próximos 24 anos (isto se não for colocado em liberdade antes). Deveria passar esse tempo roçando o mato sob as linhas de transmissão para compensar uma ínfima parte o que será gasto com ele e o dano que causou.

@MarcelFla disse...

O cara vai tá preso Beneditino, privado da liberdade de ir e vir, confinado em um espaço minúsculo, em condições mínimas, castigo como este não tem igual.