Após quase 16 anos de governo petista, o Acre abriu mão de suas potencialidades e aprofundou seus desequilíbrios sociais e econômicos. O povo acreano pode ousar mais e, neste momento, surge um cenário ideal para renovar esperanças e formular projetos, com parcerias políticas ousadas, voltadas para construir um novo modelo de políticas públicas que promova o crescimento econômico e o desenvolvimento de nossa gente, zelando nosso patrimônio ambiental e o transformando em fruto que traga verdadeiras melhorias ao nosso povo.
O Acre é detentor de uma história revolucionária, mas, lamentavelmente, a política do nosso Estado deixou de permitir um confronto franco de ideias e posturas acerca das nossas mazelas sociais.
Vivenciamos uma oligarquia que, para se perpetuar no poder, sustenta-se na imensa estrutura estatal e nas instituições privadas dependentes do governo. Este é o momento de nos reencontrar com nossa história, e entender que existe um único Acre, em que é possível e desejável a convivência dos contrários. Precisamos deixar para trás esse período de opinião única, em que divergências são tratadas como uma ofensa.
Nós, da oposição, oferecemos um plano de governo que pretende fazer as correções necessárias, mantendo o que de bom está em andamento, mudando para melhor o que precisa mudar, mas, principalmente, permitindo que as diversas forças políticas possam conviver, sem medos ou ameaças. A marca do nosso governo deve ser a tolerância.
Não podemos esquecer que a política tem como maior desafio, incluir pessoas. Contemplamos um Acre em que a inclusão ainda é um projeto não alcançado. Este, então, é nosso grande desafio: Oferecer uma alternativa política que inclua o acreano em um processo de desenvolvimento de longa duração, tendo como eixo central três pontos:
1 - Transformar o Governo do Estado em indutor do crescimento econômico - Portanto, no estabelecimento de políticas públicas devemos buscar, incessantemente, o profissionalismo, promovendo a pesquisa, a qualificação dos seus quadros técnicos e o financiamento para a garantia do desenvolvimento do Estado.
2 - Entender a democracia como instrumento do desenvolvimento - Também devemos colocar a democracia no centro do debate sobre desenvolvimento, e nesse modelo de gestão o reconhecimento da liberdade da imprensa é ponto central e inegociável. É fundamental, também, garantir que nenhum programa de Estado será interrompido, mas sempre aprimorado. Uma nova forma de administração deve garantir que ninguém mais será perseguido ou ameaçado por conta de sua opção eleitoral.
Não podemos aceitar a perseguição àqueles que pensam ou votam de forma diversa. Governaremos buscando a unidade do Acre e dos acreanos e não a divisão simplista entre bem e mal. Devemos governar para todos, reconhecendo que nossa história, nosso futuro e nossa sociedade não podem ser divididos entre torcidas partidárias. Prefeitos e governador não precisam ser do mesmo partido. A transigência e a ponderação serão nosso lema e governaremos sem ódios, rancores ou truculência.
3 - Incluir o Acre e os acreanos – Nosso projeto político contemplará, em primeiro lugar, a inclusão dos cidadãos. O modelo deve refletir o esforço do nosso Governo na busca de políticas públicas que consigam responder às necessidades, potencialidades e direitos da população historicamente desassistida.
Devemos buscar, também, o comprometimento de lideranças políticas nacionais com uma política de investimento e de crescimento econômico do Acre, de forma a garantir a elevação do nosso IDH, evitando a fuga da nossa maior riqueza, que é o capital humano.
O Acre não pode permanecer incorporado marginalmente ao processo de crescimento econômico brasileiro e o país deve parar de enxergar o acreano como um potencial inimigo da floresta.
Sinteticamente, a conquista do crescimento do Acre exige um estado eficiente, competente e democrático, que possa propor e implementar parcerias para resolver as principais carências da população com alternativas e soluções particulares para situações específicas, ou seja, o Acre deve experimentar um modelo de governança que privilegie a capacidade de planejar, formular e programar políticas e cumprir funções.
E é com esses pontos que nos comprometemos, buscando abrir janelas e portas para arejar o modelo político e reacender as esperanças do Acre.
Márcio Bittar é deputado federal do Acre pelo PSDB
11 comentários:
Só espero que esse discurso, muito bonito por sinal, tenha sido combinado com Bocalon... Porque, é como dizem, Jorge pode vir a ser arrogante no poder, Bocalon é, sem nem estar por lá... O que já diz muito.
De; José Porfiro
"oferecemos um plano de governo":
Transformar o Governo do Estado em indutor do crescimento econômico; Entender a democracia como instrumento do desenvolvimento; Incluir o Acre e os acreanos.
Igual o conceito de desenvolvimento sustentável aprovado pela ONU nos anos 1980.
Quase todo mundo ficou fascinado. É alvo de pouca discordância. Quase ninguém tem motivos para ser contra.
Claro que no documento da ONU de 1986 tem toda uma fundamentação. Entendemos que não é o objetivo do deputado destrinchar cada um destes três aspectos de seu programa de governo que está oferecendo para os acreanos. Para se eleger basta o que escreveu.
by José Porfiro
Nunca ouvi falar de um único projeto ou bandeira levantada por este senhor em prol do povo...
Apenas barganhas por cargos e etc... quando fala em projeto é o pessoal e da família dele... Votar em Márcio Bittar por este pecado jamais irei para o inferno hehehe.
Parabéns senhores, enfim sobriedade em tempos de lei seca (estou falando dos comentários).
Não sei de onde Márcio Bittar tirou estas palavras... Parece mais um discurso de posse do que qualquer outra coisa, mesmo por que praticar algum desses objetivos certamente não é o objetivo deste senhor que já está começando mal sua nova carreira política, (a anterior terminou em 2002), querendo que em 2014 tenhamos o mesmo problema de 2012 dentro da oposição. Sérgio Petecão será o candidato ao governo do Acre. Este lançamento antecipado de candidatura deveria ser inclusive investigado pelas autoridades como campanha antecipada. Márcio Bittar não terá apoio para se candidatar ao governo em 2014, o máximo que poderá fazer é ficar com o cargo que ocupa. O mais provável é que tente o Senado contra Gladson Cameli o que o levaria a uma flagorosa derrota. Já está tentando plantar a discórdia desde agora...
O importante é que ele está produzindo o seu discurso e tornando-o público, enfatizando ainda que se contrapõe ao governo oligárquico que aí está. Sendo oposição ele está fazendo o que lhe compete fazer. Não vejo nada demais. Ele está simplesmente abrindo espaço para debate. Qual é o problema disso? Por que incomoda tanto? Lemos neste blog os discursos do Aníbal Diniz, do próprio Jorge Vianna, e de outros governistas, por que um deputado federal tucano não pode colocar suas idéias ou posicionamento político? Nós estamos num país democrático ou numa Cuba dos irmãos Castro?
não sou da situação, mas digo uma coisa: vai ser demagogo assim "lá pro outro lado" [...] falou... falou e não disse nada!!!! Não sabia que escrevia tão mal assim nobre Deputado. Mais uma texto desse levado à público, sua campanha para governo vai para as "cucuias". Quer fazer algo que preste aí em brasília? Faça um projeto acabando com a maldita IMUNIDADE PARLAMENTAR. Faça isso e terás meu apoio. Caso contrário, venda a metade de suas terras em Sena Mandeira e doe aos pobres!!!!
Fátima Almeida... Nós estamos "numa Cuba dos irmãos Viana"... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Discurso vazio!
kkkkkkkkkkkkk Esse discurso do Marcio Bittar parece de trampolim politico, não chegou nem no meio do mandato e parece que já está pensando no proximo. Nunca ví uma carta tão cheia de palavras bonitas mas sem nenhum discurso concreto.
Mas uma coisa eu não gostei "A marca do nosso governo deve ser de tolerância". Não gosto desse discurso de tolerância, tolerância tem a ver com uma falsa aceitação, com uma falsa paz, aquilo que Suportamos... Um governo tem que ter como marcar o Respeito, isso é democracia!
Márcio Bittar pode ter seus defeitos, como todos, mais ao menos se posiciona a favor do debate. Aos críticos sejam mais impessoais, atentem para o campo político das propostas.
Pobre do Acre que vive hoje sob o oligopólio Viana. No entanto, a salvação não está em pessoas de caráter duvidoso ou de memória curta. O Sr. Márcio Bittar, agora tão sério, esqueceu-se depressa do tempo em que ele foi nomeado para um cargo de confiança no Governo do Amazonas e ganhava sem trabalhar. Recebia seus salários regularmente, sem nunca ter nem tomado ciência do que se esperava que ele fizesse. Nunca compareceu ao local de trabalho. Sua tarefa era cuidar, no Acre, dos bois de propriedade do então Governador Eduardo Braga, que o nomeou para o cargo-cabide. Se o moderador do blog quiser apurar os fatos, comprometo-me a mandar cópias dos decretos de nomeação e exoneração.
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