quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O HAITI É AQUI

No Twitter do secretário de Comunicação do governo do Acre, Leonildo Rosas, destaque para a piada sobre refugiados haitianos e o terremoto desta quarta-feira no Acre:

- Os haitianos devem ter pensado: “O Haiti é aqui”.

Em março, o mundo desabou sobre o presidente da OAB-AC, Florindo Poersch. Ele teve que se desculpar publicamente por causa do que escreveu no Twitter sobre as vítimas do terremoto no Japão:

- No Japão como eh que sabem quem está desaparecido? São todos iguais!!! Rsrsrs

Atualização:

O jornalista Leonildo Rosas reconsiderou o comentário. E escreveu no Twitter novamente:

- De fato a piada foi mal colocada. Admito. E sem graça.

5 comentários:

Roberto Feres disse...

na verdade, hoje em dia a gente tem muito espaço onde registrar opiniões desastrosas... dizer o que não deve... quando não deve... é o princípio da inoportunidade levado ao extremo.

Altemar disse...

E se o Leo (nos criamos em bairros vizinhos) não tivesse fazendo piada? Pesquisem por HAARP. Paranóia? Sabem porque a Líbia foi atacada? Pesquisem, mas pesquisem mesmo, antes de me fritarem no caldeirão dos adjetivos, verão coisas surpreendentes.

sérgio de carvalho disse...

gente, o mundo politicamente correto demais vai ficar uma chatice...

Janu Schwab disse...

É, Sérgio. É uma piada. Ácida, é verdade. Mas ainda uma piada. Igual a que fazem com gays, lésbicas, mulheres, judeus, etc. Também sou contra o politicamente correto. Acho uma chatice.

Mas gente que ocupa cargo público de alta responsabilidade (por representar pessoas de todos os tipos) tem que se abster de comentários do tipo, se não por bom senso que seja por uma questão de estratégia política. É simples.

Aí o Feres toca num ponto nevrálgico, esse do "princípio da inoportunidade": há muito espaço aberto para se dizer, mas pouca civilidade (etiqueta, protocolo, etc) nisso. O que me lembra de um clichê pedagógico: liberdade sem responsabilidade é um perigo.

Aí tem um outro problema: a definição do que e quando se deve dizer, quem define? O bom senso (ou a estratégia política) diz que uma autoridade não deve tecer comentários do gênero.

E quem diz que um cidadão comum não pode dizer o que bem entende dos seus governantes sem sofrer censura moral e social por isso? Com certeza não é o bom senso. Seja lá o que for, também é uma chatice.

Fátima Almeida disse...

Para fazer o que faz ele tem que ter essa cabeça mesmo...está de acordo. Ruim mesmo é usar um verso de Caetano Veloso de uma composição maravilhosa que conclama a uma revolução de negros na Bahia...isso para mim é um sacrilégio.