sexta-feira, 20 de maio de 2011

UFAC IGNORA ESTUPRO DE ESTUDANTE



Após mais de 12 horas do estupro de uma estudante, no campus da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, o vice-reitor Pascoal Muniz disse por telefone ao Blog da Amazônia que não tinha conhecimento do crime.

O vice-reitor estava num carro a caminho de Brasiléia, na fronteira com a Bolívia. Ele acrescentou que não poderia desistir da viagem.

- Não estou sabendo de nada sobre esse estupro que você está relatando. Infelizmente a reunião em Brasiléia é muito importante e já estou distante quase 20 quilômetros Rio Branco - acrescentou Pascoal Muniz.

A estudante da Ufac foi estuprada no final da tarde desta quinta-feira (19). Ela esperava o namorado num ponto de ônibus quando um homem se aproximou e apontou uma arma para a cabeça dela.

Sozinha, a acadêmica foi obrigada a entrar num carro e levada para outro local entro do campus. Após ser espancada e esturrada, a jovem pediu socorro a outras estudantes.

A jovem recebeu atendimento no Pronto Socorro, mas, a pedido da família, foi transferida para uma clínica particular. A família ainda não procurou a Delegacia da Mulher para registrar o crime.

Acadêmicos de vários cursos estão percorrendo as salas de aula convocando os colegas para um  protesto contra a falta de segurança no campus.

Dois professores da Ufac relataram que na semana passada uma estudante teria sido vítima de tentativa de estupro no campus. A segurança no local se limita a três homens, na entrada do campus, que apenas observam a entrada e saída de carros e pessoas.

6 comentários:

Unknown disse...

Que postura bonita, VICE-REITOR!! Como o senhor reagiria se isso acontecesse com algum familiar seu? Devemos ter bom censo nessa hora e nos colocarmos no lugar das pessoas. É fato que a segurança NÃO EXISTE na UFAC. Falta de iluminação, falta de vigilância e um ambiente perfeito para criminosos como esse, que acabou se aproveitando da falta de responsabilidade das autoridades.

Janu Schwab disse...

O que me espanta é a capacidade extrema das autoridades, não de ignorar os acontecimentos, mas de se portar como autoridades devem se portar.

Acostumados a inoperância de grande parte da imprensa - me desculpem os colegas jornalistas, comunicólogos e comunicadores -, acostumada a repetir releases (independente de partidos, siglas, grupos políticos e afins), essas autoridades não sabem gerenciar crises e dar uma resposta imediata as pessoas, que amenize, que estimule a participação de todos em prol de melhorias.

Não estou duvidando da importância da reunião do Vice-Reitor, não serei leviano de achar que ele estava indo até lá para fazer compras.

Mas me admiro que uma universidade federal não tenha uma equipe de assessores aptas a ouvir as reclamações, conversar, gerenciar esse momento tenso - Meu Deus, a UFAC forma jornalistas! E, pior, claro, que uma universidade federal não tenha uma esquema de segurança decente.

Unknown disse...

É preciso que acontece esse tipo de coisa para que nossa "magnifica" reitora faça algo em relação a nossa segurança?? Ou será que ela prefere ficar assistindo a sua televisão de plasma enquanto trabalha?

direitoshumanos.ac@gmail.com disse...

Em si tratando de uma universidade federal, para mim o caso dessa jovem teria que ser da policia federal.

Janu Schwab disse...

No meu comentário anterior, quis dizer "...mas de NÃO se portar como autoridades devem...".

Lucas Araújo disse...

Cansa muito mesmo voltar do Quinari... 15 minutos...