domingo, 15 de maio de 2011

MARINA PEDE INVESTIGAÇÃO AO MPF

Ex-senadora quer que acusações contra ela e seu marido sejam apuradas

A ex-senadora Marina Silva (PV-AC) entrará nesta segunda-feira (16), com representação no Ministério Público Federal para que sejam investigadas as acusações de que seu marido, o técnico agrícola Fábio Vaz de Lima, teria envolvimento com irregularidades em negócios que envolveriam órgãos federais vinculados ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), durante a gestão de Marina (2003-2008).

A própria Marina também pedirá para ser alvo das averiguações da Procuradoria, já que foi acusada, pelo deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), relator das mudanças no Código Florestal, de agir em favorecimento de seu marido para impedir que ele fosse convocado a depor na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados sobre sua suposta participação em fraudes.

De acordo com a ex-presidenciável, sua iniciativa decorre "da profusão de denúncias requentadas que surgiram nos últimos dias nos meios de comunicação e da transformação de suas versões em fatos, sem que me tenha sido assegurado o direito de ter o mesmo espaço para que eu possa apresentar à opinião pública os meus esclarecimentos".

"Quando se está na vida pública, não basta dizer que é você é inocente. Não basta fazer apelos para as pessoas acreditarem que você fala a verdade. Por isso é fundamental que cada denúncia seja investigada para comprovação da inocência ou da culpa por uma instituição que busca a isenção e tem por objetivo defender o interesse público, o Ministério Público Federal (MPF)", afirma Marina.

Assim, nesta segunda-feira, às 18h30, a ex-ministra do Meio Ambiente se reunirá com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na sede do MPF, para lhe entregar representação com pedido de abertura de apuração de cada denúncia em que ela e seu marido são citados.

Convicta de que a verdade dos fatos será revelada, Marina aponta que as acusações levianas feitas pelo deputado Aldo Rebelo e outros têm origem em dossiês apócrifos que circularam nos corredores do Congresso Nacional e foram parar nas mãos de alguns jornalistas durante sua passagem no MMA. "Foi uma campanha difamatória, retomada agora."

"Os autores dessas falsas informações são aqueles que tiveram seus interesses espúrios contrariados por minha decisão de, à frente do Ministério do Meio Ambiente, combater o comércio ilegal de madeira e o desmatamento criminoso na Amazônia", diz.

Marina relembra que, com o apoio da Polícia Federal e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), foram presas mais de 700 pessoas envolvidas em crimes, apreendidos 1 milhão de metros cúbicos de madeira ilegal, aplicadas mais de R$ 4 bilhões em multas, além de  o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) ter inibido a grilagem cerca de  35 mil propriedades.

Em vídeo no YouTube (veja), a ex-senadora apela para que seus simpatizantes  divulguem a sua defesa, com base em informações que têm apresentado em seu site na internet (www.minhamarina.org.br).
- Tudo tem sido feito de forma leviana e mentirosa com o objetivo de calar a minha voz no debate promovido pelo Congresso Nacional sobre as mudanças no Código Florestal e, assim, promover um grande retrocesso em prejuízo da proteção das florestas e do interesse do Brasil - conclui Marina.

3 comentários:

Altemar disse...

Agora?

Altemar disse...

Tudo bem Altino,
Mas precisava ela twitar aquilo?
Me help!

Anônimo disse...

Corajosa nossa Marina. Ela está "dormindo com o inimigo". Em colocar a mão no fogo pelo marido tem que ter cuidado para não virar churrasco.