quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

GRUPOS DE TRABALHO DO ACRE

Clima tenso entre a equipe do governo do Acre e os profissionais do Sistema Público de Comunicação.

Estamos em fevereiro, mas o governo ainda não conseguiu pagar o salário de 90 profissionais que trabalharam em janeiro em variados tipos de serviços de divulgação da atual gestão.

Todos os profissionais estão vinculados ao governo estadual por meio de Grupos de Trabalho (GTs), porém o Ministério Público do Trabalho (MPT) tem exigido há dois anos o fim dos GTs, isto é, o fim da contratação temporária, simplificada e sem concurso público de pessoal.

A situação que envolve os profissionais do Sistema Público de Comunicação é apenas um exemplo. Em outros ambientes do governo estadual existe agora mais gente trabalhando sem saber se ou quando vai receber o salário de janeiro.

Mais de 30% do pessoal em atividade em várias secretarias foi contratado de modo temporário, simplificado e sem concurso público. Existem secretarias cujo quadro de pessoal é apenas de GTs. Uma das mais afetadas pela decisão do MPT é a de Saúde.

Em 2009, o governo chegou a admitir publicamente a existência de 2 mil trabalhadores contratados em GTs. Alegava que as contratações simplificadas decorriam da carência da mão-de-obra no Estado.

Ao constatar oficialmente a existência de 1.100 pessoas nos GTs, o MPT recomendou que fossem demitidos até 31 de dezembro de 2010.

Fontes do governo alegam que alguns serviços podem deixar de ser prestados com o fim dos GTs.

O esforço da equipe do governador Tião Viana (PT) é na tentativa de obter do MPT tolerância para com os GTS por mais seis meses.

O assunto é tabu na imprensa local porque o pagamento em dia dos servidores tem sido usado como bandeira do governo estadual desde que o PT assumiu o governo há mais de 12 anos.

Governo e imprensa entendem que não fica bem noticiar que existe gente trabalhando sem receber no melhor lugar para se viver na Amazônia.

Atualização

Não é só o governo que deixa de pagar seu pessoal. O oposicionista Tião Bocalom, ex-candidato do PSDB ao governo do Acre, não pagou até hoje a produtora responsável pela contratação do pessoal da mídia, informa a jornalista Ana Cristina Silveira, uma das vítimas.

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse não é o único problema...a própria atual equipe está reclamando das nomeações que não saem...seria interessante o Ministério Público Estadual observar melhor também os contratos dos estagiários...há Assessores reclamando a nomeação de funcionários...até os aspones estão irritados. Quando se gasta demais em processo eleitoral é assim...se ganha integralmente rapidamente o dinheiro volta...se isso não ocorre...bem se isso não ocorre...isso é problema para a equipe de governo! Observei algumas coisas engraçadas...Assessor dizendo que está "economizando", ou seja, poupando forçadamente o dinheiro que nem ao menos tem. A mesma consultoria contratada por alguns amigos, que cuidaria de provar que houve um erro jurídico na questão do retorno do horário antigo...está começando também um longo processo de reorganização das secretarias...o objetivo é desassociar algumas coisas que estavam juntas...isso acaba desonerando o estado em vários setores...embora tal manobra não seja para economizar, mas sim para tapar rombo.
Quem está pagando realmente são os postos de saúde, ou seja, a prefeitura. Os postos, em decorrência da dengue estão gastando recursos demasiadamente...em parte isso explica porque a campanha contra dengue do governo funciona nos outdoors, mas não funciona nas casas dos moradores do Mocinha Magalhães...e não me venham com relatórios e números, basta qualquer um ir lá no Mocinha e comprovar o que falo.
Tudo que se fala agora eles transformam em "ataque político" rsrsrsrrs.

Quanto a tarifa de transporte urbano...nosso camarada Edvaldo lançou a proposta a Assembléia para que se reduza a monstruosa taxa do ICMS acreano (aquele mesmo que foi aumentado consideravelmente pelo Senhor Jorge Ney durante o seu governo) e a passagem suba apenas para 2,00 reais. Segundo os fofoqueiros da que rondam a ALE o camarada Moisés Diniz não gostou muito da história...sabe que toda vez que um comunista fala que "isso tem que ser melhor discutido" é porque definitivamente não concorda com a ideia...falo isso porque ainda me considero um comunista, e sei como é! rsrsrsrsr

Anônimo disse...

Olha a armação da prefeitura...1,00 real aos domingos...pelo amor de Deus algum contador on line? Todo mundo sabe que o problema é para os trabalhadores, e que ainda sim essa armação do 1,00 real aos domingos será utilizada como argumento das empresas para aumentos abusivos na próxima atualização da tarifa...ou esse povo é tolo...ou o Angelim, nobre e caríssimo ex-professor da UFAC, ex-diretor do Tribunal de Justiça...acha que todo mundo é tolo. Pelo amor de Deus...transporte público é compromisso e responsabilidade da prefeitura...é um serviço primordial para o fluxo da cidade e de seus trabalhadores...cadê o Ministério Público...a CUT participou do processo de votação do Conselho Tarifário...observem com zelo o processo que encontrarão algum vício, algum ilícito jurídico, algum ato nulo...observem o exemplo da Capital vizinha..., mas lá existia algum vereador ao menos observando...aqui o máximo que existe são ex-revolucionários que hoje não passam de pelegos vendidos.

Uma proposta: retirem uma porcentagem da Taxa de coleta de resíduos sólidos do município e repassem como compensação da passagem...da mesma forma poderia se fazer com o ITBI repassando uma pequena porcentagem do mesmo. Ainda sim, isso tudo paralelo a proposta de redução do ICMS feita pelo camarada Edvaldo Magalhães...nem aumentar essa passagem precisaria...
Se não teremos que começar a conversar sobre o mau uso de alguns fundos municipais...

Não criticamos apenas...vocês não podem se queixar disso, apresentamos propostas que com um pouco de carinho, um bom gestor poderia perceber que é possível...só não vejo quem seria essa pessoa na prefeitura...rsrsrsr

... disse...

no ano passado foram realizados alguns concursos pela SGA,como SGA especialistas, em que alguns cargos ainda não tiveram nenhum aprovado convocado até hoje (um ano depois), preferiram e preferem fazer uso de GTs, desse modo, fere-se vários princípios, o Estado que segue suas próprias leis (Estado de direito) não segue, o poder emanado do povo passa a ser utilizado em interesse próprio, fugindo da legalidade e da impessoalidade, vivemos em um estado de falácias, em que se tira fotos com o feijão, conversa com os peixes e dorme com a dengue, fotos e não de fatos concretos, de ações emergenciais, deixadas pra última hora,enquanto isso, as secretarias estão quase paradas e o carnaval (circus) torna-se o principal plano de ação.
e o líder da Aleac ainda fala em contratações temporárias, enquanto os aprovados em concursos padecem desempregados, coloca-se quem quer, faz-se o que quer, emprega-se mãe, pai e tia, usa-se o poder poder a favor de si.

Anônimo disse...

Gostaria de saber se esses profissionais tem algum direito trabalhista? e como eles podem reivindicá-los? obrigada!