segunda-feira, 8 de novembro de 2010

DESCULPA AÍ, BINHO

POR ANTONIO ALVES

Sempre fui procurado por repórteres dos jornais locais ou nacionais, que me pedem análises e informações sobre diversos assuntos do Acre. Atendo a todos; penso que não se deve fechar a porta para a imprensa, mesmo uma imprensa de péssima qualidade. Quase sempre me dou mal. Os artigos já estão prontos antes de serem escritos e as declarações dos entrevistados servem apenas para que os editores coloquem aspas em suas próprias opiniões pré-formadas.

Desde que a Frente Popular do Acre passou por dificuldades nas eleições recentes, tenho evitado publicar qualquer análise política. Faço críticas e brincadeiras com os amigos, cheguei até a dizer duas ou três palavras mais duras a alguns, mas não aderi a essa “malhação” comemorativa incentivada por uma oposição maldosa à qual jamais pertenci. 

Minhas discordâncias sempre foram abertas e claras, em todos esses anos. Nunca me calei e sei que provoquei muitas contrariedades a alguns companheiros que não sabem aceitar críticas. Mas agora, depois da pancada que levaram, preferi não ficar cutucando feridas.

Esta semana, entretanto, escorreguei. Abri inadvertidamente minha boca para responder às perguntas de jornais do Sul [leia], que não conhecem nem querem entender as coisas da província e publicam, na maioria das vezes, matérias “de encomenda” para favorecer esse ou aquele grupo político. 

Obviamente, não vou ficar explicando que não foram exatamente aquelas as minhas palavras, que as frases de num assunto foram usadas em outro, que não sabia que era uma entrevista e achava que era uma conversa ou qualquer outra justificativa. O fato é que eu já estou cansado de saber que, para jornalistas, não devo contar nem mesmo piada. 

Estou particularmente chateado com isso. Não porque as críticas que faço ao PT e à Frente Popular possam ser confundidas com as da oposição, pois qualquer pessoa com inteligência mediana percebe as diferenças. Mas justamente porque podem ser confundidas com as fofocas oportunistas que surgem dentro da própria Frente Popular. Há “companheiros” –e todo mundo sabe disso- que estão muito interessados em esquivar-se de suas responsabilidades ou talvez estejam querendo puxar o saco dos eleitos e, por isso, jogam a culpa do revés eleitoral no governo e no governador Binho Marques. Não quero, nem de longe, ser confundido com essa turma.

Não estive no Acre durante a campanha, não vi os programas da propaganda eleitoral. Ouvi falar que a campanha da Frente Popular não mostrou as realizações do governo atual e não o defendeu das críticas da oposição. Era como se Tião Viana fosse um candidato avulso, que ganharia a eleição por seus próprios méritos, não como um candidato da “continuidade”.

Não sei se essa avaliação é certa. Mas conheço gente que trabalha no governo e que suspirava para que ele terminasse logo, para que Tião assumisse ou Jorge voltasse. Talvez alguém tenha passado a suspirar pela oposição. Não é pouca gente que resmunga críticas, mas não as expressa em público. 

Que o governo tem falhas é óbvio. Para mim, tudo deriva de um erro geral, estratégico: Binho deixou a política para os políticos, não quis ou não pode promover rupturas com as orientações dos caciques. Fez um governo bem comportado com uma missão impossível: manter critérios técnicos e diminuir a interferência política. Mas não se pode dar eficiência e impessoalidade ao serviço público sem mexer nos privilégios das oligarquias. Resultado: a parte do “para todos” até andou bem, mas o “com todos” ficou lá atrás -pois os processos de participação política continuaram na mão dos mesmos atravessadores, que se fazem passar por lideranças.

Apesar de tudo, Binho fez um excelente governo. Com uma quantidade inacreditável de obras e serviços, chegou aos municípios mais distantes da capital. Como se diz nos corredores: fez mais casas que o Flaviano, mais estrada que o Orleir e mais pontes que o Jorge. Todos os serviços públicos melhoraram e alguns, que quase não existiam, começaram a funcionar. O sistema de atendimento social foi ampliado e começou a se mexer, um conjunto desarticulado de projetos assistenciais ganhou institucionalidade, espaços adequados, orçamento e poder. 

A Educação continua ruim, mas não é mais uma das piores do Brasil. A Saúde continua precária, mas não é mais o caos. A Segurança é péssima, mas isso é uma coisa que piora continuamente em todo o Brasil e aqui piorou menos. É uma avaliação ruim? Paciência, não tenho nenhum talento para mentiras marqueteiras do tipo “revolução na educação”. Reconheço que melhorou um pouco e o povo inteiro também reconhece, isso é sincero e verdadeiro e deve bastar.

Mas não quero fazer avaliação de governo, nem tenho pra isso informações além daquelas a que o público em geral tem acesso. Quero apenas ressaltar o fato de que o governo não deveria ter sido abandonado pelas lideranças políticas que dele se beneficiaram. Não merecia ficar agüentando indiferença e até antipatia de “formadores de opinião”, inclusive jornalistas, sustentados pelo próprio governo e colocados a serviço dos caciques políticos da própria Frente Popular.

O governador, pessoalmente, tampouco merece ser cercado por esse clima de fim-de-feira, com todo mundo correndo para agradar ao novo rei e anunciar a “humanização” que ele promoverá. Binho Marques sempre foi discreto e leal, nunca disputou poder nem prestígio, não reivindicou autoria pessoal das realizações do seu governo e sempre manteve relações cordiais com todos –até com a oposição. Não há nenhuma dúvida sobre sua honestidade, nem suspeitas de que tenha permitido atos ilícitos de seus auxiliares. Permanece uma pessoa simples e andará nas ruas como um cidadão acreano de dignidade intacta. 

Por isso fico deveras chateado, envergonhado mesmo, com a simples idéia de que minhas críticas à política desastrosa do PT e seus aliados –partidos e “lideranças” políticas e empresariais- possam ser confundidas com essa oportunista culpabilização do governo pelos resultados da eleição. Só posso esclarecer precariamente, pois cada um entende como quer: quem me quer mal, só pode me interpretar mal. Mas posso lançar um alerta a todos os que se escondem no silêncio ou no palavreado hipócrita: senhores, vosso rabo está de fora; o povo está vendo e cada um terá o que bem merece.

Posso também, sem vergonha ou hesitação, pedir desculpas ao Binho e aos companheiros sinceros que estejam no governo por amor ao trabalho e não ao poder. Lamento qualquer constrangimento que possa ter causado, não foi essa minha intenção. Só o que quis, e sempre fiz, foi exercer aquela velha liberdade que conquistamos nas assembléias, nos teatros, nas praças, onde depositamos os ideais de nossa juventude. 

Tudo o que quero é permanecer, ao menos em espírito, um daqueles meninos que éramos. E que a política e o poder, se já nos levaram a ingenuidade, não nos levem jamais a inocência.

Não tenho mais companheiros. Não quero perder os amigos.

Antonio Alves é jornalista e assessor do governador Binho Marques

17 comentários:

kemmil disse...

Toinho fez uma boa análise dos últimos acontecimentos e fala com propriedade.

livio disse...

Toinho, sensibilidade, sensatez e equilíbrio é DOM DE DEUS, você sempre será luz.

vilmar boufleuer disse...

Não tenho 'cacife' para analisar um texto do Toinho mas este testo é acima de tudo uma boa pancada na cabeça de muitos dos comentaristas deste blog!

Andarilho disse...

Bom dia Altino.

Belo texto do Antonio Alves. Resumiu de forma sensível o que foi e o que é a FPA hoje. Falida. Cheia de feridas causadas pela indiferença de seus escalões, padrinho e apadrinhados, com o que chamamos de máquina pública. Inguinoraram as engrenagens que movem essa máquina.
E quem se opunha com o que se praticava é taxado de 'agente vil', 'perssona no grata'.

'Não se avexe não, o mundo é esse muntarel de gente, o vento bate em todos e o sol. O sol é para todos humildes trabalhadores."

HUMILDADE em reconhecer que ao longo do tempo os erros foram acumulando.

Bom dia a todos, que Deus nos ilumine sempre!

Altemar disse...

Taí um jornalista.

Matthew Meyer disse...

Bravo, Toinho!

Matthew Meyer disse...

Bravo, Toinho!

Vingador disse...

Bem,
Não vi o motivo para o pedido de desculpas, no entanto se o jornalista assim o fez deve ter seus motivos.
Realmente o Governado Binho algumas vezes se omitiu de expor suas realizações não sei se por humildade (nunca vi político humilde) ou por deixar na comunicação do Governo alguém que escrevia um texto e em seguida entregava nas redações para publicação na íntegra, era cômico ler em todos os jornais a mesma matéria inclusive com os mesmos erros não permitiam nem uma correção, a comunicação tinha cara de piada de mau gosto.
Por outro lado faltou criatividade na propaganda eleitoral, não se viu um texto falando claramente com o povo como das outras vezes. Quando a oposição atacou o Governo à propaganda da FPA contra atacou de forma equivocada, pegando “corda” e descendo o nível, não havia uma crônica simples para desconstruir a oposição, na verdade faltaram os seus textos (Ih! Falei o que não queria. rsrsr).

Joana D'Arc disse...

Altino,Guarde Os Posts Históricos!
Este é Mais daqueles Que Fazem e Entram Para a História do Acre,Pelo
Fato de Ser o Texto Personalíssimo!

Quando o Autor 'Expressa-Se dessa
Maneira', Não Há o Que Repor...

Tenho Feito Defesas Contumazes do
Governador Binho Marques,Por Saber
Reconhecer o Incomensurável Feito
Nos Meios Sociais e Exemplifico:

1.Fui a Maior Crítica al Longo do
Governo,Apontei Falhas...
2.O IAPEN, Setor Diretamente Ligado
aos Ativistas Humanitários É UM
LEGADO DESTE GOVERNO QUE MUITOS
SÓ RECONHECERÃO NO FUTURO!!! SÓ
Prá Lembrar,"Departamentozinho"
de Continuísmo de governo após
GOVERNO...
3.A Gestão Binho Marques Criou o
IAPEN,Instituto Com Recursos e
Pessoal Próprios,através de um
CONCURSO PÚBLICO! Tem Noção do
Que Isso Reoresenta Para Nós
Cidadãos,Profissionais do Setor
Ter o Assunto Gestão Resolvido
Em Definitivo!!!
4.a Segurança Social,Entenda-Se as
ONGs e Entidades Correlatas de
Atuação Humanitárias Estão Em
Plena Atividades Através do PRÓ-
ACRE,Ainda Tem Muito Por fazer...
Mas Quem Faz Como Eu Faço Sempre
Diáriamente a Minha Parte,SABE O
MUITO QUE TEM SIDO FEITO!!!
5.Todas As Minhas Denúncias Foram
RESPONDIDAS SATISFATÓRIAMENTE com
SERVIÇOS PRESTADOS EM CARÁTER
DEFINITIVO PARA A COLETIVIDADE,
Jamais Pedí Algo em Meu Proveito
Próprio...

Aquí,Um Parêntese Especial,SEMPRE
QUE DENUNCIEI PUBLICAMENTE OS FATOS
FOI PELA RAZÃO ÚNICA DE QUE SEUS
'ASSESSORES Pseudo Semi Deuses Não
Ouvem,Não Compreendem e NÃO FALAM
PORTUGUÊS,Para Se Comunicar Com Os
Terráqueos Cidadãos Acreanos!'...

Sabia Então, Denunciando na Mídia,
o Governador Tomaria Conhecimento!

Isto Se Comprovou ao Longo do Tempo
e,Sou Testemunha Ocular,Das Vezes
em Que Governador Foi Pessoalmente
na Biblioteca Pública Verificar as
Denúncias de Blogs,Isto Eu Ví !!!

Certamente Há Muito Mais Prá Dizer
Espero Que " Esteja Claro Que Tudo
Que Até Este Momento Ainde é Falho
No Entorno do Governador e de Seu
Governo É A COMUNICAÇÃO de SEUS
INTERLOCUTORES e/ou SECRETÁRIOS de
ESTADO ", Que Por Ineficiência...
Salto Alto ou Incompetência Mesmo,
CONSTRANGEM O GOVERNADOR COM SEUS
'Silêncios Mórbidos',Sem Ter a
Grandeza e a Hombridade de Admitir
ERROS,OMISSÕES e Prevaricações !!!

Serei a Maior Defensora dos Feitos
de Governo Que tenho Conhecimento!
Sei Criticar e SEI RECONHECER TUDO
HUMILDEMENTE,Sempre Quiz o Melhor
PARA O ACRE e os ACREANOS!!!

Governador,Vossa Excelência Queira
Me Desculpar Se Me Excedí Alguma
Vez...Penso Que Não,Mas Tudo o Que
Fiz e Vou Continuar Fazendo...É Por
Reconhecer Em Vossa Excelência o
Homem Público Democrata e Sensível
Às Causas Humanitárias!!!

Já Estou Com Saudades de Vossa
Excelência! Tenho Dito !!!

Joana D'Arc Valente Santana,Eu Sou
Advogada Ativista Presidente U.SOS-
Organização Universalista Direitos
Humanos-Acre-Amazônia-Brasil

Janu Schwab disse...

O Binho, como algumas outras pessoas e muitos projetos da FPA, é realizador e sincero. Do jeito que é, sem se importar em agradar gregos e troiano, faz o que acredita ser o melhor. Ele, e algumas outras pessoas, são referências de ótimos gestores - e é disso que o poder público precisa: menos politicagem e mais gerência. Ninguém precisa de mãe, pai, padrinho. Precisa de gente que faça, tendo a sensibilidade que o "fazer" é destinado a pessoas e não números. Tarefa árdua.

O problema de quem é situação, como sempre, são os oportunistas. Que disfarçam seus interesses pessoais em finas camadas de conhecimento técnico e muito, muito achismo.

Faz-se uma côrte deles ao redor de quem comanda e disputa-se sempre o pequeno poder da chave do armário do almoxerifado. É patético, principalmente ao lembrarmos que isso é tipicamente de animais políticos de séculos passados.

Todos ao redor e todos querem cantar de galo. É o baixo clero que, assim como no Congresso, são ávidos por tirar o seu pedaço das coisas, no famoso "farinha pouca, meu pirão primeiro". Na minha pouca experiência de vida, quantas vezes vi o oportunista se dar melhor do que o sintético? Várias. Quem quer ouvir uma crítica verdadeira?

Não se pode reclamar então? Não se pode dizer que uma coisa está sendo feita de forma tacanha, errada ou mambembe? Temos que aceitar a "novidade" porque estamos no Acre, uma terra distante onde se vende o defasado como se fosse de vanguarda? Esse tempo não existe mais. Embora seja tentador continua-lo em alguns aspectos da vida em sociedade.

Sempre ri de quem reclamava/criticava do Toinho Alves ("Ele é pago pelo governo, não pode falar mal"), como se fazer parte e ter opinião própria fosse crime. No acre tudo parece ser oito ou oitenta e confundem o caminho do meio budista com o ficar em cima do muro. Toinho - e alguns outros poucos - é o ombudsman da FPA e do governo. E tenho certeza de que gente de boa fé dentro dele ouve as críticas e tenta corrigir. Isso é ter visão.

O Acre não pode ser mais uma terra de cegos pra que caolhos a governem. Tenhamos todos o maior número de olhos possível. Gosto de gente que tem visão, seja do governo ou da oposição. Reclamar pode ser ruim. Mas impor a qualquer reclamação o rótulo de "inveja, ciúme ou disputa política" ou ainda uma "afronta" ao status quo, me lembra Stalin (ou Hitler, como queiram). E eu prefiro Marx.

Meu pai dizia que é melhor saber de tudo que é ruim e tentar melhorar, do que achar que tudo é lindo, enquanto se piora. Em palavras usuais, ter semancol faz bem.

Janu Schwab disse...

O Governador Binho, como algumas outras pessoas (e muitos projetos da FPA), é um bom realizador e um homem sincero. É do jeito que é, sem se importar em agradar gregos e troiano, faz o que acredita ser o melhor. Tanto que é visto como temperamental! Ele e algumas outras pessoas, são referências de ótimos gestores - e é disso que o poder público precisa: menos politicagem e mais gerência. Ninguém precisa de mãe, pai, padrinho disso ou daquilo. Precisa de gente que faça, tendo a sensibilidade que o "fazer" é destinado a pessoas e não números. Tarefa árdua.

O problema de quem é situação, como sempre, são os oportunistas. Que disfarçam seus interesses pessoais em finas camadas de conhecimento técnico e muito, muito achismo.

Faz-se uma côrte deles ao redor de quem comanda e disputa-se sempre o pequeno poder da chave do armário do almoxerifado. É patético, principalmente ao lembrarmos que isso é tipicamente de animais políticos de séculos passados.

Todos ao redor e todos querem cantar de galo. É o baixo clero que, assim como no Congresso, são ávidos por tirar o seu pedaço das coisas, no famoso "farinha pouca, meu pirão primeiro". Na minha pouca experiência de vida, quantas vezes vi o oportunista se dar melhor do que o sintético? Várias. Quem quer ouvir uma crítica verdadeira?

Não se pode reclamar então? Não se pode dizer que uma coisa está sendo feita de forma tacanha, errada ou mambembe? Temos que aceitar a "novidade" porque estamos no Acre, uma terra distante onde se vende o defasado como se fosse de vanguarda? Esse tempo não existe mais. Embora seja tentador continua-lo em alguns aspectos da vida em sociedade.

Uma vez ouvi um colega reclamando sobre um projeto editorial. Perguntaram pra ele: vc é a favor ou contra o governo. E a resposta, "imparcial", fez com que o projeto não recebesse nenhum apoio do governo. Verdade ou não, acho patético que isso ainda aconteça. Principalmente quando lembro do sopro de novidade que o PT sempre se valeu de ser desde 1990, qndo vesti, ainda pequeno, uma camiseta do 13 - desenhada pelo Binho.

Nessa época os petistas (e seu sopro de novidade) eram marginalizados. Ou, para ser menos enfático, eram deixados no limbo. Passavam longe de quadros do poder público e suas ideias e ideais interessantes (postos em prática anos depois) eram ignorados ou sabotados. Porque isso acontece agora? Será que é preciso ser um cordeirinho da situação para se aproveitar o Bem que nos fez os sucedidos projetos da FPA? Tenho que concordar com tudo e sussurrar minhas críticas aos grupelhos e seus modi operandi instalados dentro desse projeto?

No Acre tudo parece ser oito ou oitenta. E confundem o "caminho do meio" budista com o ficar em cima do muro. Como eleitor e e apoiador da FPA, sempre ri de quem reclamava/criticava Toinho Alves ("Ele é pago pelo governo, não pode falar mal"), como se fazer parte de um projeto e ter opinião própria fosse crime. Toinho - e alguns outros poucos - é o ombudsman da FPA e do governo. E tenho certeza de que gente de boa fé dentro dele ouve as críticas e tenta corrigir. Isso é ter visão.

O Acre não pode mais ser uma terra de cegos pra que caolhos se coloquem por cima da carne seca. Tenhamos todos o maior número de olhos possível. Gosto de gente que tem visão, seja do governo ou da oposição. Reclamar pode ser ruim. Mas impor a qualquer reclamação o rótulo de "inveja, ciúme ou disputa política" ou ainda uma "afronta" ao status quo, me lembra Stalin (ou Hitler, como queiram). E eu prefiro Marx.

Meu pai dizia que é melhor saber de tudo que é ruim e tentar melhorar, do que achar que tudo é perfeito e lindo, enquanto se definha. Em palavras usuais, ter semancol faz bem. Toinho Alves, Binho e alguns outros poucos têm. E estou com eles.

Cartunista Braga disse...

Esse Toinho... Adora jogar a Imprensa no ventilador!

Anônimo disse...

oie passando por aki não pode deixar de parar..
lindo seu blog
bjos

Unknown disse...

Quando quer Antonio Alves é o texto politico mais limpo do pais. Consegue ser pessoal e objetivo, e como poucos olhar o futuro. Devia ter aprendido a segurar a lingua, principalmente pro seus colegas jornalistas. Mas isso é defeito pouco na seara das fogueiras de vaidades que é a politica, principalmente ao nivel de provincia. Força, meu amigo! NN

Camila Baptista de Carvalho Dorna Magalhães disse...

Valeu, Toinho

lingualingua.blogspot.com disse...

Nada contra a pessoa. Já conversamos muitas vezes. Lembro-me de uma longa conversa em sua casa. Simples e olha no olho.

No entanto, como homem público, deixa a desejar. Li a matéria no jornal O Globo e, em termo de crítica, seu texto é superficial, por exemplo, sobre educação. Sua crítica no jornal é senso comum.

Toinho representa, de uma certa forma, o Partido Verde e, dessa forma, não aponta novos caminhos, por exemplo, para a educação.

Como criticar se permanece no governo? Como crítico, Toinho é ótima pessoa.

Anônimo disse...

O jornalista ahi é baum...

Cara, eu sei dos bastidores da politica que esses caras fazem.

Honestidade; Sim, Sr. Arnobio demonstrou ser e não contratou raposas velhas(ladrão) para seu governo,... agora a minha pergunta, é: Está verdadeiramente seguro que não existe corrupção no governo da frente popular