sábado, 29 de agosto de 2009

"CRIME DA MOTOSSERRA"

Juiz restringe trabalho da imprensa durante julgamento


O juiz Leandro Leri Gross, titular da Vara do Tribunal do Júri da comarca de Rio Branco (AC), decidiu restringir o trabalho da imprensa durante o julgamento do "crime da motosserra", marcado para o dia 21 de setembro. O ex-comandante da Policia Militar do Acre e ex-deputado Hildebrando Pascoal é acusado de liderar sessão de tortura e de assassinar o mecânico Agílson Santos Firmino, o “Baiano”, com a participação de Pedro Pascoal (irmão do coronel), do ex-sargento PM Alex Barros e de Adão Libório (primo).

Por causa do julgamento, Gross assinou uma portaria que limita o trabalho de repórteres fotográficos e cinegrafistas durante as sessões do júri. Não será permitido filmar ou fotografar os réus e testemunhas no interior do plenário. Imagens ou fotografias só poderão ser obtidas do lado externo tendo como obstáculo uma porta de vidro fumê.

A portaria também prevê que qualquer pessoa e a imprensa terão acesso ao plenário do Tribunal do Júri, sendo permitida a gravação de voz dos debates, depoimentos e sentença, bem como permite o acesso aos autos do processo para esclarecimento de dúvidas ou informações.

- Nossa intenção não é proibir ou prejudicar o trabalho de ninguém, mas de preservar o direito dos acusados, testemunhas e jurados - afirmou Gross.

Durante a semana, a Justiça do Acre ganhou destaque nacional por causa do juiz Cloves Augusto, titular da 4ª Vara da Comarca de Rio Branco. Ele realizou pela primeira vez na história uma audiência por meio de um telefone celular. O uso da tecnologia possibilitou que extinguisse em três minutos e três segundos um processo que poderia durar anos para ser julgado.

Gross não permitirá sequer que os jornalistas usem celulares ou laptops dentro do auditório do Tribunal do Júri. A preocupacão dele é que sejam usados para obtenção de imagens do júri, bem como a transmissão da sessão em tempo real por blogueiros e tuiteiros.

O juiz chegou a desconsiderar os conselhos que recebeu do vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Adair Longuini, para não dificultar o trabalho da imprensa.

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4 comentários:

Anônimo disse...

Pronto...o desconhecido armou sua estratégia em busca dos seus '15 minutos' de fama. Aqui no Acre vai dar manchete - com fotos por favor (pede o magistrado silecionsamente) - e no resto do país talvez dê liga também....é por isso que nossa justiça não presta.

No Brasil é assim, quando um zé ninguem tem a chance de se empoderar de qualquer coisa, até distribuir senha na fila para atendimento em posto de saúde e hospital...só faz merda. É genético.

Anônimo disse...

Não entendo como a exibição de imagens de um juri pode prejudicar os réus, os jurados e etc... Nós estamos no auge da informação, juris e cirurgias já podem ser feitos remotamente "sr." juiz. Pensei que apenas no futebol é que os juizes faziam merda.

Hércules

Anônimo disse...

Como se canta nos estádios de futebol: "...ÊÊÊÊÊ tem um palhaço querendo aparecÊ..."
Quem é esse menino em...? caiu de qual caminhão?

Anônimo disse...

Não é querendo fazer a defesa do juiz em questão, mas imagina se algum de vocês fossem jurados em um julgamento como esse, em que o réu já mandou matar 4 pessoas que iriam testemunhar. Eu siceramente não iria querer aparecer no Jornal Nacional.
Esse ainda é um estado sem lei, o juiz não está querendo proteger os réus, mas sim os jurados e testemunhas que irão prestar depoimento durante o julgamento.