sábado, 13 de junho de 2009

DEFESA DA AMAZÔNIA

Banco Mundial rescinde contrato com frigorífico Bertin e exige dinheiro de volta; Amigos da Terra pede que o BNDES faça o mesmo


A ONG Amigos da Terra - Amazônia Brasileira conseguiu confirmar, na noite de sexta-feira, um importante objetivo de campanha: fazer com que a International Finance Corporation (IFC), braço para setor privado do Banco Mundial, voltasse atrás em sua decisão de financiar a expansão na Amazônia do frigorífico Bertin, objeto de um contrato em março de 2007.

Fontes internas do IFC, em Washington, confirmaram a Roberto Smeraldi, diretor da entidade, que o banco já decidiu cancelar o contrato com o frigorífico - maior exportador do Brasil e segunda empresa do setor no mundo - e solicitar o imediato pagamento do valor ainda pendente, equivalente a US$ 30 milhões. O banco também convocou uma reunião interna no final do mês para avaliar os próximos passos.

Smeraldi disse que, desde 2006, Amigos da Terra tem mantido informada a diretoria do IFC sobre as graves violações de sua política que este empréstimo, de US$ 90 milhões, representava. Junto com as entidades do GT Florestas do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, alertou o conselho do banco para a falta de estudos sobre os impactos e para os impactos que seriam gerados pelo aumento de sua capacidade industrial em três estados da Amazônia. Depois, chegou a informar o conselho sobre o fato de que os documentos submetidos para a aprovação interna apontavam para informações substancialmente diferentes da realidade. Mesmo assim, o empréstimo foi assinado.

Leia mais no Blog da Amazônia.

5 comentários:

Anônimo disse...

Enquanto isso, olha só a transparência do Acre no que diz respeito ao policiamento florestal. Não deve ser necessário esse tipo de policiamento porque aqui tudo é SUSTENTÁVEL, não tem ninguém mal-intencionado em relação ao meio ambiente, não se destrói a floresta. Pra que polícia ambiental num lugar assim??!!

"Estudo aponta baixo efetivo para proteger ambiente
Segundo relatório do Ministério da Justiça, cada policial ambiental monitora uma área equivalente à metade do município de SP

EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Levantamento recém-concluído pelo Ministério da Justiça revela o desaparelhamento e o baixo efetivo do policiamento ambiental nos Estados. De acordo com o relatório, cada policial voltado para essa atividade monitora, em média, uma área equivalente à metade do município de São Paulo.
Nos Estados da Amazônia Legal, a proporção é 458% superior à média nacional: um policial ambiental a cada 4.800 km2, quase o tamanho do Distrito Federal.
Segundo o relatório, são 8.860 policiais, na maioria militares, que atuam em atividades ambientais, como no combate ao desmatamento ilegal, apreensão de madeiras, poluição de rios e tráfico de animais.
A maior proporção está no Amazonas: um profissional a cada 174,5 mil km2. Os próximos do ranking são Pará, Piauí, Bahia, Maranhão e Tocantins.
"Os Estados de colonização recente têm muita área inóspita. Seria uma coisa muito discrepante a quantidade de policiais ambientais para uma população relativamente pequena", diz Alex Canuto, técnico da Secretaria Nacional de Segurança Pública, responsável pelo relatório.
"O que é mais importante: ter mais policiais evitando assaltos numa grande cidade ou ter mais policiais fora do perímetro urbano protegendo o meio ambiente", completa.
Os dados foram encaminhados pelos Estados em 2007 e no início de 2008. Três não responderam ao questionário: Acre, Mato Grosso e Roraima, todos eles da Amazônia Legal.
As informações são referentes a dezembro de 2006, ou seja, defasadas em dois anos e meio. Esse quadro, porém, pouco mudou, diz Canuto.
A página na internet Polícia Militar Ambiental do Brasil (www.pmambientalbrasil.org.br), mantida pelo tenente-coronel da PM Ângelo Rabelo, cita o número de 8.170 policiais ambientais.
A quantidade de veículos em uso para as atividades também indica o despreparo das polícias estaduais. Há um veículo (como carro, lancha, barco e jet-ski) a cada 3.345 km2 -área equivalente a três vezes a cidade do Rio de Janeiro.
Na maioria dos Estados, os policiais ambientais atuam também em outras atividades. A dedicação é exclusiva em apenas oito deles: Amapá, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Esse tipo de relatório serve, em tese, para o governo federal propor auxílio financeiro em troca de projetos a serem apresentados pelos Estados. Neste ano, porém, isso está descartado, por conta dos cortes orçamentários justificados pela crise econômica internacional."

walmir.AC.lopes disse...

A foto do post é emblemática da destruição da Floresta e sua causa principal. O gado pasta e descansa em torno do um cadáver de uma grande árvore, como se aguardasse - inutilmente - a sombra protetora que já não existe.

Anônimo disse...

Altino, sou blogueiro em Maringá:, onde exerço a advocacia, e necessito seu endereço de e-mail para uma tema reservado. obrigado. abs

ALTINO MACHADO disse...

Caro Balestra, mu e-mail: altino.machado@gmail.com. Abraço

Anônimo disse...

ou o setor produtivo reage ou estes canalhas vao acabar com a naçao