Nossa imprensa bajula tanto o poder que esquece de fazer o dever de casa, como ler e estudar um pouco a História do Acre.
Nesta data, há 106 anos, em Xapuri, o coronel José Plácido de Castro tomou de assalto a cidade.
- Não é festa, é revolução - reagiu Plácido ao abrir a porta e ouvir do intendente boliviano que havia chegado cedo para uma festa.
Desde então se diz que Xapuri é o berço da Revolução Acreana. Mas o editor do Página 20 prefere seguir na contramão da história, com o título "Porto Acre: berço da Revolução Acreana".
Não é assim que as criancinhas aprendem na escola.
6 comentários:
Realmente é incrível...até aqui, noEstado de São Paulo...neste fim de mundo...concheço a História de Coronel José Plácido de Castro e, vosso querido editor, faz-se de desconhecedor da História ou ignorante?
Abraços! e Parabéns Xapuri!!!!!!!!!
Caro Altino, neste caso o editor não está de todo errado.
De fato, o início concreto da Revolução Acreana aconteceu em 6 de agosto de 1902.
Ocorre que os primeiros passos foram dados, sim, em Porto Acre.
A primeira insurreição comandada por José de Carvalho, no dia 1º de maio de 1899, aconteceu no hoje município.
Também foi em Porto Acre que Luiz Galvez decretou o Estado Independente do Acre, em 14 de julho de 1899.
Se formos analisar a questão ao pé da letra, a revolução nasceu em Porto Acre e chegou à maturidade em Xapuri.
Muito bem, Leonildo. Sem contextualizar como você o fez agora, aquele título é descabido. Valeu.
Leonildo, misturar todos esses momentos da história acreana é mais complicado ainda. a prevalecer essa lógica, teríamos de localizar o 'berço' em algum bar de Manaus, onde se reuniam os literatos que pretenderam realizar a tomada do território acreano.
Sintetizando, por conta de espaço e tempo, Altino tem razão nos detalhes e mais no geral: a história do Acre está sendo posta de ponta cabeça, isso para não usar o termo mais adequado que seria falsificada, para atender interesses atuais.
Que o página 20,não passa de uma públicação particular do governo, é de conhecimento público, inclusive de quem não compra jornal.
Mas espanta o fato que a assessoria do governo tenha deixado passar um erro tão crasso como este. Até porque o Governo durante todos estes anos tem trabalhado maciçamente a divulgação da historia de Luta do Acre.
Era bom que o "jornal" conatasse com um historiador formado para estes tipos de artigos, mesmos os descritivos.
O Acreano já vem sendo muito confundido no decorrer dos anos. Não permitam isto.
Francisco Silva
Historiador UFAC
E Altino, parabéns, não é jornal é o página 20.
Dói nos olhos quando vejo a palavra "Revolução Acreana" pra lá, "Revolução Acreana" pra cá...
Esse povo precisa realmente saber o verdadeiro conceito da palavra 'revolução', antes de ficar usando o termo.
Realmente precisamos de um historiador formado para escrever para esses jornais.
Mas um historiador que não seja vendido, pois esses que trabalham para os 'caras lá de cima' sabem que propagam as coisas erradas... Mas não estão nem aí... O dinheiro deve ser bom demais!!!
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