Autora de "Cronistas em viagem e educação indígena"
O Acre de Chico Mendes e Marina Silva frequentemente é citado como o estado onde os esforços da sociedade mais avançaram no sentido de pautar a sustentabilidade da Amazônia como política pública. Porém, pouco se destaca a influência exercida pelas lutas do movimento indígena como paradigma de diversas organizações do movimento social.
O movimento indígena acreano é a base de um processo de resistência que deu origem ao movimento dos seringueiros e acabou por consolidar no Estado um movimento de expressão política. E o pessoal da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI), uma organização que funcionava no limite da precariedade, sem qualquer vínculo estatal, teve papel destacado nas conquistas da sociedade em defesa dos povos e florestas da região.
Licenciada em Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, a professora Nietta Lindenberg acaba de lançar o livro “Cronistas em viagem e educação indígena” (Autêntica Editora, 240 páginas, R$ 54,00), onde faz um mergulho em currículo e formação de professores indígenas, desde quando se integrou aos esforços da CPI e dos povos indígenas do Acre há mais de 30 anos.
Foi ela quem idealizou e coordenou, por muitos anos, o projeto “Uma Experiência de Autoria”, da CPI, e colabora com diversos projetos e programas de formação no País e no restante da América indígena. Nos anos 1990 coordenou a formulação e a implementação da política nacional de educação escolar indígena junto com o Ministério da Educação. É autora e colaboradora de variados artigos e livros relativos ao tema publicados no Brasil e no exterior.
Vale a pena conferir a entrevista no Blog da Amazônia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário