De Mario Sabino na reportagem especial "O golpe do século", de Veja da semana, onde o partido comunista chinês é apresentado como a mais formidável máquina de cooptação social já criada:
"O nosso terceiro comunista, Zhou, enquadra-se no 1% que não enfrenta processo de seleção – pelo menos, não o usual. Abriram-lhe as portas do partido graças aos serviços prestados à China no exterior. Quais serviços foram esses, ele não revela. Só deixou escapar que, no Brasil, se surpreendeu ao encontrar no estado do Acre um sujeito que mantinha na estante os livros de Mao e pregava a revolução armada contra os exploradores capitalistas. "Nem nós acreditávamos mais nesse tipo de coisa", riu-se Zhou. Foi-lhe explicado que a América Latina era "o cemitério de idéias". Ele aprovou a expressão".
◙ Gilberto Siqueira, secretário de Planejamento do governo do Acre, era maoista quando apareceu por aqui. Pouco provável que seja o sujeito encontrado no Acre pelo chinês. Talvez o "sujeito" seja o professor Reginaldo Castela, que até hoje prega a luta armada.
5 comentários:
Quem em sã consciência pensaria, hoje, em luta armada por causa de política, pelo menos no Brasil? Hoje luta-se no campo das idéias. Até gostaria de conhecer essa peça rara...
Não achei onde comentar, então vai aqui: A Rádio Loronix é 10, brigadão. Já não aguentava mais indicações ExtraTerracreanas. Maravilha
Como também não sabia onde comentar sobre a Rádio Loronix também comento aqui.
É cultura pura! Parabéns Altino.
Havia muito tempo não escutava Testamento, ficou numa velha coleção de LP´s em casa da minha filha em Porto Velho.
O que me chama mesmo a atenção é uma revista como a Veja uma hora passar na cara do Brasil, com ar de deboche, que a China cresce 9% ao ano, e num outro momento, chamar o partido comunista chinês de golpista. O que melhor convir, esta é a regra.
E o que falar das pessoas que vêem a luta armada como se fosse coisa de enciclopédia? Desde quando parou de existir lutas armadas nos últimos séculos? E desde quando as invasões na América Central, do Sul, na África, na Ásia e mesmo na Europa não são "lutas" políticas?
Uma coisa é eu não concordar com luta armada, outra é dizer que elas não existem, só porque quem as está fazendo é o império do "bem".
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