Maria Craveiro de Albuquerque
No dia 19 de junho a imprensa noticiou que o Ministério Público Federal no Acre ajuizara ação civil pública, com pedido de liminar, contra a Universidade Federal do Acre por causa de um concurso público para o provimento de 95 vagas.
Dentre os vários pedidos da ação estava o de isenção do pagamento de taxa de inscrição, que não era previsto no edital. Outro ponto essencial levantado pelo MPF referia-se à não-observância dos prazos, pois o edital foi publicado no Diário Oficial da União em 9 de junho, as inscrições começaram no dia 11 e se encerraram no dia 18 de junho - data do acolhimento do pedido pela Justiça Federal.
Após a notificação oficial da sentença, no dia 23 de junho, a Ufac só publicou um comunicado em seu website no dia seguinte, após as 10 horas. Desde então nada mais se falou do concurso.
Quando se solicita esclarecimentos, a resposta é:
- Quando recebermos documentos oficiais sobre o assunto, entraremos em contato.
E assim sucedem-se os atropelos aos procedimentos institucionais.
Resta-nos, então, perguntar: onde se escondeu ou foi escondido o concurso para provimento de cargos de professores da Ufac? Quando a sentença será cumprida?
Como se explica que o reitor Jonas Filho tenha justificado em suas argumentações à Justiça que “a não contratação destes docentes, acarretará a UFAC a impossibilidade de manter suas ações a partir de agosto deste ano”?
Sendo assim, a considerar essas argumentações, cabem novas indagações acerca do certame: quando haverá novo concurso? E como ficam os candidatos que se inscreveram? Essas e outras perguntas que não são somente minhas, mas do leitor, eleitor, cidadão, não devem continuar sem respostas.
◙ Clique aqui para ler a íntegra da opinião de Maria Craveiro de Albuquerque, professora do Curso de Educação Física da Ufac.
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