segunda-feira, 23 de junho de 2008

FOGUEIRA DE S. JOÃO

Neste Planeta, que Deus nos reservou para habitar, não existe outra que seja tão grande, dadivosa e iluminada quanto no Centro de Iluminação Cristã Luz Universal - Alto Santo, fundado por Raimundo Irineu Serra (1892-1971), e dirigido por sua esposa Peregrina Gomes Serra. Viva S. João!

11 comentários:

Unknown disse...

Secularmente, as fogueira eram assumidas como sinais de luz, iluminação, indicação de caminhos. Hoje, diante da realidade que vivemos, as festas juninas, por exemplo, podem ser vistas como cerimônia de sacrifício, como o praticavam os antigos, entre os quais os hebreus. Substituímos o carneiro pela árvore.

. disse...

menos radicalismo

Unknown disse...

...tst, tst, tst.

ALTINO MACHADO disse...

Recado da Leila Jalul:

- Diz pro Mário que se a gente não acender a fogueira, São João fica triste e São Pedro não abre a porta do céu. Como sou ecologicamente correta, arrumei os palitos de uma caixa de fósforo e queimei. Não passei em branco.

Odele Souza disse...

Olá Altino,

Gosto das festas juninas das cidades menores, ou aquelas do interior. No Ceará onde nasci, tinha umas fogueiras lindas, parecidas com esta da foto, que queimavam a noite inteira, assando milho verde, de cheiro e gosto deliciosos. Aqui em São Paulo, as festas juninas são festejadas quase sempre em clubles, centros comunitários, etc. E as pessoas se divertem. O importante é manter a tradição.

Um abraço.

Unknown disse...

Pois é, Leila. Apesar da perspectiva ter me assaltado diante da fotografia mostrada pelo Altino, eu me imaginei nos velhos tempos das fogueiras. Imaginei como queimávamos sem problemas de consciência. Fosse ainda aqueles tempos, eu estaria por perto para assistir o momento da queima. São os dias atuais que mudaram nossa perspectiva. Chegamos a uma nova compreensão das florestas, compreendemos, agora, a interação entre os seres vivos e de como tecem essa formidável rede de sustentação da vida na magnífica nave que é a terra.

...talvez, até mesmo os palitos de fósforo, feitos de madeira, venham a faltar.

. disse...

As arvores nunca iram acabar, ninguem quer acabar com elas, afinal elas sao fontes de riquezas, desde que sejam beneficiadas, manejadas e preservadas

Cartunista Braga disse...

Já pensou Leandrius, tu com uma lata de querosene, uma caixa de "fósco" e esses pé-de-pau da Amazônia tudo empilhado?

. disse...

Grande Braga, cade voce que nunca mais vi?... abraçao meu amigo... Te digo que faria muita coisa interessante... Tocar fogo e acabar com a Amazonia? NUNCA, disso tenha certeza. Mas tocar fogo nessas ONGs da biopirataria e que afrontam a soberania nacional, até que nao seria má ideia.

Acreucho disse...

Noite de São João... Alegria... Que morreu...

Na década de 1950 quando eu ainda era menino, lembro-me que havia a tradição da comemoração da “noite de S. João”, que se fazia na noite do dia 23 de junho. As crianças iam pelo bairro, entrando nas casas e pedindo pra pegar madeira que as pessoas não fossem usar mais, o material seria usado à noite, pra fazer uma linda fogueira.

À noite, a vizinhança se reunia e a fogueira era acesa, as crianças ficavam brincando à luz do fogo, soltando bombinhas e danças de roda eram executadas em geral por um sanfoneiro, que sempre havia entre os vizinhos, meu pai costumava tocar violão e meu irmão o pandeiro. Era uma festa bonita, onde se confraternizavam todos os vizinhos.

As mulheres preparavam cada qual um prato. Um bolo, um pudim, arroz doce, canjica (mugunzá), pipoca, uma grande panela de leite com chocolate, amendoim torrado, alguém sempre fazia um quentão, uma bebida feita com vinho, cravo, canela e servida quente, pastéis, polenta e outras delícias. A gente costumava assar batata doce e pinhão nas brasas da fogueira e ficávamos até depois da meia-noite, brincando e dançando. Quando a gente conseguia algum dinheiro, fazia bandeirolas de papel de ceda e enfeitava a frente da casa onde ficava a fogueira. Era uma brincadeira inocente, feita por gente inocente, do bairro Partenon da minha cidade natal, Porto Alegre.

Mais tarde, já perto da meia-noite, quando a fogueira já era apenas um braseiro, os jovens mais ousados, costumavam pular a fogueira, em geral pra se exibirem para as moças, depois a gente se retirava cada um para a sua casa e ia dormir. Era uma festa popular, que criava concorrência entre grupos de vizinhos, pra ver quem fazia a fogueira mais bonita. Algumas pessoas até soltavam alguns balões, mas eram inofensivos, nunca subiam mais do que alguns poucos metros, não havia tecnologia e era tudo na empolgação.

Hoje, me parece que este tipo de tradição, morreu, mesmo nos bairros periféricos, não se vêm mais as fogueiras e os vizinhos não tem mais a tradição da confraternização, acho que a violência inibe um pouco essas atividades e também o desinteresse pelas coisas saudáveis da vida.

Esta noite, mesmo, aqui na periferia de Rio Branco no Acre, onde moro, não vi sequer uma fogueira, nenhum rojão foi solto, nenhuma música tocou, nenhuma criança se alegrou, nenhum vizinho chamou o outro pra se confraternizar.

Agora, tenho certeza de que as tradições estão morrendo...

www.blogdoacreucho.blogspot.com

Unknown disse...

De fato, Leandrius, as árvores nunca iram. Se elas irassem, certamente, desceriam os galhos nesses malucos que teimam em durrubá-las para formar pastagens.