domingo, 22 de junho de 2008

FOCAS NEGAM QUE SEJAM COBAIAS

Foca é a gíria usada nas redações para identificar o calouro no trabalho, o jornalista novato, bisonho. E cobaia, todos sabem, é campo, assunto ou objeto de experiências. O que segue decorre do post "Cobaias da comunicação". Cobaias ou focas agora dizem isso e aquilo e dão a volta ao mundo para evitar a questão central: a necessidade de uma autocrítica do erro no qual incorreram, que atentava contra a crediblidade de meu trabalho. Codigo de ética de jornalista ou de médico não pode se usado para abafar erros ou fortalecer corporações em detrimento da sociedade. Leia o que dizem as cobaias ou focas amestradas, agora estimuladas por Juliana Lofego, gerente do Departamento de Comunicação da Secretaria de Saúde:

De Jaidesson Peres
, estagiário da Assessoria de Comunicação da Sesacre e acadêmico do 4º período:

"Estimado Altino,

Vejo o quanto você está contaminado de paixões e intenções no seu artigo sobre a comunicação da Secretaria de Estado de Saúde.

Não somos cobaias nenhumas da comunicação. Eu e todos os funcionários do nosso setor lemos, pesquisamos e nos informamos aprofundadamente quando produzimos matérias e nos esforçamos sobremaneira para cumprirmos fielmente com nossas obrigações.

Para o seu conhecimento, ninguém é "marajá" dentro do nosso departamento. Ficaria mais adequado se você comprovasse tal embuste, pois leviandades e conjeturas são ocupações de jornalistas aéticos, desacreditados, impudicos e vis.

Somos humanos, por isso estamos suscetíveis a falhas. Não me venha dizer que você nunca errou?

O Mestre dos mestres ensinou: "Quem nunca errrou, que lance a primeira pedra".

Portanto, amigo, seria bom que você lesse o Código de Ética do Jornalista- isto é, se você freqüentou uma faculdade- e cessasse de difamar injustamente pessoas sérias e íntegras.

De Nayara Lessa:

"Sou uma jovem jornalista, nascida na cidade de Tarauacá, formada aqui em Rio Branco, ano passado. Mas nem minha juventude, nem a origem interiorana, nem o Curso Superior que me titulou jornalista, servem como antecedentes para que você, pelos anos que a vida de lhe deu, pelos cursos que fez, pela experiência que adquiriu, se julgue no direito de desprezar meu trabalho, diminuir a pessoa humana e a profissional que sou, chamando-me de 'cobaia de comunicação".

Sou uma jornalista, assim como o colega, que carrega consigo o dever, a dignidade, a reponsabilidade e, sobretudo o respeito à informação. Aprendi, com meus professores, bem como no seio de minha família, que o respeito um dos mais sólidos pilares da vida. Quando uma pessoa desrespeita outra, por ações ou palavras, comete crime tipificado no Código Penal Brasileiro. Quando um jornalista desrespeita o outro, fere o código de ética do próprio jornalismo.

Então, Altino, nesse embate, não sei qual foi sua escola de formação, e mesmo se soubesse não iria debitar a ela o teu aprendizado em indelicadeza, grosseria, pouca educação, quando insulta colegas suas, na rudeza de palavras, classificando-as de "cobaias da comunicação da Secretaria de Saúde". E, ainda não satisfeito, vai além, tenta diminuir, menosprezar nossa capacidade intelectual de ler, pensar, refletir, passar informações que não estão ao seu gosto, ao dizer: "Essas cobaias da comunicação da Secretaria de Saúde não lêem, não sabem escrever e desconhecem o que acontece na ponta do nariz delas. De bom mesmo só o injusto salário de marajás que recebem do erário".

Também é bom dizer que nós jornalistas, lidamos com informação, com notícias. Não possuímos atividades administrativas ou executoras. O nosso compromisso é com a verdade da informação. E, nesse aspecto, tenho sido criteriosa, cuidadosa, zelosa. Trabalhamos com pessoas íntegras, sérias, que zelam pelo bem-estar da vida das pessoas do Acre. E, nesse episódio, que ganhou o título que o jornalista se refere, houve vários pronunciamentos, visando esclarecer a população sobre a verdade dos fatos, no qual você é conhecedor.

O contexto em que vivemos é perigoso. Há exemplos diários de caça por audiência, caça aos leitores, baixo nível da linguagem jornalística, descrença aos valores políticos, tudo numa corrida ao capitalismo selvagem, ao sensacionalismo da notícia etc. Então, por todas essas questões, o profissional da mídia precisa TER consciência deste quadro para poder enfrentá-lo, para saber agir dentro dele, sem ser devorado, sem agredir ninguém. Para tanto, algumas regras são fundamentais, as quais passo a você:

1)Ter responsabilidade social. Quanto mais poder de comunicar, mais dever de bem informar;

2) Em todas as reportagens, matérias, ouvir sempre os dois lados da questão. O leitor deve ser o juiz, quando se lida com verdades;

3) Nunca explorar a ignorância das pessoas para ganhar público, leitores, formar opiniões danosas ao meio social;

4) Não fazer uso do sensacionalismo. A verdade pode até ser sensacional, mas o sensacionalismo é a distorção da verdade;

5) Estimular a solidariedade, promover a cidadania, divulgar os bons exemplos é um bom caminho ao sucesso profissional;

6) Na hora de decidir e editar, é prudente trocar idéias com outras pessoas, pois o consenso é o melhor caminho para o bom senso;

7) Ter cuidado com a banalização das notícias. Quanto mais sedutora for a notícia, ela irá atrair aquelas pessoas com menor capacidade de leitura, reflexão, discernimento;

8) Respeitar os colegas de profissão, mesmo quando não comungam da mesma ideologia.

Concluo dizendo do meu desejo em continuar mantendo um diálogo respeitoso com você, mesmo não concordando com sua forma de agir nesse episódio. Pois entendo que o ser humano nunca precisou tanto de esperança e solidariedade como necessita hoje. Esses são dois portais que não se sustentam sem o alicerce da ética.

5 comentários:

Cruzeirense disse...

Agora enrrolou o meio de campo. Afinal Altino, tu é ou não é jornalista formado?

A Nayara Lessa fou bunito mas não precisa esse clima aqui não. Daqui a pouco vão querer que blog seja para quem tem nível superior ou tem dinheiro pra montar uma editora. O blog rema contra essas águas.

Paz a vocês Cobaias e Altinos.

wlw

Altemar disse...

Que diabos foi isso?

Unknown disse...

Nossa Altino estou pasma quanto ao poder do seu blog, feliz por ser sua fã e surpresa por ter a certeza de como o destino é incerto, falo em destino pelo fato da minha ex colega de faculdade Nayara Lessa que é (ou era) sua fã número 1, inclusive o tema de sua monografia na faculdade usou o seu blog como referência de um jornalismo “ético”, e veja você...a mesma pessoa que ela se espelhou e aprofundou tirou seu emprego, e quem sabe até seu futuro esteja comprometido como jornalista”já que vivemos numa terra de petista”, conheço a Nayara admiro seus textos, sua inteligência e vontade de crescer como pessoa e profissional e ralmente ELA FOI COBAIA, cobaia dessa imprensa podre e marrom que temos no Acre que vive sob a tutela da ditadura petista. LAMENTÁVEL.

Ozeias Rocha disse...

O seu blog além de informar também traz entretenimento. Foi hilário a troca de chumbo. O que me entristece é ver profissionais da comunicação se digladiando. Será a desunião o melhor caminho para os jornalistas? Será que os melhores sobresairão ou os "peixes" levarão a melhor?

Mambira xixica disse...

Eu sou do seringal, não tenho formação mas estou pasma com os erros de português! É triste ver que hoje qualquer um pode ter um canudinho de curso superior! Ainda mais esses alunos formados nessas faculdades que são uma verdadeira negação. Na faculdade onde a nobre colega formou, basta ter dinheiro para pagar a mensalidade e tá tudo certo. Aliás , tem gente burra e desqualificada não está no gibi! E pasme caro Altino, muitos estão fazendo pós- graduação ! A que ponto chegou a educação neste país!
Diploma, cara colega Foca cobaia, não atesta a competência. Principalmente saindo da faculdade que você foi gerada. Esses dias ouvi um desabafo de um professor da faculdade da nobre colega: " É impressionante, mas tem gente nesta faculdade que não sabe escrever o próprio nome !"
É Altino, agradeça por não ter cursado esse "jornalismo".