segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

MALDADE

Aníbal Diniz

Preferi não me manifestar antes para aguardar a repercussão da notícia no final de semana, mas quero externar aqui e agora minha mais irrestrita solidariedade ao amigo leal e companheiro de tantas batalhas, o camarada Edvaldo Magalhães, sem dúvida uma das lideranças mais importantes do PC do B e da Frente Popular do Acre, que, por toda contribuição que tem dado para a melhoria da política e da sociedade em geral, não merecia o tratamento desrespeitoso que lhe deram no Jornal Nacional da última sexta-feira, com base em imagens de um simples momento de descontratação de um grupo que passou dez dias juntos no interior de uma embarcação.

Edvaldo convidou-me para fazer parte da expedição de Cruzeiro do Sul a Manaus através dos rios Juruá e Solimões. Confesso que fiquei com peso de consciência por não ter podido acompanhá-lo, devido às tarefas pendentes que tive que executar nos primeiros dias de 2008.

Não tenho a menor dúvida quanto a importância desta expedição, fazendo o ziguezagueado percurso de 4.300 quilômetros que tornam Manaus, capital do Amazonas, mais presente na vida das pessoas em Cruzeiro do Sul do que propriamente a nossa capital, Rio Branco.

Mesmo com o asfaltamento da BR-364, que, se Deus quiser, será concluído até 2010, Cruzeiro do Sul continuará dependente do transporte hidroviário pelos rios Juruá e Solimões, e nada mais legítimo que o presidente da Assembléia Legislativa do Estado, que é filho de Cruzeiro do Sul, promover uma expedição para ver de perto e colher informações sobre o longo percurso que produtos como o gás, o combustível, materiais de construção, gêneros alimentícios e tudo quanto se possa imaginar fazem para chegarem a preços tão altos ao Vale do Juruá.

E o interessante é que isso acontece há mais de cem anos, com inúmeros relatos, mas pouco sabemos a respeito.

Por isso, gostaria muito de ter participado desta expedição para colher pessoalmente minhas impressões. Ouvir pessoas, ver a realidade, tentar entender melhor a lógica mágica dos rios amazônicos por onde as cidades se formam e a vida acontece.

Infelizmente, a sociedade da informação na qual vivemos é apressada demais para dedicar tempo ao entendimento dessas coisas. E o mais lamentável ainda é saber que um colega da imprensa consegue trocar toda importância que a expedição representa pela possibilidade de ridicularizar um momento de descontração que o grupo decide viver no encontro das águas dos rios Juruá e Solimões, exatamente no sétimo dia de descida.

Se eu estivesse à bordo, não sei se teria tido coragem de pular no Solimões. Mas, se o fizesse, certamente não seria de paletó e gravata e nem de camisa de punho, como acertadamente refletiu o deputado Luiz Calixto. E também não me privaria de cantar parabéns para quem fizesse aniversário no percurso.

Ao companheiro Edvaldo, o meu abraço amigo e minha sincera intenção de estar com ele em outras expedições. Quem sabe não aproveitamos os dias de carnaval para uma nova edição daquele passeio à Serra do Moa que fizemos juntos em 2002!

No mais, o meu desejo para que continue firme, de cabeça erguida, que a experiência acumulada em tantas batalhas vencidas e a fé e os ensinamentos que ele cultiva desde os tempos de seminário lhe darão o suporte necessário para superar mais este momento desconfortável que alguém, por pura maldade, lhe causou.

O jornalista Aníbal Diniz é assessor do governador Binho Marques e suplente do senador Tião Viana.

3 comentários:

Cruzeirense disse...

Estranho, muito estranho.

É estranho ver que até agora só quem saiu em defesa do Edivaldo e do passeio de barco, são seus pares políticios.

Esse senhor, que não conheço, Anibal Diniz, não considero político, porque nunca teve um voto, vive à sobra do da família Vianna.

Nunca vi ele defender uma única causa. No entanto peço a todos que desconsiderem a fala desse Senhor.

Abraços,

Unknown disse...

Oi coca cola voce realmente deve ser uma pessoa mau amada, todos comentarios voce sempre esta aqui para rebater deveria ao menos se identificar voce deve morar no acre eu creio mas parece que e meio desantenada com as coisas, pois nao viu a transformaçao que essa atual mesa diretora realizou na assembleia em menos de 1 ano. Reforma do predio modernizou a casa pagou o decimo pela primeira vez com recurso propio e ainda tem mais ouviu todas as micro regiões do nosso estado, mas pelo que se nota isso voce nao enxerga , o anibal esta certo em sair em defesa do presidente pois ele nao e tao quadrado que nem você, e enxerga as coisas alem do nariz voce deve achar que o acre era bom na epoca da moto serra pois o acre e outro o seu florindo tinha tanta coisa para fazer em vez de procurar picuinha com presidente da casa mas um dia ele encontra.Todos os dias se entrassemos nos blos do edvaldo, altino, brana tinha noticias sobre a viagem entao essa viagem foi feita as claras tinha ate o mais ferrenho opositor da aleac, eu acredito na intençao dos deputados nao sou daqueles que atiro pedras para todo lado.

Saudades do Acre disse...

Creio que os ojetivos e a transparência da expedição, a despeito do equívoco da mídia nacional, já foram mais que entendidos e assimilados pelos leitores de boa fé, acreanos ou não. Críticas negativas pontuais já não fazem efeito. Mal comparando, é como comprar uma grade de refrigerantes e verificar que nela existe apenas um, choco e sem gás.