terça-feira, 20 de novembro de 2007

MUDANÇAS CLIMÁTICAS


Outra vez em São Paulo, onde permanecerei até domingo como convidado do workshop para jornalistas "Mudanças Climáticas: o cenário brasileiro, a COP-13 e a cobertura da imprensa". Até sábado estarão por aqui mais de cem jornalistas de TVs, rádios, jornais, portais e mídia especializada envolvidos com a cobertura do tema e assuntos correlatos, especialmente os que estão comprometidos com a cobertura da 13a Conferência das Partes (COP-13) da Convenção do Clima.

O evento é organizado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), com o apoio do Programa de Comunicação em Mudanças Climáticas da Embaixada do Reino Unido no Brasil. Ele será aberto com uma vídeoconferência do climatologista Carlos Nobre, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), sobre mudanças climáticas e o desenvolvimento do Brasil.

Em seguida haverá uma aula introdutória sobre modelagem climática, ministrada por José Marengo, pesquisador do mesmo CPTEC/INPE, responsável pela coordenação do estudo científico que aponta os cenários climáticos futuros para o Brasil, lançado em fevereiro deste ano. O workshop prosseguirá com mesas redondas sobre temas específicos com palestras de diversos atores e instituições, cujo conteúdo será debatido em plenária pelos participantes, no local do evento.

O objetivo é ampliar o conhecimento da imprensa sobre mudanças climáticas no Brasil, apresentar a agenda da COP-13 da Convenção do Clima, que acontecerá de 3 a 14 de dezembro de 2007, em Bali, na Indonésia, e oferecer dicas práticas para aprimorar a cobertura do evento, além de debater os resultados da análise da cobertura da imprensa brasileira sobre o tema entre 2005 e 2007, elaborada pela Agência Nacional pelos Direitos da Infância (ANDI).

O local do evento é um hotel na Alameda Santos, uma das principais ruas do Jardim Paulista, de onde avisto parte das torres da cidade neste dia de calmaria no trânsito por conta do feriado do Dia da Consciência Negra. Um alento para quem, no Acre, não é convidado sequer para entrevista coletiva de governador.

Em tempo: a respeito de mudanças climáticas, vale a pena a leitura do editorial "Hora de baixar a temperatura", na edição de hoje do Jornal do Brasil. O IEB lançará o livro "Quanto mais quente melhor?", na quinta-feira, às 19h30, na Livraria da Vila, na Alameda Lorena, como parte da programação do workshop.

3 comentários:

Anônimo disse...

JC e-mail 3393, de 20 de Novembro de 2007.
8. Lula: “Não vamos permitir a introdução de biocombustível na Amazônia”

Presidente atribui comentários sobre a Amazônia ao que considera uma ‘disputa comercial desleal’

Leonencio Nossa escreve para “O Estado de SP”:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu a uma “disputa comercial desleal” as críticas de que o governo incentiva a destruição da Amazônia. Em encontro de empresários brasileiros e alemães, ele defendeu ontem que os países ricos financiem a preservação das florestas das nações em desenvolvimento. “Existe uma disputa comercial que não é leal, e está se espalhando pelo mundo”, reclamou.

“Quero dizer aos empresários alemães que ninguém tem mais preocupação em preservar a Amazônia do que nós, brasileiros.” No mesmo palanque do presidente estava o ministro alemão de Economia e Tecnologia, Michael Glos. Pela proposta de Lula, os países ricos, que mais contribuem com a emissão de gases do efeito estufa, pagariam aos pobres pela manutenção das florestas.

Ele sinalizou que o governo apresentará um novo zoneamento agroecológico para a Amazônia, ainda sem data, e negou que o governo incentive a produção de biocombustível e cana-de-açúcar na região. “Não vamos permitir a introdução de biocombustível na Amazônia”, disse. “E não tem nenhum sentido produzir cana-de-açúcar lá”, completou. O presidente disse que novas atividades agrícolas na Amazônia podem utilizar áreas já degradadas e desmatadas.

Organizações não-governamentais acusam Estados e o governo federal de desenvolverem ações que promovem desmatamento e introdução de novas culturas na Amazônia.

Lula cobrou responsabilidade dos EUA e da União Européia na preservação da selva amazônica. “Por favor, não levem apenas em conta que a obrigação é dos países pobres”, disse, referindo-se às ações de combate ao desmatamento.

“Os países ricos, que contribuem mais com a emissão de gás que causa o efeito estufa, precisam dar a sua contribuição”, completou. “Uma delas é diminuir a emissão de gás; a outra, financiar os países pobres para diminuir o desmatamento.”
(O Estado de SP, 20/11)

Anônimo disse...

Espero realmente que esse e outros debates promovam cada vez mais o debate de questões tão importantes, como o das mudançcas climáticas, e que a gente reconheça a tempo o quanto somos responsáveis por mudar o futuro do nosso planeta, das nossas vidas. Principalmente nós, moradores da Amazônia. Aquele velho trabalho do beija-flor que tenta apagar o incÊndio... Cada um tem que fazer a sua parte!!!

morenocris disse...

Que o seu blog continue assim!

Quanto mais quente, melhor !

Beijos.

Bom final de semana.