quarta-feira, 18 de julho de 2007

ETANOL NO ACRE

Estou agora em Cobija, a capital do departamento de Pando, na Bolívia, comprando algumas muambinhas.

Acabo de percorrer o trecho da BR-317, entre Rio Branco e Brasiléia, para fotografar o avanço descontrolado da cana-de-açucar na região onde Chico Mendes e os seringueiros enfrentaram os fazendeiros nos anos 70 e 80.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes disse ao jornal O Globo (leia abaixo) que o governo vai proibir o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia e no Pantanal.

Veja algumas fotos. Amanhã teremos a reportagem com mais fotos e vídeos.








10 comentários:

Editor disse...

Nem nos meus piores pesadelos imaginei que poderia um dia ver "bóia-fria" no Acre. Só o PT mesmo para me dar tamanho desgosto.

Anônimo disse...

Deixe desse "des". Seja um perderdor honrrado. Admita que o Brasil está muito melhor, até pra vocês que sempre viveram de esmola de governos passados.

Aguente mais um pouco, que a fartura chegará até pra vocês que torcem contra.

Tenho dito!

Obrigada.

david santos disse...

Estou solidário com o povo brasileiro neste momento tão TRÁGICO. A vida só nos permite dois termos: a felicidade ou a infelicidade. Desta vez, quem mandou foi a segunda. Que a vida continue feliz para os que ficam

Anônimo disse...

Esse Grupo Farias é mesmo de que lugar do Brasil? No Acre só conheço o povo do jabuti-bumbá e a família da jornalista Rose Farias.

Anônimo disse...

A sociedade acreana tem que definir o que realmente quer!
Incentivados e motivados pelo governo empresários investem milhões na produção de etanol, colocam dinheiro próprio no negócio confiando na saída para o pacífico, no programa de bio-combutíveis etc etc. Agora começa, de novo, a malhação e a demagogia....não pode cana, mais pode pasto degradado e boi doente?
Não pode trabalhador rural cortando cana, mais pode desempregado viciado em bolsa-família? Números muito recentes de estudo realizado pelo IPEA sobre pobreza no Acre mostra o Estado apenas na frente do MA e de RR! Os indices de pobreza absoluta, defasagem educacional e desestruturação familiar são bastante altos quando comparados com a região Norte. Para piorar, os indices de concentração de renda são os piores da Amazônia, uma parcela pequena da população do Acre concentra a maior parte da riqueza. A exclusão é enorme!
Incentivar e apoiar a iniciativa privada a investir no Acre para aproveitar a infra-estrutura construída pelo Estado é o melhor caminho, do contrário a sociedade, no futuro, arcará com os altos custos da desagregação social.

lindomarpadilha.blogspot disse...

Caro Altino,

tudo isso me faz lembrar o interior de Alagoas e a atuação dos usineiros apoiados por Collor. Hoje eles são chamados desavergonhadamente de heróis pelo presidente Lulla. "Nunca na história desse país" se viu tanto retorno ao coronelismo e práticas avessas à vontade popular. Assim, em breve poderemos ouvir mais que vaias. Poderemos ouvir um sonoro 'fora Lulla'.
Com grande respeito aos trabalhadores e trabalhadoras do campo.

Bom trabalho.

Lindomar Padilha

Editor disse...

Nobre anônimo: não confunda resistência com derrota. Aliás, o jogo ainda está só no começo, não seja tão precipitado.

Anônimo disse...

O anônimo aí de cima é parecido com que chamo de kamikaze do capitalismo selvagem. O que interessa é a conta bancária, a qualquer custo.
Ainda não entendeu que o problema não é de sociedade acreana nenhuma. Parece que a única imagem que enxerga, depois de meio palmo à frente do nariz, é grana!
Coloca uma séria de estatísticas, mas esquece de citar que em outros estados mais desenvolvidos, o modelo utilizado não resolveu, muito pelo contrário, os problemas de inserção social.
Não se pode "vender" desenvolvimento sustentável e tornar nossa BR em um grande canavial.
Existem outras formas de investimento no Acre, diferentes do etanol e de boi, companheiro. Mas exige responsabilidade ecológica, social e um pouco de inteligência.

Anônimo disse...

Altino um projeto assim não nasce da noite pro dia. Ha' muito tempo, penso, ele foi idealizado, desenvolvido e implantado. Como é que so' agora vem à tona? E a imprensa nunca falou nada? e assembleia estadual nunca discutiu em plenário? e a comunicação social do governo anterior não tratava dessas iniciativas, não as promovia ou as desconhecia? E a oposição e os contrários nunca souberam... em todo caso, e com essas perplexidades, acho que a divulgação desses fatos é pertinente e a questão (é um investimento público relevante)deve ser discutida NN PS a discussão por essas bandas anda acirrada, não é mesmo? nn

lindomarpadilha.blogspot disse...

Caro Altino,

Vou insistir na relação direta do governo Lulla com os coronéis da cana de açúcar do governo Collor. Aliás, esses passaram a ser tratados desavergonhadamente como heróis. Se esse é o modelo de desenvolvimento proposto, então, as vaias no Maracanã foram pouco.
Minha solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Bom trabalho.

Lindomar Padilha