quinta-feira, 21 de setembro de 2006

FESTIVAL VARADOURO

Novo caminho para
o rock brasileiro

Não há quem possa recusar convite para participar de uma reunião marcada para as 22 horas. Participei ontem do encontro de organizadores da segunda edição do Festival Varadouro com uma equipe que vai produzir conteúdo multimídia para abrir mais um caminho para o rock brasileiro.


O Festival Varadouro, o maior evento de música do Acre, será realizado nos dias 20 e 21 de outubro no espaço Mamão Café, em Rio Branco. É resultante da iniciativa de artistas, produtores culturais e do selo fonográfico acreano Catraia Records, tendo como o patrocinadores a iniciativa privada e o governo estadual.

Os organizadores do Varadouro querem transformar a cidade na capital do rock alternativo brasileiro. Está prevista a participação de bandas como Moptop, Walverdes, MQN, Macaco Bong, Porcas Borboletas, Los Porongas e mais de 30 convidados, entre jornalistas e produtores da cena independente brasileira, que darão cobertura ao evento e contribuirão para debater alternativas para a emergente produção musical do país.

O festival visa a inserção definitiva do Acre no circuito musical independente brasileiro e o fortalecimento da cadeia produtiva, com ênfase na contribuição amazônica para o processo de mudanças pelo qual atravessa a música contemporânea do país. Segundo os organizadores, o intercâmbio e a expressão na mídia estabelecem referenciais para melhoria da qualidade técnica e estética da produção local.

O Festival Varadouro faz parte do Circuito Fora do Eixo de Música Independente e da Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIn), o que inclui, entre outros, os festivais Porão do Rock (DF), Abril Pró-rock (PE), Calango (MT), Goiânia Noise e Bananada (GO) e MADA (RN).

Na programação, consta a apresentações de 16 bandas nos palcos Cachoeira e Bom Destino. No dia 20 de outubro se apresentam Gogó de Sola (AC), Mamelucos (AC), Ultimato (RO), Nicles (AC), Coletivo Rádio Cipó (PA), Macaco Bong (MT), Camundogs (AC) e Moptop (RJ). No dia 21, Auttreyd (AC), Fire Angel (AC), Mezatrio (AM), Álamo Kário (AC), Porcas Borboletas (MG), MQN (GO), Los Porongas (AC) e Walverdes (RS).

Além dos shows, o Varadouro vai contar com uma série de debates, o que é considerado um fator indispensável para que o crescente movimento de música independente nacional intensifique sua organização.

Da extensa programação destacam-se a apresentação e as reuniões do Circuito Fora do Eixo e da ABRAFIn, bem como o debate “Independência ao Norte”, quando produtores de todas regiões brasileiras vão discutir alternativas para a inserção definitiva do norte no circuito musical nacional.

Diogo Soares, Adaildo Neto, Daniel Zen, Milena Quiroga, Thays França, Thalita França, André Lima e Franklin encerraram a reunião após a meia-noite. E eu estava lá como testemunha de um movimento crescente, mas subestimado pela mídia tradicional, que demonstra criatividade suficiente para promover mudanças na cultura regional.

O site do Festival Varadouro está em construção.

7 comentários:

Anônimo disse...

Senti muito em não poder participar da reunião!
Pelo menos fui pegar o CD.
E pelo o que se ouve, não vai deixar nada a desejar...

Anônimo disse...

estou torcendo pelo sucesso do festival!
estarei ai em outubro pra rever bandas que adoro como Ultimato, Macaco Bong, Mezatrio,Porcas Borboletas, MQN, Los Porongas entre outra!
abraços os acreanos e até!!!!!!!

Anônimo disse...

Caro Altino;

Sou paulista, do interior de São Paulo. Há muitos anos, mais de 30, fui a Brasília prestar vestibular. E conheci um jornal alternativo que falava ds coisas do Acre. Se não me engano, o nome era Varadouro? Estou certo? O que significa? Tem algo a ver com o festival de rock?

Muito obrigado.

Anônimo disse...

Caro Luis, tem a ver e não tem. Explico: o jornal Varadouro se tornou numa referência histórica por ter dado voz aos seringueiros e trablhadores rurais do Acre nos anos 80. A garotada que nasceu nos anos que o jornal era editado é quem organiza o Festival Varadouro, que bebe na fonte do jornal em busca de uma identidade amazônica. Um forte abraço.

Anônimo disse...

Luis Augusto / Varadouro é o nome dado às 'estradas' ligando as sedes dos seringais (os barracões) às colocações (unidade produtiva, local de trabalho de viver dos seringueiros). Também funcionava como ligação entre sedes de seringais localizadas em terra firme e as margens dos rios onde se efetuava o embarque das 'pelas' da borracha produzida nos seringais. Varadouro é a primeira via terrestre (estrada)usada pelos homens que ocuparam a região, principalmente a do Acre. No início tudo era realizado pelos rios. Lembrando Euclides da Cunha o varadouro é o momento em que o homem se assenhora da terra firme. No livro O Paraiso Perdido, Euclides desenvolve um pequeno ensaio chamado a Transacreana falando dos varadouros.

Anônimo disse...

Massa pra caralho!
O norte esta mandando na cena independente. Que Goiânia que nada!
falei isso para o diogo do los porongas e repito.
O Fora do Eixo está dando certo e tem tudo
evoluir a cada dia!
parabens a produção e espero comparecer ao festival!
abração

sentinela disse...

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