sábado, 23 de setembro de 2006

EXPEDIÇÃO DOS POETAS

Batalha de brasileiros e bolivianos no Acre

Soldados do exército da Bolívia enfrentam desde ontem, em Puerto Alonso, a Expedição dos Poetas, formada por intelectuais e boêmios de Manaus (AM), que foram organizados pelo jornalista Orlando Lopes com a missão de expulsar os bolivianos e devolver a cidade ao domínio do Estado Independente do Acre.


Mais de 500 pessoas correram apavoradas e se refugiaram na floresta durante o ataque brasileiro. Um militar boliviano ficou com o rosto chamuscado durante a explosão de uma bomba.

O tráfego no rio Acre está bloqueado. Fortes explosões, colunas de fogo e fumaça surgem no cenário da batalha. A bandeira da Bolívia ainda permanece hasteada na sede do governo.


Antes de atacar o exército boliviano, os poetas bloquearam a passagem de 12 vapores que transportavam víveres das casas aviadoras de Manaus e Belém, que financiam a produção de borracha nos seringais da região em conflito.

Apesar da supremacia em armamento, os bolivanos enfrentam os brasileiros com pouca comida. Analistas de guerra avaliam que a Expedição dos Poetas já poderia se considerar vitoriosa caso tivesse optado por manter o bloqueio dos vapores, o que forçaria a rendição boliviana por causa da fome.

- Sem experiência na arte militar, o levante intelectual certamente será derrotado. Com certeza os bolivianos vão botar pra correr os poetas e se apossar do carregamento de comida existente nos vapores - disse uma analista militar brasileiro ao cronista XYZ, que acompanha a Expedição dos Poetas, denominada oficialmente de Floriano Peixoto. O cronista escreve um diário da viagem, luta e poesia.

A região do Acre vive uma situação de conflito desde 1899. O território boliviano foi povoado por migrantes nordestinos atraídos pela exploração da borracha. Quando a Bolívia decidiu retomar seu território, visando o lucro obtido com o látex extraído das seringueiras, o governo brasileiro não se opôs. A região, de acordo com o Tratado de Ayacucho, pertence de fato ao país vizinho.

O povo acreano se revoltou com a situação. Liderados pelo espanhol Luis Galvez, os seringueiros resistiram à ocupação boliviana. Num referência ao dia da queda da Bastilha, em 14 de julho, foi criado o Estado Independente do Acre. Galvez foi aclamado presidente do novo país e desenhou a bandeira do Estado Independente.

Galvez acabou despertando o descontentamento de muitos seringalistas, que se revoltaram com os impostos cobrados pelo novo governo. Em 28 de dezembro de 1899, Galvez foi deposto pelo seringalista Antônio de Souza Braga, que não conseguiu se manter no poder e, em menos de um mês, devolveu-lhe o comando. Sabendo que a desobediência do Tratado de Ayacuho colocava em risco suas relações internacionais, em março de 1900, Galvez foi destituído e a região do Acre devolvida à Bolívia.

Segundo XYZ, caso os revoltosos sejam derrotados, é muito provável que o militar Plácido de Castro seja convidade e aceitará o desafio de liderar uma nova reação brasileira.

Fontes militares informaram que a Bolívia está decidida a arrendar o Acre para o Bolivian Syndicate. Ela daria ao sindicato o poder de explorar as terras do Acre e ocupá-las militarmente durante 30 anos. Comenta-se até que Lino Romero será enviado a Puerto Alonso para preparar a passagem da administração ao Bolivian Syndicate.

- Com apoio financeiro dos seringalistas e a formação de um exército de seringueiros, acreditamos que o movimento armado contra a Bolívia vai conquistar o Acre para o Brasil - disse uma fonte brasileira ao repórter XYZ.

Rolling Stones
Fotos do conflito
estão sendo tiradas nesta manhã pelo repórter André Vieira, da revista Rolling Stones. Ele já cobriu a guerra no Afeganistão. Vieira obteve autorização milatares bolivianos e patrões brasileiros para realizar uma reportagem sobre a influência da presença da Rede Globo em cidades pequenas durante filmagens de minisséries – como influenciam economicamente, politicamente, socialmente, como muda a vida dos moradores.

A revista americana, uma das mais conhecidas sobre música pop e comportamento, terá uma edição nacional provavelmente partir de outubro, com periodicidade mensal. Nos Estados Unidos, a revista é quinzenal e vende cerca de um milhão e meio de exemplares por mês. No Brasil, a tiragem inicial será de 100 mil exemplares. É um número considerado alto para uma publicação desse tipo.

A Bizz, por exemplo, que também é dedicada a música, tem tiragem de 30 mil exemplares mensais. A exemplo das edições locais publicadas na Inglaterra, França, Austrália, China, Itália e outros países, a "Rolling Stone" brasileira terá metade do conteúdo traduzido da matriz americana e metade produzido pela redação local.

Clique aqui para visitar o site do repórter André Vieira. Fotos de Puerto Alonso ou Porto Acre, tiradas no mês passado, quando a cidade estava sendo construída, podem ser vistas aqui ou aqui.

Vamos torcer para que até o final do dia alguém consiga ultrapassar a região com alguma foto do conflito. Apenas jornalistas de países considerados neutros podem transitar na zona conflagrada. A área permanecerá inacessível aos jornalistas da região até o dia 3 de outubro.

4 comentários:

Anônimo disse...

Altino,
Por acaso o André Vieira é o China?
Ok, fotos só depois de 03 de outubro...

Anônimo disse...

Flávio, ele me disse que é carioca. Também não mencionou qualquer apelido. Tem o numero do tefefone celular no site dele.

Anônimo disse...

Vou fazer teste pra figurante, poeta!
Num posso ficar de fora de uma revolução dessas...

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

ALTINO MACHADO, ENTRAR NUMA CASA CULTURAL COMO A SUA E SAIR SEM DIZER UM BOA NOITE, SERIA INDELICADO,POIS AQUI ENCONTREI BOM CONTEÚDO,BOA LEITURA, DE QUEM SABE O QUE FAZ, E FAZ BEM, MEUS CUMPRIMENTOS, DESEJANDO MUITO SUCESSO,EFIGÊNIA COUTINHO
http://poesiasefigeniacoutinho.blogspot.com/