terça-feira, 31 de maio de 2005

DESENVOLVIMENTO

BNDES libera R$ 137 mi para projetos no Acre

Rodrigo Morais

RIO - Ao anunciar a liberação de R$ 137 milhões para projetos de desenvolvimento sustentável no Acre, o presidente do BNDES, Guido Mantega, afirmou que as críticas na imprensa internacional ao desmatamento na Amazônia são movidas por interesses outros que não o ecológico. "Acho que existe má-informação e existem também outros interesses, muitas vezes, por trás de declarações a respeito das reservas naturais brasileiras", disse. "Tem muita gente de olho nisso e aí ficam dando umas declarações atravessadas."

Este mês o governo federal se tornou destaque negativo no noticiário internacional após a divulgação de que a floresta amazônica sofreu o segundo maior desmatamento da história. Entre agosto de 2003 e agosto de 2004 foram destruídos 26,130 mil quilômetros quadrados de floresta. O recorde é de 1995, com 29,050 mil quilômetros quadrados.

ASSENTAMENTOS
O dinheiro do BNDES servirá para a segunda fase do Programa Integrado de Desenvolvimento Sustentável (PIDS). O investimento é considerado por Mantega o maior projeto social do banco na Região Norte. O governo acreano investirá R$ 33 milhões, mas terá de pagar o financiamento no prazo de dez anos, com juros de 13,25% ao ano. Na primeira etapa do PIDS, iniciada em 2002, o Acre recebeu R$ 50 milhões.

Uma das metas do programa é criar 11 assentamentos para trabalhadores agroflorestais e florestais. O governador Jorge Viana disse já ter assentado 800 famílias e prometeu incluir outras 1.500 até dezembro de 2006. Os assentamentos ficarão às margens de rodovias asfaltadas e serão integrados ao programa Luz para Todos.

Outras metas são: crescimento em 80% das exportações do Estado (US$ 9 milhões em 2004); elevação da renda na atividade do manejo florestal comunitário e nos assentamentos florestais; ampliação das receitas próprias do Estado em mais de 30%; inclusão de 1.100 famílias na economia agroflorestal; e de mais de 4 mil índios em ações de capacitação e apoio à produção.

Fonte: O Estado de S. Paulo

DINHEIRO

Acre obtém R$ 137 mi para projeto do BNDES

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem o financiamento de R$ 137 milhões para o Programa Integrado de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre. O valor representa cerca de 80% do valor total do projeto de R$ 170 milhões e é também a maior operação de financiamento da Área de Inclusão Social do banco na região Norte. O restante virá do próprio governo do Estado.

Os recursos são destinados à segunda etapa do programa. Segundo o governador do Acre, Jorge Viana, a primeira etapa, que teve R$ 50 milhões, consistiu em projetos voltados para melhorar a infra-estrutura urbana e programas de recuperação do patrimônio histórico.

Fonte: Folha de S. Paulo

sábado, 28 de maio de 2005

O VENTO VIROU

Do jornalista Ricardo Kotscho, ex-assessor de imprensa do presidente Lula, em artigo no site NoMínimo.

- Você pega os jornais e não sobra pedra sobre pedra no cenário político, pinta um clima de fim de feira moral, de desesperança, de indignação, de salve-se quem puder, tudo ao mesmo tempo. É um velho filme que não gostaria de ver mais, mas que voltou às telas da vida. Ao bater de frente com o assustador noticiário dos últimos dias e a nota da Tereza Cruvinel, fui entender a justa revolta dos leitores comigo: o vento virou e só eu não percebi - eu e muitos amigos do governo em que trabalhei nos últimos dois anos.

O artigo dele é imperdível. Para lê-lo, clique em "O vento virou e eu não percebi"

MODA YAWANAWA


Clique sobre o convite para vê-lo ampliado.

FASHION MALL

sexta-feira, 27 de maio de 2005

BANDA LARGA

Tecnologia é 10x mais rápida que DSL

A União Internacional de Telecomunicações (ITU, da sigla em inglês) finalizou nesta sexta-feira (27/05) o trabalho de especificação do padrão VDSL2, uma conexão até dez vezes mais rápida que a conexão DSL simples mas que utiliza os mesmos meios de transmissão de dados.

Chamado de "very-high-bit-rate digital subscriber line 2" (daí VDSL2), o padrão permitirá conexões de até 100 Megabits por segundo tanto para download quanto para upload.

Segundo a ITU, as especificações permitem uma largura de banda similar à conexão por fibra ótica utilizando meios mais antigos, como o fio de cobre.

A ITU afirma ainda que o padrão já está pronto para utilização por parte das operadoras ao redor do mundo. Outra boa notícia é que os equipamentos para VDSL2 serão totalmente compatíveis com a rede DSL, aumentando a velocidade de migração dos usuários domésticos e corporativos.

Fonte: IDG Now!

TASHKA: LIÇÃO DE FLORESTANIA


Reportagem da revista IstoÉ reconhece que a história dos 31 anos de vida do índio Joaquim Tashka Yawanawa é digna de um documentário. "Sua última invenção para movimentar a economia da aldeia promete sacudir o mundo da moda. Trata-se da criação da grife Yawanawa. Sob a supervisão da designer Adriana Aquino, a coleção de roupas e acessórios femininos, masculinos e infantis terá como estampa os desenhos milenares da tribo feitos pelas índias. A confecção das peças será realizada pelas costureiras da Rocinha. A tradicional Gallerie Lafayette de Paris já acenou com desejo de vender as peças. A multinacional Aveda quer promover o desfile da grife em Nova York. Mas o índio prefere estrear em seu próprio país. No dia 13 de junho, modelos desfilarão as roupas Yawanawa pelos corredores do Fashion Mall. O badalado shopping carioca ofereceu a Taska uma loja de graça, sem precisar pagar condomínio e aluguel. Trata-se de um prêmio de loteria para qualquer lojista. Caberá a um índio visionário o privilégio de desfrutá-lo." Clique em Índio high-tech para ler a reportagem completa.

ANGÚSTIA

De Carlos Marchi, no Estadão:

Gesto deixou cinco parceiros desapontados

ANGÚSTIA: Seis senadores do PT - Suplicy, Ana Júlia Carepa (PA), Cristovam Buarque (DF), Paulo Paim (RS), Flávio Arns (PR) e Serys Slhessarenko (SC) - combinaram assinar juntos a CPI dos Correios.
Disseram isso a Aloizio Mercadante, líder do governo, que lhes pediu para assinar apenas às 23h30, para não atrapalhar o esforço que o governo fazia para bloquear a CPI. Às 17h30, angustiado, Suplicy procurou Paim e lhe pediu para checar como estava a situação na Câmara (onde era possível o governo reverter a situação). Paim voltou às 18h30 mas, ao entrar no plenário do Senado, Suplicy entregou-lhe o celular e disse: "Eu estou muito angustiado. Vou anunciar minha assinatura agora". Nem quis ouvir o relato sobre a situação da Câmara. "Foi um baque. Estou muito chateado", dizia ontem Paim. "Ele foi desleal conosco", bradava Ana Júlia. "Foi constrangedor", confessou Cristovam. Os outros cinco desistiram de assinar a CPI na hora. Ao deixar a tribuna Suplicy foi duramente cobrado por Paim e respondeu apenas: "Não consegui me segurar". Aos outros quatro não explicou seu solitário e midiático gesto.

DEU NA FOLHA

Suplicy diz que sentiu desgosto com governo

LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de chorar ao assinar o requerimento da CPI dos Correios anteontem à noite, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que sua decisão de incluir o nome na lista foi tomada com base no desgosto que sentiu com as notícias de recente ação fisiológica do governo -liberação de verbas em troca de retirada de nome.
Além disso, recomendou ao governo Luiz Inácio Lula da Silva atuação mais transparente. Suplicy passou o dia em sua casa em São Paulo recebendo manifestações de apoio. Disse que se submeterá à possível retaliação do PT, que pode vetar sua candidatura à reeleição ao Senado em 2006.
Para ele, o PT nunca esteve "tão longe do sentimento do povo" e, com isso, corre o risco de trilhar o rumo do PMDB e ficar com a pecha do fisiologismo.


Folha - O sr. acha que tomou a decisão certa ao assinar o pedido de CPI? O partido errou ao recomendar que petistas não assinassem?
Eduardo Suplicy -
A minha decisão é consistente com o que é melhor para o presidente Lula e o governo. Detectei que nunca a direção nacional esteve tão distante daquilo que percebi ser a decisão de bom senso, que mais condizia com o sentimento do povo. Fiquei cada vez mais convencido pelas notícias de que havia liberação de verbas para convencer parlamentares, o que sempre criticamos.

Folha - O senhor disse que o PT está longe da vontade do povo. E o governo?
Suplicy -
Cada voto no Parlamento deve ser em função do que consideramos o melhor para o interesse público. Não podemos tomar decisões em função de designação de pessoas indicadas por parlamentares para cargos ou verbas que forem liberadas.

Folha - O fisiologismo...
Suplicy -
Em jantar na Embaixada da China, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) comentava como diversos senadores haviam obtido compromissos de indicação de pessoas para cargos e como o governo atrasava, citando vários casos de forma engraçada, jocosa. Os senadores Cristovam Buarque (PT-DF) e Serys Slhessarenko (PT-MT) comentaram comigo como nem sabíamos disso!

Folha - O sr. se espantou?
Suplicy -
[pausa] Sinceramente, pensei que essas coisas não são o que poderíamos considerar normais. Gostaria de poder ver o governo se posicionando de maneira transparente para os senadores que dizem que só aprovam algo com indicação para um cargo.

Folha - O sr. teme punição do PT?
Suplicy -
Não foi fechada a questão pela Direção Nacional, portanto não há sanção prevista no estatuto. Estou consciente de que meus companheiros podem querer escolher outro candidato ao Senado. Precisarei me submeter a isso. Sei que estão bravos comigo.

Fonte: Folha de S. Paulo

quinta-feira, 26 de maio de 2005

RATINHOS DA MONSANTO

Por Mário José de Lima (*)

Assistimos, há poucos meses, um embate no interior do governo federal entre o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura sobre a produção de grãos a partir de plantas geneticamente modificadas.

A contenda se resolveu favoravelmente à posição do Ministério da Agricultura que defendia o uso pelos agricultores brasileiros de sementes geneticamente modificadas.

O governo decide-se pelos argumentos dos defensores de uma competitividade a qualquer custo, alegando defesa dos interesses nacionais. Trata-se, segundo o discurso econômico do governo, uma medida que impelia o desenvolvimento econômico do país. Entretanto, o que se pode afirmar é que o governo garante taxas significativas de lucratividade para os operadores dos setores dos negócios agrícolas e da exportação.

A notícia publicada no jornal The Independent , edição de 24 de maio, intitulada “When fed to rats it affected their kidneys and blood counts. So what might it do to humans? We think you should be told” vem trazer para mesa de discussão um dos incômodos temas da atualidade.

A notícia revela os resultados de uma pesquisa secreta desenvolvida pela Monsanto, usando a variedade de milho geneticamente modificado, MON 863, os quais indicam o potencial de risco para a saúde dos alimentos geneticamente modificados.

O editor de meio ambiente que lidera a campanha do jornal sobre tecnologia GM nos últimos seis anos, examina a nova evidência e formula “questões, segundo ele, interessa a todos nós: por que a Monsanto, a companhia que tenta vender milho GM (geneticamente modificado) para a Grã-Bretanha e Europa, relute publicar os resultados plenos de seus alarmantes testes com ratos em laboratório? Por que estariam nossos líderes ansiosos para comprar tecnologia não comprovada contra os desejos dos consumidores?”.

A matéria do The Independent começa fazendo referências às pesquisas desenvolvidas pelo Dr. Arpad Pusztai, considerado “o bicho-papão do corpo científico britânico”. Segundo a matéria, “ninguém menos do que Lord May – então conselheiro científico chefe do Governo, agora presidente da Royal society – acusava o Dr. Pusztai de violar ‘cada cânone da retidão científica’, no que concordavam ministros e cientistas que faziam fila para denunciá-lo”.

O crime do Dr. Pusztai, ainda de acordo com a matéria, “foi encontrar evidências perturbadoras de que as batatas GM que estudava danificava o sistema imunológico, cérebros, fígado e rins dos ratos – e mencionar esses resultados, de forma ligeira, num programa de TV, antes que sua pesquisa estivesse completada e publicada”.

O Dr. Pusztai foi “punido de forma draconiana; sua pesquisa foi interrompida, sua equipe desfeita e seus dados confiscados. Ele foi submetido ao ostracismo por seus colegas, forçado ao afastamento e calado por sete meses, proibido de colocar seu caso”.O Editor de meio Ambiente d’The Independent “foi o primeiro jornalista a entrevistá-lo, gastando, para isso seis horas”.

A semelhança do que ocorre no Brasil, o governo britânico, na figura do primeiro ministro Tony Blair “pôs todo seu peso nos alimentos modificados, permitindo que fosse conhecido que ele próprio estaria feliz em alimentar-se com eles. Jack Cunningham, então no comando da estratégia GM do governo, anunciou que o Dr. Pusztai tinha sido ‘compreensivelmente desacreditado’. Seu gabinete redigiu planos secretos – revelados ao The Independent – para alistar ‘cientistas eminentes’ para atacá-lo e seguir as mensagens chaves do governo”.

A matéria avança na descrição da trajetória de encobrimento das descobertas pioneiras do Dr. Pusztai que geram resultados junto aos consumidores europeus e medidas de controle pelos governos da Comunidade Européia e Estados Unidos buscando a preservação da saúde dos consumidores.

A ultima colheita modificada em busca de aprovação para uso é o MON 863, um milho modificado já desenvolvido e comido nos Estados Unidos e Canadá. Quinta feira funcionários do governo dos EE. UU. estavam num beco sem saída novamente. Como reportado pelo jornal, uma pesquisa secreta com ratos desenvolvida pela Monsanto, que é proprietária do milho, sugere que a ingestão deste pode ser prejudicial à saúde. Os resultados indicam que ratos alimentados com teor elevado do MON 863 apresentavam rins relativamente menores e sofreram potencialmente mais danos na química do sangue do que os ratos do grupo de controle, alimentados com dieta convencional. A Monsanto alega que os resultados não são significativos e devido a mudanças refletem variações normais entre os ratos.

Os ambientalistas, entretanto, afirmam que isso justifica, pelo menos parcialmente, as pesquisas do Dr. Pusztai e a Dra. Beatrix Tappeser, uma funcionária pública graduada GM alemã, afirma que isso oferece “alguma razão para levantar interesse”.

Além de qualquer implicação possível para a saúde pública, os dados da pesquisa – como nos experimentos do Dr. Pusztai – são importantes porque poderiam, se considerados válidos, desafiar o conjunto do sistema através do qual os alimentos GM são aprovados.

No caso europeu, assim como nos Estados Unidos, existem algumas salvaguardas que foram deslocadas pelo poderia do lobby interessado. Restam, entretanto, mecanismos oferecendo poder de reação mínimo o que não acontece no caso brasileiro. Os resultados do avanço dos produtores agrícolas sobre a floresta amazônica, divulgados nos últimos dias, formam a imagem do despreparo e da falta de interesse na montagem de um sistema de controle nesse campo.

Até agora, o governo brasileiro apenas disse que o avanço do desmatamento é resultado do crescimento econômico. Como a buscar uma explicação que atribua à população como um todo a responsabilidade pela destruição, afinal a demanda pelo crescimento é dela. Resta esperar pela nova desculpa sobre a destruição dos rins e do sangue dos ratinhos pelos alimentos geneticamente modificados.

*Mário José de Lima é economista acreano e professor da PUC-SP

quarta-feira, 25 de maio de 2005

BANCADA ACREANA

Os deputados João Correia (PMDB) e Perpétua Almeida (PC do B) e o senador Geraldo Mesquita (PSOL) foram os únicos parlamentares da bancada acreana que assinaram até agora o requerimento que criou a CPI dos Correios.

Termina à meia-noite o prazo para a retirada ou o acréscimo de assinaturas. Constam do pedido as assinaturas de 254 deputados e 51 senadores, bem acima do mínimo necessário de 171 e de 27 respectivamente.

Se tiver certeza de que conseguirá abortar a CPI dos Correios, o governo apresentará às 23h50 a relação dos deputados que pedem a retirada de suas assinaturas.

terça-feira, 24 de maio de 2005

QUINARI, JÁ!

O paleontólogo Alceu Ranzi lançou aqui a campanha para que a cidade de Senador Guiomard volte a ter Quinari como nome oficial. A sugestão chegou a ser o tema principal da coluna Bom Dia, editada pela Charlene Carvalho no jornal A Tribuna.

- Esse sonho não é meu, mas de todos os moradores da cidade – disse na semana passada o prefeito Celso Ribeiro, que tomou conhecimento da sugestão de mudança do nome e até prometeu enviar a pesquisa realizada sobre o significado de Quinari.

Bem, mais gente enviou mensagens sobre a campanha proposta pelo Alceu. Até o dono da Quinarí Essence House está disposto a participar dela. O que me fascina é o alcance que a internet nos possibilita. Leiam:

Boa tarde Sr. Altino

Meu nome é José Azambuja ( Zezo ) e sou um dos proprietários da Quinarí Essence House, localizada em Ponta Grossa, Estado do Paraná.

Participei durante quase 10 anos do projeto Pimenta Longa aí no Estado do Acre, envolvendo a Embrapa, Geroma do Brasil (Paraná) Pirisa (Rio Grande do Sul), Endura SPA (Itália), Bordas Chinchurreta (Espanha) e o DFID (Inglaterra).

Tenho muitos amigos aí em sua cidade, como o Dr. Judson Valentim, Flávio Pimentel, bem como diversas pessoas ligadas à Embrapa.

Após desligar-me da Geroma, onde trabalhei por 20 anos, montei, juntamente com meu colega de trabalho, Sr. Francisco Slonik Sobrinho, uma empresa de essências, denominada QUINARÍ - FRAGRÂNCIAS E COSMÉTICOS LTDA, cujo nome efetivamente trouxe do Acre, devido aos contatos que tive por aí, ao longo de vários anos, os quais me fizeram aprender a gostar do referido nome.

Estou aqui à disposição para eventuais contatos e trocas de informações, inclusive, se for o caso, sobre o próprio projeto !

Escritório: zezo@interponta.com.br

Residencia: ja@interponta.com.br


Um grande abraço

J.Azambuja

Agora confira o comentário deixado pelo Rafael:

Salve! Salve! Pesquisando por aí, acabei encontrando este blog. Sou do Paraná, da cidade de Ponta Grossa. Trabalho na Quinarí Essence House e administro o domínio quinari.com.br. Caso seja o verdadeiro significado da palavra quinari descoberto, gostaria, se possível, ser informado.

Abraços

Rafael

EXISTE PROCON NO ACRE?

Outro dia, na nota Tão Acre, tratei de duas coisas: da conta de luz de minha casa que saltara da média de R$ 200,00 para R$ 910,10 e dos funcionários do Banco do Brasil que não sabem desbloquear senha de internet para acesso de conta.

Após a leitura da nota, a jornalista Lamlid Nóbrega, assessora do senador Sibá Machado, deixou um comentário no qual citou o Procon-Acre. A diretora Silvana Maués não gostou e a jornalista está tendo que se retratar.

Transcrevo o comentário da Lamlid:

“Banc,luz,telefone, "delivery", cara e incrivel como as coisas nao funcionam por aqui. O que eu acho mais engraçado e que nos temos que engolir tudo isso porque nao existe mesmo Procon no Acre. Cara, em Brasilia, por exemplo, o numero do Procon e gratuito, pregado na parede de todo boteco e funciona. Aqui o numero, ninguem sabe, quando a gente descobre, ninguem atende e quando atende nao sabe responder as informaçoes que se quer saber. Agora aquela senhora que e responsavel pelo orgao aqui no Acre, bem que gosta de midia,ah disso ela gosta....”

Eis a retratação que a jornalista enviou hoje ao blog:

Quero registrar neste mesmo espaço, o reconhecimento do equívoco que cometi ao afirmar, dias atrás, que não existe PROCON no Acre.

Na verdade, o órgão existe sim. E a senhora responsável pelo seu bom funcionamento, a Procuradora Silvana Maués, tem um currículo e muita boa vontade em fazer o órgão funcionar.
Este final de semana recebi um e-mail dela me explicando as dificuldades enfrentadas por ela para que o PROCON do Acre funcione e uma enorme lista de coisas que ela tem feito para isso.
Ah! E sobre o meu comentário maldoso com relação a participação dela na mídia, quero reparar gravíssimo erro, informando a vcs, como ela me informou, que suas muitas aparições nos veículos de comunicação se devem ao fato de existirem muitos jornalistas que, diferente de mim, tem outra opinião a seu respeito e dão o espaço que ela precisa para informar a sociedade as ações do órgão.

Concluo apenas, dizendo que torço muito para que os consumidores do Acre tenham seus direitos, de fato, garantidos e não apenas chuva de informações pelos meios de comunicação.

Ah! Quero reparar outro grave equívoco meu: o número do PROCON é 151, e segundo ela, é gratuito.”

Como a retratação da Lamlid tem uma incontida ironia, g
ostaria de saber de mais gente: o Procon existe no Acre?

segunda-feira, 23 de maio de 2005

DEU NO GLOBO


Joaquim, Laura e Bira em reunião no escritório yawanawá

Da coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos:

TRIBO NO SHOPPING
O índio Tashka Yawanawa ou, em português, Joaquim, está no Rio para organizar o desfile da coleção de Adriana Aquino, inspirada nas pinturas que os índios de sua tribo fazem no corpo. A apresentação será dia 13 no Fashion Mall. Coordenador da nação Yawanawa, do Acre, e filho de cacique, Tashka fala inglês, espanhol e não viaja sem celular e laptop:

- Represento o futuro, a conciliação entre a tradição e a modernidade.

domingo, 22 de maio de 2005

JORGE DEFENDE CPI

Do governador Jorge Viana na coluna Panorama Político, de Tereza Cruvinel, no Globo:

— A primeira coisa que precisamos admitir com franqueza é que estamos enfrentando um momento de adversidade na relação com os aliados. Não adianta tapar o sol com a peneira. E precisamos explicar que isso ocorre porque este, como qualquer governo, terá que governar o Brasil em regime de aliança. Se erramos ao geri-la, há tempo de corrigir isso e restaurar a maioria. Quanto à CPI, enfrentá-la será inclusive uma oportunidade para devolver a este instrumento de investigação parlamentar sua verdadeira natureza. Nos últimos tempos, as CPIs se transformaram em tanques na luta política. E quando falo isso, refiro-me até ao PT no passado. É tempo de parar com esta mística da CPI como bomba atômica.

GOVERNO SOB PRESSÃO


Administração Lula não apresenta propostas "aglutinadoras" e é incapaz de pensar no longo prazo, afirma senador petista Cristovam Buarque

"Planalto sem projeto vende a alma pelo poder"

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
EDITOR DE OPINIÃO

Para o senador Cristovam Buarque (PT-DF), o PT perdeu sua marca e o governo está vendendo a alma em troca do "poder pelo poder". Sem capacidade de apresentar projetos "aglutinadores", a administração petista preenche o vazio com uma idéia de coordenação política baseada na "compra de voto". Preocupado com o marketing e com a reeleição, o governo é incapaz de pensar no longo prazo. Os sonhos foram abandonados e o descrédito da população em relação à classe política e ao Estado aumenta. Como ocorreu na Argentina e em outros países latino-americanos, também no Brasil pode crescer o sentimento de rejeição expresso pelo slogan "qué se vayan todos!".
Ex-governador do Distrito Federal e ex-ministro da Educação do governo Lula, o senador acredita que a oposição do governo a uma CPI para investigar o escândalo dos Correios contribui ainda mais para erodir sua credibilidade. "Não estamos passando a confiança para o povo de que o nosso governo e os nossos políticos são de fato honestos", diz ele na entrevista que se segue.


Folha - Por que o governo tem encontrado tanta dificuldade na coordenação política?
Cristovam Buarque - Eu acho que é por que o problema não está na coordenação. Está numa coisa mais profunda, que é a incapacidade do governo de aglutinar. Se você não aglutina você não coordena, você compra votos.

Folha - E por que o governo não consegue aglutinar?
Buarque - Por que não definiu objetivos concretos, metas de mudanças do país que permitam trazer pessoas que queiram apoiá-las. Juscelino aglutinou em torno da industrialização, de Brasília, da infra-estrutura. O nosso governo não tem projetos aglutinadores.

Folha - Essa falta de projeto não vem desde o início do governo?
Buarque - Vem desde o início. Nunca houve projetos claros, a não ser alguns formulados por ministérios. Mas aquele projeto que sai da alma do líder Luiz Inácio Lula da Silva nós não vimos ainda. O governo ficou preocupado apenas com a opinião pública, com o marketing, com o imediato, com o presente.

Folha - Ou seja, com a reeleição.
Buarque - A reeleição está atrapalhando, como atrapalhou o Fernando Henrique Cardoso. Pensa-se na próxima eleição e não na próxima geração. O Lula disse que não quer vender a alma. Só que tem uma coisa pior do que vender a alma: é vendê-la sem ser em torno de um projeto de nação.

Folha - A impressão que se tem, na realidade, é que o grande projeto do governo é ficar no poder.
Buarque - Tudo dá essa impressão. Nos textos literários, a alma é vendida em nome de alguma coisa, o problema é que hoje está sendo vendida em nome de nada, só do poder pelo poder. Você não deve vender a alma, mas você pode fazer alianças para retomar radicalmente o crescimento ou para dar um salto na educação, na saúde, na luta contra a pobreza.
Como é o Brasil que desejamos no futuro? O que a gente sabe hoje é que o Lula deseja crescimento com estabilidade, que o país seja um grande exportador e que todo mundo coma três vezes ao dia. Mas é pouco. Crescimento econômico apenas, mesmo a taxas elevadas, o que não vai acontecer, não mudará o Brasil. O que vai mudar o Brasil é o uso eficiente e bem direcionado dos recursos.

Folha - Hoje, o grande capital político do governo é a capacidade de comunicação do presidente e alguns resultados na economia. Se vier a reeleição, não há risco de essa paralisia política continuar?
Buarque - O segundo mandato tende sempre a ser pior do que o primeiro. Mas poderia mudar se o presidente fizesse duas coisas: usasse sua capacidade de comunicação e liderança para transformar o país e convidasse a oposição para discutir propostas de Orçamento e de políticas capazes de promover mudanças. Em 2003, quando o Lula levou para o Congresso as propostas de reforma Tributária e da Previdência, eu estava junto e disse: presidente, faltou a terceira reforma, necessária ética e politicamente, que é a social. Essa reforma não veio. O Lula vem usando a liderança dele para vender o projeto de FHC.

Folha - Por que o PT não conseguiu nem formular nem implementar as mudanças que prometeu?
Buarque - É um problema de mentalidade. Eu não vou dizer de ideologia porque seria um salto de qualidade. O PT é um partido dos trabalhadores do setor moderno. Não é ainda o partido do povo, dos excluídos. É um partido que acredita que o Brasil muda através de mais indústrias, mais exportações, empregos e melhores salários. É um partido que ainda está prisioneiro de reivindicações corporativas. Não é um partido de proposições nacionais.

Folha - Mas o PT conseguiu se apresentar nas eleições como portador de um projeto nacional, não?
Buarque - Sim, mas era uma soma. Uma soma dos interesses de corporações: o PT aumentaria o salário do funcionário público, criaria dez milhões de empregos, etc. Mas os sonhos de que o partido era portador, embora viáveis, não foram levados a sério. O nosso governo está criando uma dívida muito grande com aqueles que sonhavam, especialmente com os jovens. E hoje virou uma geléia geral. Não há mais diferença entre os partidos. Não há razões específicas para votar no PT.

Folha - O PT perdeu a marca?
Buarque - Perdemos uma imensa parte da nossa marca e isso é trágico para o Brasil. Essa crise está fazendo o povo ficar impaciente com todos os políticos. Na Argentina e agora no Equador e na Bolívia temos visto o mesmo slogan: "qué se vayan todos!". E isso é perigoso, porque contamina todo o Estado.

Folha - O sr. ainda crê numa futura aproximação do PT com o PSDB?
Buarque - Eu continuo achando que o PT e o PSDB só não estão juntos porque são liderados a partir de São Paulo e disputam o mesmo espaço eleitoral. Eu digo que essa aliança é necessária para que o Brasil se renove, mas é impossível. Para que fosse viável seria preciso mais estadismo e menos eleitoralismo.

Folha - E a política parece estar cada vez mais focada na questão eleitoral e não em projetos.
Buarque - Exatamente. Criamos uma classe política que age não com base nos seus sonhos e propostas, mas com base em pesquisa de opinião pública. Os políticos dão prioridade ao marketing e não à verdade. Esse é o grande problema. E isso está gerando uma crise de credibilidade séria. Precisamos discutir a taxa de juros, mas precisamos elevar a nossa taxa de credibilidade. E de onde vem o descrédito? No que se refere ao governo, vem do fato de que não estamos nem cumprindo os compromissos de campanha, nem explicando convincentemente por que não os cumprimos. Não estamos fazendo as reformas sociais que o Brasil precisa e não estamos passando a confiança para o povo de que o nosso governo e os nossos políticos são de fato honestos. Eu não estou dizendo que não somos, mas não estamos passando essa imagem. Para mim, o mais grave de não apoiar a CPI do caso dos Correios é isso. Finalmente, o que dá credibilidade ao governo é a economia. Posso não gostar dessa política, mas não vejo outra. Só que ela não é mérito nosso.

Folha - Ou seja, naquilo que seria próprio do PT, o governo fracassa?
Buarque - Sim. E o mais grave é que não parece ser uma coisa circunstancial, mas intrínseca à alma do governo.

Folha - O sr. acredita que trocar Aldo Rebelo por José Dirceu iria mudar alguma coisa?
Buarque
- Eu acho que se trocar vai ser pior, porque o José Dirceu não tem bom diálogo. Pelo que eu ouço no Senado, de pessoas em posições muito altas, é que essa troca poderia até quebrar o diálogo. Mas o fundamental não é esse ou aquele nome, mas a falta de projeto. A gente veio para para dar assistência aos mais pobres, para administrar a economia com eficiência, para fazer uma política externa menos dependente, mas veio também para dobrar uma esquina, acenar noutra direção, construir um ciclo novo na história do Brasil. O Lula tinha que ser o primeiro presidente de um novo ciclo. Tinha que ser, mas não está sendo.


Folha - Até que ponto as divergências entre o PT e o governo prejudicam?
Buarque
- O PT é para ser permanente, o governo é outra coisa. Foi por isso que eu defendi sempre que o PT deve que fazer parte do governo, mas entender que o governo é de coalizão. Mas essa coalizão tem que ter um objetivo. Não é só a coalizão em troca de cargos e de emendas de parlamentares. Quem entrar no governo pelo PTB tem que saber que está entrando para botar as crianças em boas escolas e para melhorar a distribuição da renda.


Folha - Mas muitos se queixam de que o governo não sabe se comportar como coalizão.
Buarque
- Realmente, o que explica certos erros é que a equipe que dirige o governo, incluindo o Lula, trata os partidos da base de apoio como o presidente do PT trata as tendências do PT. O grande êxito e o grande mérito do Lula, que foi fazer esse partido crescer durante 20 anos, estiveram ligados ao fato de ele se comportar como o centro de uma esfera. O Lula nunca foi um líder de se colocar na frente do PT. Ele ouvia e dizia o que o PT queria ouvir. Mas agora ele é o centro de uma reta que vai da direita à esquerda, o que não é a mesma coisa.


Folha - O sr. é a favor da política econômica, mas ao mesmo tempo parece ter consciência de seus limites. Não há nada a mudar?

Buarque - Eu defendo a política econômica do governo, mas acho que o PT tem obrigação de começar a pensar alternativas.


Folha - O sr. não acha que essa política já se esgotou?
Buarque
- Ela tende a se esgotar, mas hoje qualquer outra seria arriscada. É preciso, primeiro, construir intelectualmente uma alternativa. E isso não é tarefa do governo. O governo não é lugar de intelectual, é lugar de pessoas pragmáticas. É tarefa do partido.

Fonte: Folha de S. Paulo

sexta-feira, 20 de maio de 2005

DESMATAMENTO

Confira alguns depoimentos colhidos pela reportagem de Amazonia.org.br junto a pesquisadores, autoridades estaduais, empresários, congressistas e ambientalistas sobre a taxa de desmatamento, a política ambiental dos governantes e o avanço do agronegócio na Amazônia. Para ler, clique em repercussão.

ALCOBRAS

Ponto para a economia acreana. O governador Jorge Viana formalizou a compra da usina Alcobras junto ao Banco do Brasil por R$ 2,7 milhões e já abriu concorrência para repassar o empreendimento ao controle da iniciativa privada. Seis grupos estão interessados, mas vencerá quem se adequar às exigências do governo. Aproveitei a solenidade no Palácio Rio Branco para fazer fotos das mãos de três expoentes do PT do Acre: o governador Jorge Viana e os senadores Sibá Machado e Tião Viana. Alguém entende de semiótica?

JORGE VIANA


Gesto recorrente dele tendo a mesa como apoio.

SIBÁ MACHADO


Unhas grandes para tocar cavaco, violão e charango

TIÃO VIANA


Ele enumera nos dedos enquanto fala

VIA DIPLOMÁTICA

Marina Silva discutirá o problema nos EUA

Paulo Sotero

O aumento do ritmo de destruição da floresta amazônica será um dos temas que a ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva, discutirá durante a visita que fará aos EUA, na próxima semana. Numa iniciativa certamente calculada para amortecer o impacto negativo da aceleração da derrubada da floresta, a Embaixada do Brasil trabalha para que seja anunciado um novo grupo de cooperação bilateral sobre meio ambiente, como os que existem nas áreas financeiras e da agricultura.

Na capital americana, a ministra terá reuniões no Banco Mundial, que tem um projeto de apoio da política ambiental brasileira já em andamento, e na Agência de Proteção Ambiental. Ela deverá conversar, também, com especialistas em meio ambiente durante almoço na residência do embaixador brasileiro, Roberto Abdenur.

O biólogo tropical Thomas Lovejoy, que está convidado para o almoço com Marina, reagiu ontem à notícia sobre o aumento no desmatamento dizendo que a administração Lula fez alguns progressos na política ambiental. Mas deixou claro seu temor diante da falta de uma ação mais eficaz a para conter a destruição. "O que realmente me preocupa é que a floresta amazônica tem um ciclo hidrológico, do qual ela depende para funcionar", explicou Lovejoy, presidente do Heinz Center, em Washington.

Stephen Schwartzman, da Environmental Defense, que atua na Terra do Meio, no Pará, disse que a notícia não é inesperada. Schwartzman, no entanto, mostrou-se decepcionado com o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, cuja família controla o maior negócio de produção de soja do mundo. "Acho que o governador está mostrando um descaso total pelo meio ambiente."

Fonte: O Estado de S. Paulo

MEIO AMBIENTE

Amazônia: devastação deve ser maior

Cálculos que resultaram no número da área desmatada divulgado anteontem não incluíram dados de Roraima e do Amapá

Cristina Amorim
Herton Escobar

O desmatamento da Amazônia Legal que ocorreu no período 2003-2004 pode ser maior do que os 26.130 quilômetros quadrados divulgados anteontem pelo Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. A falta dos números referentes a dois Estados - Roraima e Amapá - e a ausência de detalhamento da ação de madeireiras podem provocar, segundo especialistas ouvidos pelo Estado, uma variação no número absoluto de área devastada, que já atinge 18%.

As informações de Roraima e Amapá serão computadas na próxima etapa do trabalho, que fornecerá o número consolidado do índice. "Não é que não haja desmatamento nos dois Estados", explica o analista Dalton Valeriano, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). "Como precisávamos de uma estimativa robusta, nos concentramos nas mais de cem imagens críticas e deixamos de lado Roraima e Amapá." A metodologia utilizada pelo Inpe para gerar os dados preliminares é baseada em imagens das áreas críticas de desmatamento, que cobriram nesse período 93% da Amazônia Legal, e demonstra apenas os locais onde houve o chamado "corte raso", ou seja, a retirada total de cobertura vegetal.

Contudo, antes do corte raso, é prática na Amazônia a ação de madeireiros que derrubam apenas as árvores com valor econômico, deixando o resto para trás. Esse tipo de desmatamento não provoca uma mudança facilmente visível na cobertura vegetal e não engrossa os dados usados pelo governo. "O Inpe considera desmatamento a retirada total da mata. Há um tipo mais sutil, que rareia a floresta e a deixa suscetível à ação de grileiros, que se seguem aos madeireiros", explica o analista ambiental Judicael Clevelario Junior, da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dados divulgados pelo instituto na semana passada indicam que quatro Estados do norte amazônico - Amazonas, Pará, Roraima e Amapá - podem formar um "novo arco do desmatamento" movido pelos madeireiros, segundo a análise de impressões passadas por órgãos oficiais de 27 municípios. "Essa nova frente de retirada de árvores não é clara o suficiente para formar uma mancha, dando um aviso (ao Inpe), mas é bom dar ouvidos ao que está acontecendo ali", afirma Clevelario.

Para Carlos Souza Junior, secretário-executivo do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a análise feita pelo IBGE é "interessante" como radiografia da Amazônia. "É outro indicador de áreas vulneráveis, bastante útil para mapear os locais que correm mais risco de alteração." O Imazon tem tentado monitorar não apenas o corte raso, mas outras variáveis que influenciam a derrubada de árvores, como a atuação de madeireiros, grileiros e setor agropecuário. Uma análise do instituto demonstra que mais da metade da Amazônia (53%) apresenta sinais de pressão econômica, de acordo com dados recolhidos até 2002.

PLANOS
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou ontem a reconhecer a gravidade da situação. "(A taxa de desmatamento)É um número inaceitável, para o governo e para todos os cidadãos deste país", disse durante participação na Semana da Mata Atlântica, em Campos do Jordão. Não se tratou, entretanto, de um mea-culpa. Marina, ex-seringueira da Amazônia, relacionou uma série de medidas adotadas pelo governo, apontou a redução no ritmo de crescimento do desmatamento e disse que "é impossível reverter um processo de séculos em apenas dois anos".

Pelo lado positivo, observou a ministra, a taxa de aumento anual - que era de 27% no período 2001-2002, herdada pela pasta no primeiro ano do governo - caiu para 6% no período 2003-2004, apesar do aumento na taxa de crescimento econômico, de 1% para 5%, que pôs ainda mais pressão sobre a floresta. "Claro que a sociedade não vai comemorar desmatamento evitado, mas aconteceu." Ela citou a criação de 7,7 milhões de hectares em unidades de conservação em pontos estratégicos da Amazônia - "verdadeiras muralhas verdes frente a essa devastação", segundo a ministra.

As principais medidas de proteção - contidas no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia - terão seus efeitos sentidos nos próximos anos, segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas do ministério, João Paulo Capobianco. São mudanças estruturais, como o ordenamento territorial da região para combater a grilagem. "São medidas que requerem um tempo de maturação." Os dados divulgados esta semana vão até agosto de 2004, cinco meses após o lançamento do plano. A expectativa do ministério é de que o desmatamento caia em 2005.

O coordenador de ações na Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, contestou a justificativa: "Acontece que 70% do desmatamento registrado entre 2003 e 2004 ocorreu entre maio e julho, quando o grupo interministerial criado para cuidar do problema já estava trabalhando." Anunciado com pompa em março de 2004, o grupo interministerial é liderado pelo chefe da Casa Civil, José Dirceu. "Logo no lançamento, ele afirmou que as primeiras atividades do grupo começariam em abril", recorda Adário. "Mas não foi bem assim."? Colaborou: Lígia Formenti

Fonte: O Estado de S. Paulo

REVÉS POLÍTICO

Recorde de desmatamento leva PV a deixar base

Isabel Braga

No rastro da desarticulação da base e da conseqüente ameaça de instalação de uma CPI, o governo sofreu ontem mais um revés: a bancada do PV formalizou sua saída da base. A bancada já vinha votando contra a orientação do governo, mas alega que o que deflagrou a decisão foi a divulgação do índice oficial de desmatamento na Amazônia entre agosto de 2003 e agosto de 2004, o segundo maior da História.

— Não foi uma gota d’água. Foi um oceano, foram os 26.130 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia e todo o retrocesso na política ambiental — disse o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).

O PV é o terceiro partido de esquerda, depois de PDT e PPS, a retirar o apoio formal ao governo, optando pela posição de independência. Os sete deputados do PV assinaram nota afirmando que por 28 meses colaboraram com o governo à espera do cumprimento do programa ambiental, o que não ocorreu. Eles listam como fatores do rompimento a liberação da importação de pneus usados, a legalização dos transgênicos, o projeto de transposição do Rio São Francisco, a política industrial equivocada no Pantanal e a ausência de uma política indigenista. Os deputados também acusaram o governo de desprezar a colaboração da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

— É uma posição de reforço à ministra Marina, que está completamente isolada, e um protesto pela forma como a política ambiental está sendo escanteada no governo Lula — disse Edson Duarte (PV-BA).

Os verdes deixaram claro que querem ter liberdade de apoiar iniciativas como a CPI dos Correios. O líder do PV, deputado Marcelo Ortiz (SP), disse não ver problemas em relação à situação do ministro Gilberto Gil (Cultura) porque se trata de uma escolha de Lula e não de uma indicação do PV. Ortiz frisou que é uma decisão da bancada e que a executiva do partido se reúne amanhã para discutir o afastamento.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 19 de maio de 2005

DIVERSÃO

Aqui estão três indicações de vídeos que circulam na internet e que compartilho com os leitores. Para assistir, basta clicar em:

O bêbado

O velhinho

Sanduiche-iche

TOPÔNIMOS ACREANOS

Vamos começar pela etimologia ou origem do vocábulo topônimo. Topônimo é mais uma palavra de origem grega. Topos=lugar+Ónoma=nome. Ou seja uma palavra que denomina um lugar. O Brasil é pleno de topônimos oriundos da Língua Geral -Tupi/Guarani – Nheengatu. Lembrança da língua falada em nosso País antes da imposição do Português por ordem do Pombal. A Língua Geral era falada ao longo do litoral brasileiro e adentrava pela calha do Rio Amazonas, atingindo as cabeceiras do Rio Negro. Em 1759 Pombal empombou com os Jesuítas expulsando-os do Brasil. Além disso, o empombado Pombal fechou as escolas e proibiu o uso do Tupi/Guarani como língua geral. Mas os nomes de lugar sobreviveram até os dias de hoje.

Os exemplos estão por toda a parte. Ubatuba (Ubá+tuba) no litoral de São Paulo, pode ser traduzido como local de muitas ubás (canoas) ou porto. Pois tuba ou tiba sempre significa quantidade-muito. Da mesma forma Araçatuba (Araça+tuba), significa local de muito araçá. De outro modo, Curitiba (Curi+tiba) significa local de muitos pinheiros. Caraguatatuba/Caraguata+tuba=região de muito caraguatá-espécie de bromélia

O litoral de Santa Catarina é um nhenhenhe só: Camboriú, Itajaí, Itapema, Anhatomirim, Cambirela, Itapirubá, Garopaba, Ibiraquera, Itapoá, etc...

E no Acre, qual o significado dos nomes dos nossos rios, cidades, localidades etc. O Acre deve ter sido uma encruzilhada de línguas. Qual a língua a ser pesquisada? Os troncos maiores são o Aruaque e o Pano. Certamente com alguma influência Tupi/Guarani, Aimará e Quéchua (este último falado pelos Incas). Já desafiei a Dra. Luisa Lessa, para lançar luz sobre a toponímia acreana.

Sem ser um especialista e sem formação etimológica, tento esclarecer alguma coisa. Por exemplo Rio Iaco. Qual o significado do hidrônimo Iaco? A descoberta aconteceu na localidade de Águas Calientes, na base do Machu Pichu (Peru). Na rua principal, no acesso à fonte de águas termais, existe um bar/restaurante com o sugestivo nome Iaco. Estávamos na terra do idioma Quéchua. Mais tarde em Cusco tive acesso a um dicionário Espanhol/Quéchua. Lá estava, claro e cristalino, Iaco significa água. E assim temos outros rios acreanos Ex: Tamboriaco e Shamboiaco. Já sabemos o que significa o sufixo iaco, necessitamos agora descobrir o significado da composição Tambor+iaco e Shambo+iaco..

As fontes podem estar fora das nossas fronteiras. O vocábulo Manu também significa rio. Na Bolívia temos os rios Manuripi = rio pequeno. E o significado de Karamanu, Tahuamanu, Chipamanu ? Mais uma vez temos o sufixo (manu) e nos faltam os prefixos.

Chandless em seus escritos diz que o Rio Aquiry ou Acre, se chamaria Macarinara. Uma fonte boliviana nos remete para a língua “araona” variando então para Magarinarrán - rio das flechas ou rio com canarana boa pra fazer haste de flechas.

E qual o significado de Jurupari, Iquiri, Quinari, Bujari, Xapuri, Antimari, Iquiri ? Mais uma vez temos vários vocábulos com o mesmo sufixo. Ex: Quina+ri, Xapu+ri, Buja+ri. Qual o significado de ri. Qual língua indígena atual pode nos auxiliar? E os outros rios acreanos. Qual o real significado de Purus, Juruá, Tarauacá, Macauã, Moa, Acuriá, Icuriã, Caeté, Tauari, Embira, Muru, Chachavacaia, Croa, Abunã, Rapirã e Capanáua?

Por último, mas não menos importante. Desejo lançar um desafio ao Prefeito eleito do Município de Senador Guiomar. Prefeito - peço que inicie um movimento, com plebiscito, se necessário, para a volta do nome Quinari. Nada contra o nome do ex-senador e ex-governador Guiomard Santos. Prefiro o antigo e primitivo nome de Quinari. Como também prefiro Japiim como denominação da cidade de Mancio Lima.

"SUB CENSURA"

Márcio Thomaz Bastos

Ainda que o conflito de valores seja natural à democracia, nossa Constituição federal é muito clara ao repudiar a censura. Nos últimos dias, os brasileiros foram de alguma forma afetados por duas decisões judiciais em que seu direito à informação foi desproporcionalmente sacrificado, a pretexto de se proteger a imagem e a honra das pessoas.

Nossa Constituição federal, por ter sido redigida logo após a saída de um período autoritário, foi ampla e taxativa ao enunciar os direitos fundamentais que devem merecer especial proteção em nosso Estado de Direito.

O artigo 5.º assegurou a livre manifestação do pensamento e o amplo acesso à informação, mas também garantiu a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas, o direito de resposta e a indenização por danos decorrentes do exercício abusivo do direito, desde que proporcionais ao agravo sofrido pelo lesado.

A liberdade de expressão é uma das primeiras e mais fundamentais conquistas em face do absolutismo monárquico. Desde Baruch de Espinoza - que reclamava fosse respeitada a liberdade de "cada um pensar o que quiser, e de dizer aquilo que pensar" - pensadores, políticos e artistas já pugnavam pela possibilidade de se exprimirem sem censura. Foi apenas durante as revoluções liberais, contudo, que tal direito foi reconhecido e garantido àqueles que quiserem manifestar com liberdade suas opiniões, inclusive contra o Estado.

Durante o século 20, os textos normativos, das Constituições às declarações de direitos, passaram a se preocupar também com o direito à informação. A proteção ao emissor e às idéias foi estendida aos destinatários das mensagens livremente expressas. O Estado de Bem-Estar Social ampliou sua tutela sobre a comunicação: além de se garantir a livre circulação de informações, buscou-se assegurar que as de interesse público alcançassem os seus destinatários de forma plural, com conteúdo verossímil e verificável.

A plena vigência do regime democrático depende diretamente destas duas garantias: por um lado, a liberdade de expressão, para que nenhuma espécie de arbítrio ou domínio se imponha sobre aqueles que queiram exprimir suas idéias; por outro, o livre acesso às informações, para que a sociedade possa opinar e participar do processo decisório com diferentes fontes de informação que assegurem uma ampla visão dos complexos problemas da sociedade contemporânea.

A liberdade de expressão pode, no entanto, dar ensejo a abusos. No Estado de Direito, o único Poder da República que pode interpretar determinada notícia como abuso ao direito da inviolabilidade da imagem, da honra, da dignidade ou da privacidade e determinar uma correção ou reparação, normalmente a posteriori, é o Judiciário.

No entanto, as decisões judiciais sobre as informações contidas na última obra do jornalista Fernando Moraes e no noticiário sobre a recente crise política do Estado de Rondônia foram tomadas a priori, restringindo o direito do cidadão à informação.

Em minha opinião pessoal, "sub censura", não deveria ter sido esta a decisão dos magistrados, nada obstante a retirada da ação por parte dos deputados de Rondônia. A melhor interpretação constitucional indica que eventuais abusos ocorridos nesses casos poderiam ser coibidos, mas apenas a posteriori. O bem maior a ser protegido nesses casos é claramente o acesso à informação.

O que não se pode admitir é o cerceamento prévio do direito à informação, que protege o interesse da sociedade de receber notícias objetivas, verdadeiras, pluralistas e completas, especialmente sobre assuntos de interesse público, que exigem total transparência. Esse é, com o desenvolvimento de novas tecnologias e na sociedade de massa, o sentido preponderante da evolução da idéia de liberdade de expressão.

Nos casos concretos, tanto no livro Na Cova dos Leões, de Fernando Moraes, quanto na reportagem da TV Globo sobre os escândalos políticos dos deputados de Rondônia, o bem maior a ser protegido é o da informação sobre fatos públicos, sobre nossa História e nossa vida política. Nunca estará afastada a possibilidade de aqueles que se sentirem ofendidos pelas informações veiculadas recorrerem ao Poder Judiciário para pleitearem reparações ou correções. O que nos deve preocupar nesses dois casos é a sombra da censura, que, pairando sobre o Brasil, empobrece a nossa capacidade crítica, macula a República e afronta o Estado de Direito.

Márcio Thomaz Bastos, advogado criminalista, é ministro de Estado da Justiça

Fonte: O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 18 de maio de 2005

RONDÔNIA

A imprensa do Acre tem comido mosca na cobertura dos distúrbios decorrentes da crise política em Rondônia. Nenhum veículo de comunicação demonstrou sensibilidade em deslocar uma equipe para Porto Velho.

O jeito é a gente se valer do site Rondoniagora. Ele informa que o governador de Rondônia, Ivo Cassol (PSDB), pediu a renúncia coletiva dos três senadores (Valdir Raupp, Fátima Cleide e Amir Lando), 24 deputados estaduais e oito deputados federais.

Cassol disse que também renunciaria ao cargo e a Justiça Eleitoral teria condições de convocar novas eleições no Estado.

Do contrário, o chefe do Executivo permanece no cargo e joga para a mídia nacional mais fitas comprometedoras a respeito dos parlamentares estaduais cobrando “propina” em sua residência.

Cassol também criticou a participação de senadores rondonienses na Comissão Externa do Senado.

Os senadores Romeu Tuma (PFL-SP), Aloísio Mercadante (PT-SP) e Tião Viana (PT-AC) exigiram ontem a intervenção federal em Rondônia, após as denúncias exibidas no programa Fantástico e da violenta reação de estudantes em Porto Velho.

Tião Viana, vice-presidente do Senado, foi mais além no seu pronunciamento. Para ele, é preciso haver nova eleição em Rondônia porque o caos tomou conta da instituições democráticas.

Por outro lado, os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Fátima Cleide (PT-RO) acreditam que uma Comissão Externa, formada por parlamentares de outros estados, poderia desembarcar em Rondônia e fazer uma ampla investigação sobre as denúncias do Governo e da Assembléia Legislativa. A comissão já foi formada.

terça-feira, 17 de maio de 2005

FOGO AMIGO


O geógrafo e presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Aziz Ab'Saber, critica duramente, em entrevista exclusiva ao site da Rede de Informações para o Terceiro Setor, a atual política ambiental e explica por que a proposta governamental de gestão privada de florestas públicas tem sido tão questionada.

Ab'Saber afirma que o governo, em todos os níveis, não sabe o que é uma exploração auto-sustentável e que o Ministério do Meio Ambiente erra muito. Confira uma das opiniões dele:

- O Ministério do Meio Ambiente tem errado em tudo. Ou em quase tudo. Lá dentro há algumas pessoas que eram de ONGs e que assumiram, junto com a Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente e também oriunda de movimentos sociais], uma posição governamental absurda, com muita ignorância, com muito desconhecimento. É um absurdo que pessoas que não conhecem nada de economia ecologicamente auto-sustentada digam que, desde que sigam uma exploração auto-sustentada, poderá haver concessões a ONGs ou aluguéis das flonas. Eles nem sabem o que é isso: explorações auto-sustentadas. Se o ministério não sabe o que é uma economia ecologicamente auto-sustentada, não tem experiência disso. Uma das pessoas que estão junto da Marina, quando perguntado em um programa de televisão – de público, portanto – se conhecia a Amazônia, disse: “Já fui ao Amapá”. Portanto como querem exigir uma coisa que não conhecem?

QUERO O QUINARI DE VOLTA!

Oi, Altino:

Vou fazer uma sugestão para o teu blog: iniciar uma campanha para devolver o nome Quinari para a atual cidade de Senador Guiomard.

Sempre tive vontade de escrever ao prefeito, mas nunca o fiz. Parece-me que o Celso Ribeiro é sensível a essa mudança.

Na minha última estada no Acre, passei em Senador Guiomard e lá estava um "outdoor" da Prefeitura do Quinari. Fotografei, mas como a minha máquina é das antigas, ainda não revelei.

Vejo que muitos falam "vou pro Quinari" ou "estrada do Quinari". Lance a idéia no blog para ver a repercussão disso.

Não sei onde andava o então governador Geraldo Mesquita quando mudou o Quinari para Senador Guiomard. Também fez o mesmo com o Japiim, cujo nome foi mudado para Mâncio Lima.

Nada contra o senador José Guiomard dos Santos e o “amansador” dos índios poyanáuas, o coronel Mâncio Lima, mas ambos já estão devidamente homenageados com nome de conjunto habitacional, bairros, ruas e bustos.

Porto Walter, que ninguém sabe quem foi o Walter, continuou com o nome tradicional, assim como Foz do Jordão, Santa Rosa e Bujari.

Sugira ao prefeito Celso Ribeiro um plebiscito. Irei ao Acre defender o Quinari.

Quero o Quinari de volta!

Um abraço, Alceu Ranzi.

Nota do blogueiro: Caro Alceu, a campanha está lançada por você. Além de ser sonoro e fácil de pronunciar, o nome não caiu no esquecimento popular. Mas até hoje não encontrei quem fosse capaz de revelar o significado de Quinari. Algum leitor sabe? Procurei em vão no Aurélio e no Houaiss, embora o Google registre a ocorrência de 1.050 páginas na web com o nome Quinari. Existe até o site de uma empresa chamada Quinarí (sic) Essence House. Até o domínio quinari.com já está registrado. Bem que a imprensa poderia repercutir a sua sugestão, pois ela induz ao debate sobre as nossas origens.

segunda-feira, 16 de maio de 2005

NOTÍCIA DA HORA

A Positivo Informática lançou o novo dicionário Aurélio versão 5.0. Ele é baseado na edição impressa do Novo Dicionário Aurélio, publicado pela Editora Positivo.

São mais de 435 mil verbetes na memória que facilitarão a vida de pessoas que lidam com textos. Quem quiser saber mais a respeito da obra deve clicar em Conteúdo de CD_ROM do "Novo Aurélio" é igual ao antigo.

O dicionário custa R$ 79,90. Agora, uma dica que não custa nada aos leitores do blog: alguém comprou o dicionário e está cedendo a cópia na web.

É possível fazer o download do dicionário gratuitamente. Basta clicar em
Novo Aurélio.

Essa dica foi repassada primeiramente ao Roberto Vaz, do site Notícias da Hora, com a sugestão de que instale o dicionário em todos os terminais da redação. Vaz reagiu bem:

- Valeu pela dica. Grato.

domingo, 15 de maio de 2005

MARINA

Moisés Diniz*

Não seremos livres enquanto o eco de nossa voz brotar do preconceito. Os povos indígenas, os negros, as mulheres e até as minorias sexuais conquistaram solidariedade para o seu abandono e a sua luta. Todavia, os pobres continuam num maldito isolamento de classe. Expropriados, a sós, seviciados pela fome, abandonados e cuspidos, cotidianamente, pela avassaladora indiferença das elites. Aos pobres nenhuma solidariedade, apenas preconceito e mais preconceito. De nossa parte, que dizemos estar comprometidos com eles, nos denunciam concepções preconceituosas que herdamos do cativeiro. Quereis um exemplo?

Antes trarei um do mundo dos mortos. Lá, dentre os vários castigos infernais, há uma seção onde as almas apenadas ficam submersas num lago de larvas incandescentes e apodrecidas. Naquele terrível suplício, os pecadores tentam colocar o rosto de fora para respirar. Quando assim tentam, uma lâmina de aço, fria e cortante, passa rente à superfície, obrigando-os a voltar às profundezas apodrecidas do lago. Entre perder o pescoço ou suportar a podridão, eles optam pela última. Assim ocorre, no nosso tempo, com os pobres que ousam derrotar o anonimato de sua classe e colocar os pés onde só as elites trafegam. Um pobre que ouse fazer isso sofre a mais brutal interdição! Das elites não esperamos diferente. O que nos desanima é ver a lâmina do preconceito, pior que no mundo dos mortos, repousando nas mãos dos pobres e sendo utilizada contra eles mesmos.

Esta lâmina domina o nosso tempo como uma doença contagiosa e mortal. Eis o exemplo! Uma menina de seringal, negra, pobre e analfabeta, se por intervenção de Deus ou dos homens, rompeu o isolamento de sua classe e fez-se senadora da República. Do acreano mais reacionário ao Boris Casoy, ela sofre achincalhe. Falsa seringueira! Senadora das ONGs! Negrinha! Senadora que boicotava as BRs. Ministra que não trouxe dinheiro para o Acre e, por cima, fica atrapalhando o Lula e o seu desenvolvimentismo! Marina atrapalha, Palloci ajuda! Esse é o discurso dos novos jagunços, que usam paletó, caminhonetes e perfume francês! Nunca veio dessa gente um elogio, um reconhecimento. Quero abrir este tema opinando sobre a nossa própria concepção e reação. A reação dos pobres sobre o achincalhe que sofre uma representante de sua própria classe, uma classe expropriada nos seus direitos mais elementares. Que fazem os pobres, que fazemos nós, para romper a barreira do preconceito? Será que não temos o direito de tocar a luz e a magia do poder que protege as elites? Será que a Marina é essa mulher má, inimiga do desenvolvimento? Será que nós, filhos também da classe expropriada, não temos a capacidade de perceber o que querem os velhos donos do Acre, quando achincalham e agridem a senadora e ministra Marina? Até quando os pobres alimentarão o seu tempo com a versão daqueles que os massacram? Talvez porque, dentre os que estão lendo este ensaio, poucos se considerem filhos dessa classe, a classe que envergonha!

O preconceito brota no cotidiano, invisível, intransigente e, às vezes, doce. Diálogos de orgulho e diálogos de vergonha. Diálogos para descobrir as origens e a importância ou a insignificância: - Quem é o seu pai? - É o Dr. Exmo. Sr! - Ah, eu conheço, gente boa, homem de trabalho! - E o seu? - É o Pedro Augustinho de Souza! O diálogo morre ali, onde nasce a vergonha de perguntar quem é mesmo Pedro Augustinho de Souza! Eu, pessoalmente, passei, várias vezes, por esse constrangimento. Meus interlocutores não sabiam quem era o meu pai. Aqueles momentos alimentavam o meu preconceito contra mim mesmo, minhas origens e a minha classe. Descobri, mais tarde, que, ao envergonhar-me das minhas origens, eu estava afrontando uma história milenar, construída no confronto mortal de meus ancestrais com o anonimato e a exclusão.

Utilizo esta pequenina cena de uma tragédia cotidiana para perguntar: Marina, quem é o teu pai? Um homem do povo, analfabeto, como a sua filha até os 16 anos, mãos calejadas, frágeis, embora rústicas, suportando o peso da busca do alimento diário, na floresta e nos rios, esta riqueza indomável que a nobre senadora e ministra luta para preservar e distribuir entre os filhos da sua classe. Filho também da classe expropriada, Pedro Augustinho de Souza, varava as noites e as madrugadas, enfrentando cobra grande e poraquês, "atrás" da sobrevivência e do sonho que ilumina a penumbra e a solidão dos seringais amazônicos. Às jaçanãs, tapiris, remansos e embaúbas "seu" Augustinho sonhava: "Minha filha vai ser doutora!" Enfrentando e destruindo o preconceito, tornou-se senadora.

Nada mais que isto, cidadão! Marina ergueu-se, como uma árvore teimosa que não aceitou viver submersa nas águas do rio. É o exemplo para os seus irmãos que amargam no anonimato das periferias e do preconceito. Tantos outros a seguem! Alguns, feitos cotia acuada sob a lanterna do caçador, perderam a vida para o preconceito. Este, doce como veneno e vinho, fez-se pólvora, chumbo e bala nas mãos de um jagunço sem alma. Marina venceu mais de um preconceito: mulher, negra, analfabeta, extrativista, pobre e de esquerda. Restou-lhe a fé que, como uma tempestade, impôs ao preconceito derrota colossal.

Ensaiei, aqui, meu desejo de mudar o mundo, que vislumbro nas mãos de Marina. Um camponês dirigindo a nação, um operário, um negro, um índio, uma mulher. Não foi uma opinião de partido, de política, de eleição, constitui-se num tributo pessoal às minhas próprias origens. Marina simboliza, como marca ardente na pele do gado e na insensibilidade das elites, a ressurreição que não necessita de morte. É possível não morrer, não ajoelhar-se à indignidade do anonimato que exclui, derrotar o preconceito, manter-se limpo, não envergonhar-se das origens. Marina desobedeceu a regra do silêncio e da submissão e, por conta da ousadia, recebe das elites, como uma sentença divina, a condenação: "por tua desobediência, teu marido te subjugará e teu parto será em dor!" E, como ninguém reage, qualquer jagunço social pode afirmar: "teu marido é o capital, se ele não pode te subjugar, encontrará um meio de te difamar"!

* Moisés Diniz, deputado estadual (PCdoB-AC), é dono do blog Deputado Aprendiz

Fonte: A Gazeta

sábado, 14 de maio de 2005

IANE


Registre-se mais uma vez o quanto te amo.

sexta-feira, 13 de maio de 2005

VAZ FALA DO "ERROS DA HORA"


Erros nossos de cada dia
Extraído da coluna do Roberto Vaz

Todos os grandes e pequenos jornais do mundo primam pelos furos jornalísticos. Eles, ao contrário dos sites on-line, que precisam ser ágeis para informar ao mundo sobre grandes acontecimentos, têm tempo de sobra para corrigir seus conteúdos. Mesmo assim erram. Tanto que, em suas edições seguintes, é comum a expressão "ERRATA", onde é feito um pedido de desculpa. No nosso caso em especial, que produzimos um simples site de conteúdo para deixar as pessoas informadas sobre os acontecimentos do nosso estado e região, tentamos com uma humilde e aguerrida equipe errar pouco. Mas acabamos errando mais do que deveríamos. Muitas vezes pela pressa, outras por desatenção. Mas nunca com a intenção de provocar a ira daqueles que não conseguem conviver com o sucesso das outras pessoas. Mas nossos erros são poucos em comparação à importância da liberdade que temos para dizer o que muitos sábios não podem. De uma coisa tenho certeza: é muito bom errar quando se tem a certeza de que acertamos ao abrir um espaço livre, sem tendência e sem a censura que muitos dela tira proveito.

Nota do blogueiro: Caro Vaz, você menciona "sites on-line", mas saiba que não existe site off-line. Certamente você se referia aos sites de notícias em tempo real, mas faltou a expressão correta, né? Claro que todos erramos, mas jamais alguém viu o "Notícias da Hora", ops!, "Erros da Hora", publicar uma errata ou reconhecer uma deformidade ética. Lembra da reportagem que a Terezinha Moreira copiou do jornal Amazonas em Tempo e publicou assinada com o nome dela? Essa conversa de que trabalha com uma equipe "humilde e aguerrida" soa piegas. O site é um veículo que lida com um produto precioso, a informação, e por isso tem o dever de elaborá-la de modo competente. Isso deve ser feito em respeito aos leitores e aos patrocinadores de sua iniciativa. Inveja do seu sucesso? Sem comentário. Realmente não uso a liberdade para escrever o que você escreve. Modéstia à parte, julgo isso uma atitude sábia. Censura de que muitos dela tira (sic) proveito? A regência correta é "tiram proveito", sacou? Fica para mais adiante os detalhes da história dos donos de veículos de comunicação que chantageiam governadores de plantão. Vamos esperar o "erramos" do site. Sem ele, a vida seria menos divertida tendo você como showman.


Roberto Vaz responde:

Caro Altino,

Acho que cumprimos papel fundamental na área de comunicação. Você faz aquilo que o Acre precisa: o crítico. Acho válido, mas acho que poderia ser de uma forma menos agressiva. Sabe você que não é fácil fazer imprensa no Acre. Esbarramos sempre em problemas que não podemos vencer.

Quando não falávamos em Esquadrão da Morte era porque temíamos por nossas vidas; quando nos ligamos a grupos políticos é porque precisamos manter nossas empresas vivas e quando não avançamos é porque não temos consumo e o comércio não se dispõe a anunciar. Essa discussão sobre o posicionamento e erros da imprensa é tão velha quanto a história da Branca de Neve.

Respeito muito o seu talento, admiro os assuntos que discute no blog e acho que a bola da vez não é o nosso site. Tem órgão que erra muito mais. Gostaria de ter a tua colaboração para errarmos menos e, juntos, poderíamos contribuir muito mais para o engrandecimento do nosso Acre.

Este nosso começo tem sido difícil e ainda estamos ajustando tudo, o que não justifica os erros. Mas posso te assegurar que não é fácil produzir, reescrever (colar, como você mesmo diz), buscar informações novas com apenas 5 pessoas. E sobre o fato da Terezinha, confesso não ter sido orientação minha para assim produzir. Estou querendo melhorar e como você é da área, poderia passar em nossa redação (6 de agosto, por trás do mercado) para um café e algumas sugestões.

Desculpe pelos erros!

Um abraço,

Roberto Vaz

Nota do blogueiro:Reconheço que você não tem a intenção de errar e depende de outras pessoas. A sua manifestação contribui para superar a preocupação que compartilhamos. Vou passar aí pra gente tomar um café, sim.

SOBRA ENERGIA, FALTA FIO

Embora haja sobra de energia elétrica no Acre, atualmente é quase impossível alguém obter da Eletroacre uma nova ligação bifásica ou trifásica.

Há mais de um ano a empresa não dispõe dos cabos que são usados para conectar a rede de energia elétrica ao medidor de consumo do cliente.

A Eletroacre enfrenta dificuldades por causa de um conturbado processo licitatório de compra dos cabos.

Antigos fornecedores preferem entregar o produto, em maior quantidade e com melhor preço, para empresas maiores.

Portanto, quem quiser mesmo ter energia em casa ou numa empresa, deve comprar os cabos e exigir o ressarcimento à Eletroacre. Essa é a recomendação da própria empresa aos clientes.

quinta-feira, 12 de maio de 2005

EXTRA!

Um sinegrafista amador, supostamente do çaite Erros da Hora, surtou com síndrome do pânico quando discaregava imajens que captou dos estudantes durante o demoronamento da Unimorte. Ele fragou assidentalmente o instante no qual o Maníaco da Cadeira, que era acusado pela diressão de ter cauzado o pânico, arrebolou a cadeira dele e saltou de facada do terceiro andar. As imagens esclusivas são xocantes. Para ver a secuência trájica, clique em Tibungo na Unimorte.

TEORIA DO CAOS


A turma do Videoblog fez uma descoberta: foi o “Maníaco da Cadeira” o responsável pelo pânico que tomou conta da Uninorte na noite de ontem.

Segundo a turma, o “Maníaco da Cadeira” é revoltado porque é um sujeito bastante obeso, que nunca encontrou cadeiras apropriadas para sentar. Os blogstar dizem:

- Ninguém viu seu rosto. Ninguém conseguiu identificá-lo. Ninguém foi agredido por ele. E mesmo assim, ele conseguiu causar um tumulto absurdo que causou prejuízos, destruição e medo. Este vilão é realmente intrigante, alguém que se diferencia de outros vilões de histórias de terror. Seu dom é aterrorizar as pessoas, que, assustadas, acabam se ferindo e ferindo à outros indivíduos.

O Videoblog é uma criação dos blogstars Thiago F. (19 anos, drogado e prostituído), Punk (20 anos, pai de 6 filhos), Chico Mouse (20 anos, aspirante à astro do rock) e Cidão (15 anos, tricolor (rj), sedentário e fã de emocore).

Como os blogstars acreanos escrevem melhor e são mais criativos do que 99,99% dos jornalistas daqui, o site passa a merecer aqui uma indicação permanente. Divirta-se clicando em Videoblog.

E quem quiser saber a respeito da teoria do caos leia Estranha ordem na casa bagunçada, do meu amigo paulistano Walter Falceta Jr. O bater de asas de uma borboleta na Ásia, segundo uma fórmula-provérbio, pode determinar ou impedir a ocorrência de uma terrível tempestade nos Estados Unidos.

quarta-feira, 11 de maio de 2005

BARRIGA DO VAZ "DEMORONA"


"Demorone" de rir clicando sobre a imagem
Não "demoronou" nada. Acontece que o prédio da Uninorte, que não é confiável porque o teto de um bloco já desmoronou antes, teria balançado por causa da brisa e do sereno.

Os estudantes entraram em pânico e tentaram escapar do prédio, que não dispõe sequer de saídas de emergência. Alguns foram pisoteados e tiveram pernas e braços quebrados. No desespero, teve estudante que chegou a saltar do terceiro andar.

Existe uma versão segundo a qual tudo começou quando um estudante, durante o vento e a chuva, arrastou uma cadeira e gritou que o prédio estava desabando.

Mas a verdade é que o prédio da Uninorte é realmente precário e inseguro. Apesar dos alertas dos estudantes, ninguém toma providência.

É um caso vergonhoso para o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, Ministério Público Estadual, Polícia Civil e direção da Uninorte, além de expor a incompetência dos “jornalistas” do site “Erros da Hora”.

Barriga é gíria de jornalista que significa divulgar notícia falsa. O site "Erros da Hora", que pertence ao radialista Roberto Vaz, erra até o nome do próprio site. Faltou grifo na imagem acima.

TÃO ACRE

A conta de luz de minha casa saltou da média de R$ 200,00 para R$ 910,10. Tomei um susto e telefonei para o atendimento da Eletroacre. Perguntaram qual era o número da minha unidade consumidora e mandaram que copiasse os números do medidor.

-Senhor, o valor da conta está correto – disse a mulher com voz de caveira ao analisar a leitura do medidor.

Compareci à Eletroacre no dia seguinte e pedi que fosse realizada uma verificação de consumo, que ocorreu ontem, depois de quase 15 dias de reiterados apelos ao telefone.

O funcionário que apareceu aqui disse que teria havido um erro porque o consumo de energia de uma vizinha foi agregado à minha conta. Disse, ainda, que terei que voltar ao atendimento da empresa e foi embora sem deixar registro da verificação.

Outra: por alguma razão que desconheço a senha de internet para acessar minha conta no Banco do Brasil foi bloqueada. Liguei para o 0800 e disseram que eu mesmo poderia desbloqueá-la em qualquer caixa de auto-atendimento.

Entrei na agência do banco no bairro do Bosque e pedi auxílio a uma daquelas mocinhas que parecem pilha Rayovac. Ela me indicou uma funcionária no andar de cima, com pose de rainha na poltrona, cercada por mais de 50 pessoas.

Consegui me aproximar dela para ouvir que o desbloqueio só poderia ser feito se apresentasse todos os meus documentos. Disse que não poderia desbloquear a senha porque eu não portava um comprovante de residência.

Falei com o gerente, o Mário, meu ex-professor de biologia no Colégio Acreano. E ele repetiu a mesma cantilena. Argumentei que o pessoal do 0800 do Banco do Brasil havia dito que eu poderia fazer sozinho o desbloqueio e que desejava apenas que me auxiliasse nisso.

Até o questionei com a hipótese de que a senha tivesse sido bloqueada enquanto estivesse em viagem noutro estado ou país.

- Nesse caso, outro gerente teria que telefonar para o gerente de sua agência, para que o mesmo fizesse o desbloqueio. O desbloqueio de senha só pode ser feito pela gerência, na própria agência do cliente.

Voltei ao caixa de auto-atendimento, selecionei “outras opções”, digitei 20, que é a opção para administrar senhas, em seguida fiz o desbloqueio.

Os funcionários do Banco do Brasil no Acre não sabem ainda que é assim que funciona.

terça-feira, 10 de maio de 2005

PAPO DE ÍNDIO

A coluna Papo de Índio, assinada aos domingos no Página 20 pelos antropólogos Terri Aquino e Marcelo Piedrafita Iglesias, tem um relato relevante da antropóloga Edilene Coffaci de Lima. Para lê-lo, clique em “Os impactos do asfaltamento da BR-364 na vida dos Katukina do rio Campinas”.

segunda-feira, 9 de maio de 2005

GUERRA MEDÍOCRE

A maioria dos jornalistas acreanos, liderada pelo sindicato da categoria, fez campanha pela criação de uma faculdade de comunicação na Universidade Federal do Acre.

Parece que os jornalistas não se consideravam jornalistas pelo fato de não possuírem diploma. Até tentaram se livrar do vestibular ao sugerir à reitoria que fossem reservadas vagas na faculdade para quem já exercia a profissão.

Atualmente, temos em Rio Branco três faculdades de comunicação, duas de jornalismo e uma de publicidade.

Existe agora uma guerra medíocre que envolve aqueles que já exercem a profissão, sem formação, e os que estão ralando para obter um canudinho.

Num evento recente, os estudantes disseram que metade dos jornalistas acreanos é incompetente e a outra metade desqualificada.

A situação vai se tornar mais grave do que eles imaginam porque os arremedos de faculdades começam a cuspir mais gente incompetente e desqualificada.

Tenho satisfação de ser jornalista autodidata, com registro profissional, de ter trabalhado na imprensa local, além de uma breve passagem de 10 anos como repórter de O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Jornal do Brasil.

Existem professores, jornalistas e leitores incompetentes e desqualificados, mas não dá para generalizar. Acho que as empresas de comunicação têm o direito de contratar quem elas quiserem, sejam formados ou não.

O Gean Cabral, que é estrábico, outro dia me fez o seguinte questionamento:

-Quem você contrataria? Uma telefonista gaga ou com algum problema de dicção, mas formada; ou outra, sem diploma, mas bastante experiente?

Numa entrevista que concedeu à revista Caros Amigos, em outubro do ano passado, o jornalista Ricardo Kotscho revelou:

-Eu queria, como todo moleque, ser jogador de futebol. Não deu certo. Aí, fiz uma brincadeira que o cara que não dá certo em nada na vida acaba sendo jornalista. E quando não sabe nem escrever nem fotografar vira chefe.

E Renato Pompeu completou:

-E se não sabe ser chefe vai ser professor.

-Professor de jornalismo... Bem completado - acrescentou Kotscho.

Quem quiser saber mais a respeito do que penso, deve clicar em Profissão: rerpórter. O debate também está posto no blog da professora de jornalismo Aleta Dreves.