sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

FUROS E EXPLICAÇÃO

Estava me sentindo durante a semana tal qual o dono do Espírito da Coisa: muito trabalho, compromissos, reuniões, planos, sonhos etc e tal, além, claro, de uma falsa pressa:

Mas aproveito para abrir dois furinhos:

1) O jornalista Antonio Alves, que passou um tempo se declarando ING (indivíduo não-governamental), está deixando a assessoria do prefeito Raimundo Angelim. Ele volta a integrar a equipe do Governo da Floresta com status de secretário, sala, equipe etc. Inicialmente, recusou o convite feito pessoalmente pelo governador Jorge Viana, mas não resistiu ao apelo do vice-governador e secretário de Educação Arnóbio Marques. Viana e vários integrantes do governo estão exultantes com a volta dele ao time. Quem quiser que tente entender o significado da volta de Toinho Alves à equipe de governo.

2) Jorge Viana conseguiu abrir um armistício entre o Comitê Chico Mendes e a família do seringueiro. Depois de vários anos em guerra, o Comitê Chico Mendes, Ilzamar e os filhos Elenira e Sandino passaram a somar esforços nesta semana de homenagens ao seringueiro. No próximo ano, o governo vai construir o Memorial Chico Mendes em Xapuri. O corpo do seringueiro, que foi assassinado com um tiro de espingarda no dia 22 de dezembro de 1988, será transladado do cemitério para uma cripta no memorial.

P.S.: Estive ausente dessa caverna (Ah! O Astronauta de Mármore voltou) porque andava na boa companhia do jornalista e escritor Luciano Martins Costa, que veio ao Acre como convidado do deputado Fernando Melo para uma palestra sobre Mídia e Segurança. Cerca de 150 pessoas prestigiaram o evento na terça-feira, mas havia apenas cinco jornalistas. A maioria preferiu o jantar organizado no dia da palestra pelo deputado Zico Bronzeado. Os fatos servem para medir o nível do jornalismo que praticamos no Acre.

Com a palavra, o assessor Antonio Alves:
"Altino, uma correção e uma explicação.
a) Terei sala, sim, mas não equipe nem status de secretário; serei um "assessor especial", que é uma categoria indefinida em gênero, número e grau, mas indefinida é toda a situação, até o dia 3 de abril, prazo da desincompatibilização para executivos que queiram concorrer a mandatos legislativos. Mas em matéria de indefinição, você sabe, sou Romário na pequena área.

b) Não me declarei ING por um tempo, essa é a minha condição permanente. Descobri que indivíduo não governamental não é aquele que está fora do governo, mas aquele que não tem o governo dentro de si. Meu espírito é livre. Considero parte do meu trabalho o esforço de libertar espíritos aprisionados a uma mentalidade governamental, estejamos, eles e eu, ou não, no governo. Mais explicações darei na segunda-feira, no meu blog, que continuarei publicando com a mesmíssima liberdade. Afinal, ouça quem tem oiças, é como o Mestre já disse: o vento sopra onde quer. Antonio Alves"

8 comentários:

Anônimo disse...

Altino, uma correção e uma explicação. a) Terei sala, sim, mas não equipe nem status de secretário; serei um "assessor especial", que é uma categoria indefinida em gênero, número e grau, mas indefinida é toda a situação, até o dia 3 de abril, prazo da desincompatibilização para executivos que queiram concorrer a mandatos legislativos. Mas em matéria de indefinição, você sabe, sou Romário na pequena área. b) Não me declarei ING por um tempo, essa é a minha condição permanente. Descobri que indivíduo não governamental não é aquele que está fora do governo, mas aquele que não tem o governo dentro de si. Meu espírito é livre. Considero parte do meu trabalho o esforço de libertar espíritos aprisionados a uma mentalidade governamental, estejamos, eles e eu, ou não, no governo. Mais explicações darei na segunda-feira, no meu blog, que continuarei publicando com a mesmíssima liberdade. Afinal, ouça quem tem oiças, é como o Mestre já disse: o vento sopra onde quer.

Anônimo disse...

Boas novas! Um cara como você Antônio, pode, no exato tom, sussurrar muitas "acertações" para os que têm escuta para isso. Use a gravata e não esqueça daquelas famosas sandálias!!!Sorte e dedicação!

Anônimo disse...

Toinho, o Aloisio Maia chamava de ii.

Anônimo disse...

Boa noticia e uma definiçao existencial salutar. Qto ao jogo de palavras sobre o governo dentro de si ou fora de si é puro capivarismo retorico, ou seja, mera frase de efeito: nao conta nada, ainda bem!Boa sorte, Antonio! nn

Anônimo disse...

Esse capivarismo retórico que você inventou agora, sim, é que é jogo de palavras, nn. Passei 4 anos na Prefeitura, mais 4 no governo, senti na alma a institucionalização do pensamento, vi o prejuízo que causou à minha escrita. Alguns sucumbiram, foram engolidas pela persona pública (a máscara grudou no rosto). Escapei pra contar a história. Sou ING, quero continuar sendo. E sei o que estou dizendo.

Anônimo disse...

não entendi o sentido literal de capivarismo, nem tampouco um "anarquista" no governo.

Anônimo disse...

Capivara, Laís, na definição do Aurélio, é o "jogador bisonho de xadrez". Assim, capivarismo é jogar mal, fazer os lances errados ou, no caso do capivarismo retórico, falar bobagens. Quanto a um "anarquista" no governo... bem, não sou anarquista mas acho que até os anarquistas tem o direito de trabalhar em algum lugar, no Estado ou numa fábrica, no balcão de uma loja, num jornal, sei lá. O importante é que ele e seus contratantes saibam quais são os produtos e os limites desse trabalho.

Anônimo disse...

Muito obrigada pelos esclarecimentos, quanto ao capivarismo, realmente não fazia idéia o que era isso !