Eu me surpreendo cada vez mais com o curso que as coisas estão tomando na nossa região. As revelações feitas por reportagens dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo são péssimos sinais de que não haverá final feliz na história da Amazônia.
Estudos sobre a floresta aumentam, e cientistas de fora do país produzem 63% dos trabalhos sem brasileiros na equipe. Confira em "Estrangeiro pesquisa mais na Amazônia".
De outro lado, um livro mostra que financiamento da pecuária na região foi milhares de vezes maior do que o do reflorestamento entre 1989 e 2002. O financiamento oficial para a pecuária bovina na Amazônia foi mais de 25 mil vezes maior do que para o reflorestamento entre 1989 e 2002.
E o Banco da Amazônia, dirigido pelo acreano Mâncio Lima, indicado pela força da política resultante da florestania, participa ativamente desse processo. Detalhes em "US$ 5,8 bi para devastar a Amazônia".
Agora não dá mais pra dizer que os governos do passado financiavam setores produtivos responsáveis pela devastação da Amazonia. O que resta é a possibilidade de mais promessas de que essa lógica bestial vai mudar.
As maiores taxas de crescimento da pecuária na Amazônia ocorreram em Rondônia (14% ao ano), Acre (12,6%/ano), Mato Grosso (8%/ano) e Pará (6%/ano).
São dados oficiais, mas existem pesquisadores que sustentam que as taxas são bem maiores. Gente que desenvolve pesquisa de campo na região, algo nada oficial, mas bem mais qualitativo que quantitativo.
Ainda bem que os estudiosos advertem que teremos, entre outros fatores, febre aftosa suficiente para afetar o futuro da pecuária na região.
Clique em "Pecuária na Amazônia: tendências e implicações para a conservação ambiental" para baixar o livro em formato PDF.
Salvem a Amazônia! Uni-vos!
Um comentário:
Concordo com o Dr. Carlos Nobre, do INPE, de que os artigos "não são secretos, estão na literatura aberta". Mas vale lembrar que estão grafados em Inglês, um idioma que a grande maioria dos estudantes das universidade amazônicas não domina. Opções: Traduzir os artigos para o Português ou melhorar o ensino do Inglês, como instrumento a ser usado na academia.
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