segunda-feira, 1 de agosto de 2005

JOSÉ ALTINO MACHADO


O barbudo da foto é José Altino Machado, que se tornou famoso ao liderar, nos anos 80, o exército de 40 mil garimpeiros que invadiu o território dos índios Yanomami na Amazônia.

Já foi acusado de usar suas propriedades e aviões particulares – bens acumulados na era da mineração – para ajudar fazendeiros e madeireiros a invadirem a Terra do Meio.


Porém, eu, José Altino da Cruz Machado, jornalista, inúmeras vezes tive que explicar que não tenho nada a ver com o polêmico garimpeiro.

A mesma coisa ocorria em relação ao escritor paulista José Altino Machado, ex-governador do extinto Território Federal do Acre e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, que inspirou meu pai a me registrar com esse nome que mais parece uma sentença poética.


Dia desses, encontrei no site do jornal Diário do Rio Doce, de Governador Valadares (MG), o artigo "Nos trigais do PT", assinado pelo José Altino Machado mineiro.

Aproveitei a oportunidade para enviar uma mensagem apresentando-me e contando sobre a quantidade de vezes que tive que explicar que não temos nenhum grau de parentesco. Ele respondeu assim:


- Meu caro homônimo Altino: realmente eu sou o José Altino que perambulou pela Amazônia junto aos garimpeiros. Hoje me encontro em Valadares futricando a politica de minha terra e fazendo raiva em muita gente. Já possuia fazenda por aqui e agora crio gado tabapoã e faço sempre uma das maiores plantações de milho do leste mineiro. Tudo isso para ocupar meu tempo e não voltar a atender o apelo da Amazônia me chamando. Cansado ainda não estou, mas descrente estou acima do limite. Desde as épocas garimpeiras já escrevia muito para os jornais da região amazônica e vez por outra para a Folha de São Paulo e Jornal do Brasil. Agora, só entre cercados da minha cidade. De vez em quando, no "Hoje em Dia", de Belo Horizonte. Também tenho feito palestras em universidade ou assembléias por todo o Brasil, para falar não dos paus ou das águas da Amazônia, mas sim da gente que a ocupa. Temos também em São Paulo um outro homônimo perfeito. Ele foi do Tribunal de Contas da Capital e também escritor, com diversos livros publicados. O que me deixa bem convencido que todos os José Altino's são apaixonados pela escrita. Agradeço ao seu gentil email e estou bem a sua disposição para o que quer que seja.

Noutra mensagem, José Altino Machado contou que, entre idas e vindas à Amazônia, esteve na regiãode 1967 a 1980. Fixou residência em Manaus, Boa Vista e na mineração Taboca, no municipio de São Felix do Xingu.

Durante sete anos dirigiu a Usagal (União Sindicalista dos Garimpeiros da Amazonia Legal). Ainda é delegado da Amote (Mineradores do Vale do Tapajos) e presidente da Finanba (Fundação de Pesquisas e Estudos da Amazônia), cuja a sede é Macapá.


- Vivendo na Amazônia pude descobrir que ainda existe no planeta um lugar onde até a opinião de um inconsequente qualquer, com acesso na grande mídia, pode produzir para o bem ou mal profundas modificações - afirma.

Quem quiser saber mais a respeito dele deve clicar em José Altino Machado, onde se pode encontrar opiniões diversas. Como esta, escrita no Jornal de Viagem por Tito Rosemberg: "Os índios naquela época estavam sendo vítimas de um genocídio planejado e patrocinado por figuras macabras como um tal de José Altino Machado, para quem a lata de lixo da História reserva um espaço garantido, que se intitulava de líder dos garimpeiros e os incentivava a nos atacarem. A verdade era que naquela época ninguém gostava de nós por lá".

O texto "Da medicina e da trepação", abaixo, foi escrito pelo meu xará.

4 comentários:

Anônimo disse...

Fala Altino... tô em Rio Branco bacana, manda um e-mail pra mim, estou com o seu tabaco, é pouco, mas foi o que meu pai consegiu... me escreve e passa o teu telefone, q Emily passou mas eu liguei e sempre dava fora da area.

Anônimo disse...

Altinos...Altinos...

Anônimo disse...

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A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

por Carlos Alberto Cordella

Em 1945, George Orwel, escritor inglês, publicou sua mais célebre obra, intitulada “a revolução dos bichos”. George Orwel combateu o artificialismo dos intelectuais de sua época assim como, todo sistema totalitário. Atacava escritores, por assumirem posições revolucionárias, na teoria, quando na prática, levavam uma vida burguesa completamente alienados da realidade social em que o povo estava mergulhado. A revolução dos bichos retrata com grande habilidade e maestria o que Orwel considerou o totalitarismo do regime soviético. George Orwel procurou desnudar em sua obra, os regimes totalitários construídos sobre mentiras, traições e o terror. O grande legado da obra de George Orwel ficou imortalizado na descrição feita quando da visão que tiveram os bichos ao olharem para os porcos. Porcos estes, instalados no poder e que os representavam, após deporem os tiranos, representados pelo homem.

Enlouquecendo as idéias e aplicando a obra de Orwel ao governo petista de Lula poderíamos descrevê-la da seguinte forma:

Os bichos, aqui comparados aos eleitores de Lula, esperavam deste o cumprimento das promessas e compromissos assumidos durante a campanha eleitoral e que mudariam a realidade social do país. O homem, aqui representado pelas elites, era o verdadeiro vilão e único inimigo dos bichos - o povo - e causa principal de seus infortúnios. O homem, portanto, seria aquela criatura abominável que explorava e consumia sem produzir. O homem não dá leite, não põe ovos, é fraco demais para serviços pesados e vive passeando e descansando já que parece estar sempre cansado para puxar o arado. Mesmo assim, o homem, é o senhor de todos os animais.

Os põe a trabalhar, só lhes dá o suficiente para evitar a inanição e fica com a melhor parte. Enquanto o homem leva uma vida abastada, os animais vivem apenas com o indispensável à sua sobrevivência. E foi justamente com a proposta de mudanças que o governo petista de Lula chegou ao poder, fazendo todos acreditarem que apenas e tão somente as elites seriam mentirosas, pois estas jamais buscaram interesses que não fossem os dela própria. Assim todos os homens seriam maus, desonestos e inimigos enquanto todos os bichos seriam bons, honestos e amigos.

Como na obra de Orwel, tão logo os bichos, representados pelos porcos, do PT, assumiram o poder, a bicharada pode constatar que os porcos, no poder, em nada se diferenciavam dos homens.

Quando os bichos se deram por conta do que realmente vinham fazendo os porcos, do PT, em defesa dos interesses dos bichos, trabalhadores e responsáveis pela produção, estes já não conseguiam mais distinguir os homens – elite - dos porcos - do PT.

Ao olharem de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez tornara-se impossível distinguir quem era o homem, quem era o porco.

Assim, com os porcos detendo o poder, os bichos antes explorados pelo homem, passaram a ser explorados pelos próprios porcos mudando apenas aqueles que exerciam o poder, quando na realidade a situação dos bichos só havia piorado. Trabalhavam mais, pagavam mais impostos e tinham menos para sua sobrevivência, enquanto os porcos cevavam e se lambuzavam nos prazeres anteriormente só concedidos aos homens.

Resumiríamos o governo Lula com esta frase despretenciosa:

“Podemos tirar o porco do chiqueiro, mas é certo que não podemos tirar o chiqueiro de dentro do porco".

Tudo não passa de puro sincretismo e nada mais.

Anônimo disse...

Grande amigo José Altino Machado de MG. Muito nos alegrou nesta manhã de 04/08/2006 saber noticias suas pelo blog do "outro" Altino. A internet nos proporciona essas surpresas boas, pois foi um clic, para saber que vc continua aquele homem virtuoso, o nosso ´´INDIANA JONES`` !!! lutador pelas causas de um Brasil sertanejo, que so nos ,que andamos por ele e voamos sobre ele, é que sabemos a sua real dimensão e importancia, Vc como todos os brasileiros que conhecem a ´nossa´amazonia com profundidade, são os verdadeiros brasileiros com espirito patriota e nacionalista, que tanto lutam pelo desenvolvimento desta maravilhosa e rica região que todos os povos do mundo cobiçam com os seus interesses excusos, esperamos sinceramente que vc nunca desista desta luta e que o ``chamado da amazonia`` esteje sempre vivo em vc um abraço do cmt Mario Figueiredo{canarinho} e esposa Fatima Figueiredo.