sexta-feira, 17 de junho de 2005

VAI OU NÃO VAI?

Leia o que a mídia diz a respeito dos petistas do Acre.

Blog do jornalista Ricardo Noblat:

Marina está ameaçada*

O substituto do ministro José Dirceu na Casa Civil da presidência da República será um dos atuais ministros - mas não será o da Justiça. Nem o da Educação.

O governador Jorge Viana, do Acre, está cotado para substituir Marina Silva no ministério do Meio Ambiente.

O ministério da Coordenação Política será extinto.


O prefeito Marcelo Deda, de Aracaju, continuará prefeito.


(Nenhuma dessas informações valerá se Lula acordar invocado no início da próxima semana.)


O Estado de S. Paulo:
Sob suspeita, Dirceu cai antes da reforma ministerial
Na Câmara, para onde volta com objetivo de se defender de denúncias de Jefferson, ex-ministro não terá vida fácil

Vera Rosa

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, saiu sozinho. Ele pediu demissão ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes da reforma ministerial na qual pretendia diluir o impacto de seu afastamento. Vai agora reassumir seu mandato na Câmara. Deputado licenciado e fiador das alianças eleitorais que conduziram Lula ao Palácio do Planalto, Dirceu era a cara do PT no governo e chegou a ser o mais poderoso dos ministros.

Dirceu deixou o cargo ao final das 48 horas mais nervosas da administração petista. Dois dias antes, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) pedira sua saída para não transformar o presidente em réu. Dirceu, segundo o petebista, estava envolvido no esquema de pagamento de mesada a deputados, acusação que ele nega.

"Não me envergonho de nada que fiz. Tenho as mãos limpas, o coração sem amargura. Saio de cabeça erguida do ministério. Continuo no governo como deputado da base de sustentação e continuo no governo porque sou PT", afirmou Dirceu, no discurso de despedida que fez no Planalto, citando a mãe, a mulher e os filhos.

Emocionado, e protegido por um cordão formado por 18 ministros, além de deputados e senadores do PT, o chefe da Casa Civil afirmou que sempre sonhou em governar o Brasil com Lula. "O governo do presidente Lula é a minha paixão, é minha vida e eu, ao sair, deixo aqui parte da minha alma, do meu coração. Mas não deixo a minha alma, ela vai comigo para a luta. Tenho humildade de voltar para meu partido como militante e de voltar para a Câmara como deputado. Eu sei lutar na planície e no planalto."

Dirceu comunicou sua demissão em carta endereçada a Lula, com 19 linhas, depois de almoçar com ele e ministros do PT. O presidente respondeu com outra carta, "louvando o desprendimento pessoal" do companheiro. "Só pessoas de sua grandeza são capazes desses gestos", escreveu Lula.

Não foi anunciado ainda quem vai substituir Dirceu. O governador do Acre, Jorge Viana, que também é do PT, é cotado para o cargo, mas Dirceu não gostaria de vê-lo em sua cadeira. Viana é próximo do PSDB. Apesar de ter seu nome citado há tempos, o prefeito petista de Aracaju, Marcelo Déda, negou que vá ocupar a vaga. A Coordenação Política, hoje comandada por Aldo Rebelo, do PC do B, deve ser extinta e reincorporada à Casa Civil, como era até o início de 2004.

Folha de S. Paulo:
Substituto de Dirceu deve ser petista com perfil gerencial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem a auxiliares que os ministros Aldo Rebelo (Coordenação de Governo), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia) e Ricardo Berzoini (Trabalho) retornariam à Câmara na segunda etapa da reforma ministerial, que começou com a saída de José Dirceu da Casa Civil. O substituto de Dirceu deverá ser petista e com experiência administrativa -perfil de gerente reconhecido pelo PT.

A Folha apurou que Campos já está se mexendo para ficar. Berzoini se disse preparado para retomar o mandato de deputado federal. E Aldo perdeu faz tempo as condições de ser um coordenador político eficiente. Lula aguardava oportunidade para tirar Aldo. A intenção é extinguir a pasta.


O presidente estuda ainda substituir Humberto Costa (Saúde), Romero Jucá (Previdência Social) e Henrique Meirelles (Banco Central). Lula depende de uma resposta do empresário Abílio Diniz, sondado para uma pasta. Aventa-se a possibilidade de ele substituir Jaques Wagner no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Lula deseja ter ministros com peso na sociedade para evitar a idéia de uma reforma de rendição aos políticos tradicionais.


Ao fim do dia de ontem, havia diversas versões sobre o substituto de Dirceu. Uma delas dava conta de que Lula já havia optado pelo governador do Acre, Jorge Viana (PT), mas que preferia anunciar isso na segunda-feira.


Noutra versão, apareciam cotados Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e o prefeito de Aracaju, Marcelo Déda. A hipótese de Antonio Palocci Filho (Fazenda) ocupar o posto voltou a ser lembrada, mas era menor que as anteriores.


Ministros e auxiliares disseram reservadamente que Lula poderia tentar surpreender, apresentando alguém de perfil mais executivo, para tocar uma Casa Civil mais gerencial e menos política.

Em conversas reservadas ao longo do dia de ontem, Lula disse que pretendia fazer hoje um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, mas decidiu adiar para outro momento, quando deverá ter concluído negociações.

A intenção do presidente é enxugar o ministério (35 pastas) e reduzir a fatia do PT (19 assentos). Secretarias especiais ocupadas por pessoas com status de ministro deverão ser fundidas à Secretaria Geral da Presidência, chefiada pelo "apagado" Luiz Dulci.


A intenção é ampliar o espaço do PMDB. Eunício Oliveira (Comunicações) deverá continuar no posto e Lula deve dar a Integração a um peemedebista. O PP deverá entrar no primeiro escalão. (KA)

Um comentário:

Anônimo disse...

Declaração

Você se lembra desta declaração ?

"Se eu ganhasse a Presidência para fazer o mesmo que o Fernando Henrique Cardoso está fazendo, preferiria que Deus me tirasse a vida antes. Para não passar vergonha. Porque, sabe o que acontece? Tem muita gente que tem direito de mentir, o direito de enganar. Eu não tenho. Há uma coisa que tenho como sagrada: é não perder o direito de olhar nos olhos de meus companheiros e de dormir com a consciência tranqüila de que a gente é
capaz de cumprir cada palavra que a gente assume. E, quando não as cumprir, ter
coragem de discutir por que não cumpriu."

(Luiz Inácio Lula da Silva, novembro de 2000, em entrevista à revista "Caros Amigos!")

Resumindo:
Se tudo der certo, o Lula deve morrer por estes dias...